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15 de março, de 2019 | 08:55

Lotérica de Mesquita leva golpe de R$ 51 mil

Bandido se passou pelo prefeito, por telefone, e engana funcionárias para que depositassem em contas de quadrilha

A Polícia Civil recebeu uma ocorrência de estelionato registrado em um estabelecimento lotérico na cidade de Mesquita. Os golpistas se passaram pelo prefeito do município e agiram, por telefone. Uma funcionária da lotérica acabou realizando várias transferências da empresa para outras contas totalizando quase R$ 51 mil de prejuízo.

O caso começou ainda na quarta-feira (13), segundo relatou uma das funcionárias. Um homem telefonou para o estabelecimento e alegou que era o prefeito de Mesquita. Informou que tentava pagar os funcionários da prefeitura, mas o sistema do Banco do Brasil estava com problemas. Ele queria falar com a responsável pelos pagamentos na lotérica, mas recebeu a informação que a proprietária estava viajando.

Diante disso, o golpista convenceu a funcionária a lhe passar o telefone da proprietária. O estelionatário agradeceu e desligou. Cerca de 20 minutos depois, a dona do estabelecimento entrou em contato informando que o ''prefeito'' iria até o local para providenciar os pagamentos e depósito na loteria.

Contudo, segundo a vítima, ninguém apareceu na quarta. Já na quinta-feira, o ''prefeito'' entrou em contato pelo WhatsApp informando que já feito um depósito na conta da empresa. Pouco depois, os estelionatários se passaram pela proprietária da lotérica e enganaram a funcionária, também pelo aplicativo.

A falsa proprietária confirmou o depósito na conta da lotérica e determinou que a funcionária realizasse os depósitos pedidos pelo prefeito. Por acreditar que estava tudo certo, a atendente fez 35 depósitos em várias contas com os dados enviados pelo WhatsApp de fotografias de cartões bancários e os valores, que variaram entre R$ 1.429 a 1.477 totalizando R$ 50.763,66.

Bloqueio da conta

O prejuízo só não foi maior devido ao fato de a conta bancária da loteria ter sido bloqueada, possivelmente, de forma automática em função da movimentação atípica. A funcionária ao ligar para proprietária, no telefone dela, e não no número usado pelos estelionatários, descobriu que estava ocorrendo um golpe. Os policiais procuraram o prefeito do município, que também ficou surpreso com a história e informou que não entrou em contato com ninguém da loteria.

Os policiais militares registraram a ocorrência, apreenderam os demonstrativos das contas usadas para receber os depósitos e ainda dos dados dos dois números de telefones utilizados pelos estelionatários. O caso foi repassado para ser investigado pela Polícia Civil.

Esse foi o segundo caso de estelionato por telefone, essa semana, no Vale do Aço. Na quarta-feira (13), um casal de idosos foi vítima de estelionatários, que aplicaram o golpe do falso sequestro, conforme já noticiou o Diário do Aço.
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Comentários

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Pedrin Perito

21 de março, 2019 | 10:32

“Que burro, da zero pra ele ! como dizia o chaves. Veja bem, ou a prática de telefonemas pedindo depósitos suspeitos são de fato atípicas ou um conduta passível de investigação? Noutro norte, pensa-se que o excesso de confiança,algo costumeiro em cidade de interior pode ter contribuído para tal.OPS ! todos conhecem todos em cidade pequena e a funcionária não reconheceu a voz da autoridade da cidade? Nem sequer pediu documentos ou que, um funcionário da prefeitura devidamente identificado comparecesse a lotérica para o procedimento? No mínimo já vinha ocorrendo casos de pedido de transferência via rede social ou telefones. FATO ATÍPICO, ATO CRIMININOSO ESTUDADO PELA ROTINEIRA TRANSFERÊNCIA,OU VACILO DA FUNCIONÁRIA... O CERTO É, 51 MIL É UM VALOR CONSIDERÁVEL.”

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