16 de março, de 2021 | 08:50
Municípios do Vale do Aço divergem sobre adoção de restrições da onda roxa
Gil Leonard / Imprensa MG
Detalhamento da Onda Roxa, na manhã desta terça-feira, pelo governo de Minas Gerais
Com atualização às 14h50 
Os prefeitos do Vale do Aço divergem sobre a adesão ou não ao programa onda roxa anunciado pelo governo de Minas Gerais para todo o estado.
Timóteo anunciou no começo da manhã, ao Diário do Aço, que irá acatar as determinações, mesmo porque na semana passada antecipou e determinou uma série de medidas restritivas, além de ter ampliado a fiscalização nas ruas, contra o descumprimento de normas sanitárias. Desde a semana passada Timóteo está sem vaga na UTI Covid SUS e transferindo pacientes para outas cidades.
Santana do Paraíso também já informou que acatará deliberação do decreto da onda roxa acatará as determinações do Estado de Minas Gerais.
Já, em Ipatinga, a assessoria de comunicação informou que o governo ainda avalia os detalhes da decisão do governo estadual e aguarda a oficialização em decreto, antes de se posicionar acerca do anúncio do governo do estado, reforçado em uma entrevista na manhã desta terça-feira. Ipatinga enfrenta superlotação de leitos de UTI Covid SUS desde meados de fevereiro e desde a semana passada vem registrando 100% de ocupação das vagas.
Em Coronel Fabriciano, foi divulgada nota cuja íntegra é a seguinte: "A Prefeitura de Coronel Fabriciano informa que ainda não foi notificada pelo Governo Estadual estabelecendo o cumprimento de adesão à Onda Roxa” do Governo do Estado. Portanto, o município continuará seguindo o Decreto 7.510/2021, que estabelece as normas para conter o contágio da Covid-19 na cidade. O Município frisa que a decisão cabe ao Prefeito, não ao Governador, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na RCL 42.591, que devolveu a autonomia e competência aos municípios para adotar decisões de política públicas de saúde no combate ao Coronavírus".
Procurador detalha entendimento
Em entrevista à Rádio Itatiaia Vale, 97 FM, o procurador jurídico de Coronel Fabriciano, Denner Franco, afirmou que o município não deverá aderir às determinações do governo de Minas. Entretanto, sobre a determinação de segunda-feira, a situação ainda é avaliada.
O procurador citou na entrevista os efeitos de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a competência do município de Coronel Fabriciano na gestão da crise sanitária da covid-19.
"Ainda não fomos notificados dessa decisão e o que nós defendemos é que essa decisão [de decretar o fechamento das atividades] não cabe ao governador, mas ao prefeito. Sem entrar no mérito, se é uma decisão correta, equivocada, quem deve decidir no âmbito do município é o prefeito. Ninguém melhor que o prefeito para decidir o que é melhor para a cidade. Minas tem 853 municípios. É impossível para o governador esse poder concentrado em uma só pessoa, saber o que é melhor para cada município dentro de suas peculiaridades", explicou o procurador jurídico.
Notícia em atualização. Mais informações em instantes.
Também em entrevista ao Diário do Aço, Denner Franco lembrou que o STF já deliberou que a competência de decidir as medidas sanitárias para cada município compete aos prefeitos. "O Supremo Tribunal Federal no julgamento da Reclamação 42591, devolveu a competência e autonomia dos municípios para adotar decisões de políticas públicas da Saúde, notadamente em relação a pandemia de covid-19. É importante destacar que essa decisão do STF não foi uma decisão 'arco-íris', ou seja a depender da cor da onda, a depender do humor do govenador. Foi uma decisão que restabeleceu a competência do município, exatamente porque em tempos constitucionais temos o federalismo cooperado e isso significa a mútua cooperação entre os entes, e a limitação de poder, onde um ente não pode tudo sobre o outro. É necessário respeitar a competência constitucionalmente estabelecida daquele outro ente. Então, o que encontra centro na Jurisprudência do STF, é que as medidas sanitárias cabem ao prefeito e não ao governador de Minas Gerais", concluiu.
