13 de julho, de 2024 | 13:00

Morador de Timóteo perde R$ 3.500 no golpe dos nudes

Um jovem morador de Timóteo foi vítima do golpe dos nudes, aplicado por uma quadrilha do Rio Grande do Sul. Em mensagem enviada à redação do jornal, a vítima relata que seu prejuízo só não foi maior porque, ao pesquisar na internet, encontrou uma antiga reportagem do Diário do Aço a respeito deste golpe, que faz vítimas em todo o país há muitos anos.

Os criminosos fazem contato com as vítimas via Facebook, Instagram ou WhatsApp e aí começa a arapuca que leva prejuízo às pessoas.

R.T.C, de 28 anos, relatou que tudo começou quando um jovem que se identificou como Victor T. o abordou no Instagram. “Começamos a conversar e já fomos pro WhatsApp. Lá ele mandou uma foto dele de cueca deitado numa cama e eu, inocente, acabei mordendo a isca e mandei também. Daí fomos conversando e descobri que ele era menor de idade. Logo saquei que tinha algo errado e bloqueei ele. Só que sexta-feira (12), um suposto policial me chamou no WhatsApp me falando que tinha um boletim de ocorrência em meu nome dizendo que eu tinha abusado de um menor e que os pais deles precisavam interná-lo numa clínica. No desespero, acabei enviando parte do meu dinheiro. E toda hora esse falso delegado me ameaça de prisão, caso não enviasse mais dinheiro”, detalha a vítima.

Ainda conforme R.T., os golpistas continuam a usar a falta identidade do policial João Carlos Pinto de Abreu, uma falsificação grosseira de uma identidade funcional de um policial que realmente existe.

Outro leitor, C.S., relatou que escapou, por pouco, de cair no golpe. Ele relata que conheceu, via Telegram, uma jovem que se identificou como Josy Silva. "Trocamos fotos e, dias depois, um homem vestido de delegado me acionou no WhatsApp, dizendo que queria dinheiro para não abrir um inquérito por pedofilia, pois a tal Josy era menor de idade. Logo lembrei das notícias e entendi que era um golpe. Que esses canalhas sejam presos”, disparou.

Detento opera esquema
No começo do mês, uma investigação da Polícia Civil chegou a um
detento da Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, como um dos criminosos que passava por delegado de polícia para extorquir vítimas no chamado "golpe dos nudes". Segundo a Polícia Civil, o homem exigia dinheiro para que supostas trocas de fotos entre as vítimas do golpe e crianças não se tornassem um inquérito policial. O preso com a companheira dele e um terceiro indivíduo se beneficiavam dos valores obtidos, segundo a polícia.

"Ele falava e se portava como uma autoridade policial. Exigia quantias em dinheiro, quantias substanciais em dinheiro para não expedir um mandado de prisão em desfavor da vítima, dizendo que a vítima teria trocado mensagem e fotos, fotografias, imagens, com uma criança, coisa que nunca aconteceu", afirma a delegada responsável, Fernanda Amorim.

(Com informações da RBS TV)

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