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08 de dezembro, de 2019 | 11:00

Pirâmides financeiras lideram golpes envolvendo investimentos

Promessa de alta taxa de rendimento é principal motivo destacado por investidores vítimas de fraude

Divulgação Polícia Civil
Operação policial mira esquemas de pirâmides, que concentram 55% das ocorrências de golpes; entre as vítimas, 62% acabam no prejuízo Operação policial mira esquemas de pirâmides, que concentram 55% das ocorrências de golpes; entre as vítimas, 62% acabam no prejuízo

A promessa de investimentos com retorno financeiro muito acima da média pode levar investidores menos cuidadosos a optar por modalidades que, na prática, acabam se revelando fraudulentas. É o que revela a pesquisa “Fraudes em Investimentos no Brasil”, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Os dados mostram que 11% dos internautas brasileiros afirmam já terem perdido dinheiro em esquemas fraudulentos.

As principais ocorrências se deram em esquemas de pirâmide (55%), golpe de seguradora, onde supostamente o investidor receberia uma determinada quantia mediante pagamento de taxas ou despesas (19%) e golpe das ações ou fundos antigos de aposentadoria esquecidos, com exigência de pagamento antecipado de supostas taxas ou despesas (16%).

“Pirâmide financeira, falsos fundos e fraudes envolvendo investimentos sempre começam com a promessa de altos ganhos de dinheiro rápido e fácil. E esses ganhos costumam ser bem acima da média das aplicações e investimentos tradicionais. Em todos os casos, três fatores costumam andar juntos: o excesso de confiança, a ganância ou a ingenuidade do investidor, aliada à negligência para checar a veracidade das informações, o que acaba facilitando a ação dos fraudadores”, comenta o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Promessa de alta taxa de rendimento é principal motivo destacado por investidores vítimas de fraude. 62% dos entrevistados ainda não recuperaram dinheiro perdido.

Dentre os benefícios apresentados ao investidor, 44% dos entrevistados afirmaram que foram influenciados pela promessa de alta taxa de rendimento, 36% disseram que foram persuadidos pelo fato de não ser necessário entender de investimento e 32% destacaram o baixo risco apresentado pelo investimento oferecido. A venda foi realizada principalmente por um consultor autônomo não registrado ou licenciado (43%), amigo ou parente (29%) ou por membro de um grupo ou organização a qual pertence (26%).

Já entre as principais ocorrências que resultaram na perda do dinheiro investido, 29% informaram ter tido prejuízo após garantia de alta rentabilidade logo no início do investimento, 24% alegaram que o responsável desapareceu com o dinheiro investido e 19% que na data pré-determinada, o dinheiro não estava disponível para saque.

O estudo comprova o alto risco de perda financeira ao aderir a um investimento fraudulento, pois seis em cada dez entrevistados afirmam não ter recuperado os valores perdidos na fraude (62%), sendo que 35% já desistiram de receber e 27% ainda têm essa esperança. Em contrapartida, 38% conseguiram reaver valores perdidos. Nesse caso, 18% resgataram com prejuízo, 8% foram ressarcidos pela empresa/ consultor através de acordo não-judicial e 6% foram ressarcidos pela empresa/consultor por meio de processo judicial.

Internet

Os entrevistados, em sua maioria, relatam que tomaram conhecimento dos investimentos, principalmente, pelos anúncios na internet (36%). Enquanto 34% afirmaram que foi por indicação de parentes e amigos, 16% disseram que foi por informes recebidos por e-mail e 16% por recomendação de um profissional/consultoria contratado.
“É fundamental verificar a procedência de corretoras, bancos e agências de investimento, se a instituição está registrada junto a CVM, além de consultar o Banco Central e a B3”, destaca Costa.

A pesquisa ouviu 917 pessoas residentes em todas as capitais do país, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, das classes econômicas A/B/C (excluindo analfabetos). Os dados foram levantados em uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Comentários

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Luana

03 de março, 2021 | 10:06

“Devia falar os nomes da empresa, assim não ajuda em nada!”

Gláucia Balbino de Lima

09 de dezembro, 2019 | 07:02

“As pessoas ainda caem no golpe após tantos casos divulgados.”

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