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Saiba o que é essencial e permanecerá aberto
Conforme o artigo 4º da Deliberação 130, de 3/3/2021, que estabeleceu a onda roxa, durante a vigência da onda roxa, somente poderão funcionar as seguintes atividades e serviços, e seus respectivos sistemas logísticos de operação e cadeia de abastecimento e fornecimento:
I setor de saúde, incluindo unidades hospitalares e de atendimento e consultórios;
II indústria, logística de montagem e de distribuição, e comércio de fármacos, farmácias, drogarias, óticas, materiais clínicos e hospitalares;
(inciso I e II alterados pelo artigo 2º da Deliberação 136, de 10 de março de 2021)
III hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas, centros de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, lanchonetes, de água mineral e de alimentos para animais;
IV produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
V distribuidoras de gás;
VI oficinas mecânicas, borracharias, autopeças, concessionárias e revendedoras de veículos automotores de qualquer natureza, inclusive as de máquinas agrícolas e afins;
VII restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;
VIII agências bancárias e similares;
IX cadeia industrial de alimentos;
X agrossilvipastoris e agroindustriais;
XI telecomunicação, internet, imprensa, tecnologia da informação e processamento de dados, tais como gestão, desenvolvimento, suporte e manutenção de hardware, software, hospedagem e conectividade;
XII construção civil;
XIII setores industriais, desde que relacionados à cadeia produtiva de serviços e produtos essenciais;
XIV lavanderias;
XV assistência veterinária e pet shops;
XVI transporte e entrega de cargas em geral;
XVII call center;
XVIII locação de veículos de qualquer natureza, inclusive a de máquinas agrícolas e afins;
XIX assistência técnica em máquinas, equipamentos, instalações, edificações e atividades correlatas, tais como a de eletricista e bombeiro hidráulico;
XX controle de pragas e de desinfecção de ambientes;
XXI atendimento e atuação em emergências ambientais;
XXII comércio atacadista e varejista de insumos para confecção de equipamentos de proteção individual EPI e clínico-hospitalares, tais como tecidos, artefatos de tecidos e aviamento;
XXIII de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas;
XXIV relacionados à contabilidade.
XXV serviços domésticos e de cuidadores e terapeutas;
XXVI hotelaria, hospedagem, pousadas, motéis e congêneres para uso de trabalhadores de serviços essenciais, como residência ou local para isolamento em caso de suspeita ou confirmação de covid-19;
XXVII atividades de ensino presencial referentes ao último período ou semestre dos cursos da área de saúde;
XXVIII transporte privado individual de passageiros, solicitado por aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede.
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Leonardo
17 de março, 2021 | 04:22Vejam o nível dos absurdos. Qual a doença faz esse prefeito não perceber o que está acontecendo? Um rapaz aí em cima disse do futuro das crianças. Qual futuro desse jeito? Um caixão? Perder pais e avós? Um prefeito frouxo e irresponsável pra falar da forma mais branda que acredito ser possível. Manter a cidade aberta é burrice ou má fé. Espero que seja apenas burrice.”
Jorge
16 de março, 2021 | 18:13Parabéns prefeito de coronel Fabriciano,manter tudo aberto, principalmente as escolas pois o resto do Brasil está pouco se lixando com o futuro dos estudantes.”
Tiago
16 de março, 2021 | 16:20Com o respaldo irresponsável da prefeitura, Coronel Fabriciano mantém os bares abertos, chegando a até fechar uma rua inteira do Centro para a disposição de mesas. Chega a ser surreal a forma como este Prefeito governa a cidade, negligenciando a falta de vaga nas UTI's da cidade, da região do Vale do Aço, do Estado de Minas Gerais, da região Sudeste e de todo o Brasil.
Engole essa arrogância e governe com responsabilidade!”
