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23 de maio, de 2019 | 07:02

Promotor de Justiça ajuíza Ação Civil Pública contra Masinho

Na ação, o promotor relata que até Masinho ser preso preventivamente, "eram praticado atos ilícitos, no exercício do cargo público"

Arquivo DA
O ex-vereador Masinho está preso preventivamente desde o dia 8 de abril O ex-vereador Masinho está preso preventivamente desde o dia 8 de abril

O Titular da 7ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Ipatinga, o promotor Fábio Finotti, ajuizou uma Ação Civil Pública contra o ex-vereador Osimar Barbosa Gomes, o Masinho (PSC), que está preso desde o dia 8 de abril, na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba. A ação contra Masinho foi ajuizada na segunda-feira (20) e acusa também dois ex-assessores parlamentares de Masinho, entre eles, seu ex-chefe de gabinete, Rodrigo Vieira Ramalho, que também está preso.

Na ação, o promotor relata que até Masinho ser preso preventivamente, “eram praticado atos ilícitos, no exercício do cargo público, uma vez que estabeleceu um sistema de exigência de vantagens indevidas, imposto a todos os servidores públicos indicados por ele, para ocuparem cargos na Câmara Municipal ou na Prefeitura de Ipatinga”.

Conforme a ação, o valor arrecadado pelo ex-parlamentar e por seus cúmplices chegava, em alguns casos, a até R$ 4 mil por mês. A ação ainda cita oito servidores que repassavam parte do pagamento. “O esquema funcionava da seguinte forma: os servidores que ocupavam o cargo de assessoria no gabinete, recebiam, somente, de R$ 900 a R$ 1.000. Assim, tais servidores eram obrigados a repassar tudo que excedia esses valores, independente da remuneração correspondente ao cargo público”, cita a ação.

Prisão

Osimar Barbosa Gomes, o Masinho (PSC), e o então chefe de gabinete, Rodrigo Vieira Ramalho foram presos no dia 8 de abril desse ano e recolhidos à Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba.

No mesmo dia da prisão, uma equipe de policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e membros da Promotoria Criminal do Ministério Público cumpriram um mandado de busca e apreensão no gabinete do ex-vereador. Também foi alvo de buscas a casa de Rodrigo, onde foram encontrados mais de quarenta pacotes com papel tamanho A4, mais de dois mil copos descartáveis e outros objetos de escritório.

Esses materiais foram recolhidos e posteriormente restituídos à Câmara de Ipatinga.

Vítimas

Conforme o Gaeco, há ainda informações segundo as quais o vereador fez ameaças contra algumas assessoras para que não denunciassem o esquema, sendo citado na ameaça a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro.

Desvio

Após a prisão de Masinho, os promotores informaram que as investigações apontavam que o ex-vereador recolheu, aproximadamente, R$ 240 mil de quatro assessoras ao longo do mandato parlamentar.

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Comentários

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Cidadão Que Paga Impostos

23 de maio, 2019 | 11:22

“Podia era passar o resto da vida na cadeia, mas sabemos que o Brasil nunca foi um país serio e na minha visão nunca será. Que pena!”

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