Mário
16 de março, 2021 | 14:53Brincdeira como a soberba subiu a cabeça deste Sr Marcos Vinicius, principalmente após ser reeleit. Esta se achando o todo poderoso, arrogante, sem escrupulos. Fabriciano esta numa situaçao catastrofica, e este cara, com medo de perder receita, fechando o comercio, fica dando murro em ponta defaca! Toma juizo cara!!!”
Ferreira
16 de março, 2021 | 14:29Eu concordo com o governador, tem que fechar tudo mesmo, impor barreiras sanitárias, em outros países as barreiras sanitárias funcionam, penalidade de multa pra quem desobedece, por isso que em alguns lugares está diminuindo a covid”
Marley
16 de março, 2021 | 13:31Até concordo que fechar o comércio é péssimo, mas é muito engraçado que o prefeito de Fabriciano tome esta atitude, esquece que qualquer demanda que necessite de um atendimento mais complexo da região do vale do aço vem para o Hospital Márcio Cunha e isto não novidade pra ninguém. Egoísmo e ignorância, esta é a palavra.”
Adair França
16 de março, 2021 | 12:47Graça e Paz concordo os Governadores não estão tratando a pademia como um risco para o povo e sim como politicagem contra o nosso Presidente. Eles não tem nenhum enterece em acabar com esta pandemia e sim prejudicar a economia do Brasil para culpar o Presidente e provocar a saída do nosso Presidente Jair Bolsonaro do Governo Federal.”
Adriano
16 de março, 2021 | 12:42Tem que fechar tudo.. Urgente”
Luciano Marciano Pinto
16 de março, 2021 | 12:40A competência do estado é só na hora de conseguir leitos para pacientes de Coronel Fabriciano nas outras cidades que estão tentando frear a tragédia humanitária que estamos vivendo! Não é mesmo, digníssimas "autoridades municipais"?”
Bruno
16 de março, 2021 | 12:03Estranho mais fabriciano vem todo pra Ipatinga. Tinha que proibir entrada deles em Ipatinga”
Politicagem Pura
16 de março, 2021 | 11:43A lei no Vale do Aço é cumprida de acordo com interesses de alguns. Não sei o que ainda precisa acontecer para que os prefeitos tomem uma atitude mais séria a respeito desse caos que estamos vivenciando.”
José Geraldo
16 de março, 2021 | 11:12Prefeitos cujo compromisso maior é com o empresariado.”
Luciana
16 de março, 2021 | 10:18eles sao conta por que ainda não perderam um da familia .ainda.”
Marcone Gonçalves de Oliveira
16 de março, 2021 | 09:58Simples então. Que o prefeito de Fabriciano feche a cidade, que pessoas de outras cidades não vão à Fabriciano e que o Prefeito de Fabriciano se vire com os seus pacientes com covid e não os enviem para outras cidades. Quer sar prioridade ao comércio e deixar as pessoas morrerem, prefeito, então que o faça, mas arque com os benefícios. Obs: o município não está acima do Estado nem da União. Sobretudo em situações de pandemia. Esta não é ahora de fazer política.”
Anti Mico
16 de março, 2021 | 09:42Este cara de fabri é meio doido mesmo, mais pra ele tá fácil, pois se alguém de lá pega covid, ou envia para Ipatinga ou envia para Timóteo, pois nem hospital descente lá tem!!!”
João Batista
16 de março, 2021 | 09:35Esse prefeito de fabriciano é louco de jogar pedra! Prefeito de Ipatinga não caia no erro! Douglas vc está de parabéns! Preza pela vida. Bizarro é Bizarro na literalidade da palavra!”
Angrka
16 de março, 2021 | 09:34Parece que só o prefeito de Timóteo tem noção da gravidade da situação e preocupa com seus cidadãos.”
Gildázio Garcia Vitor
16 de março, 2021 | 09:07Só espero que o Dr. Marcos, que ao longo do ano passado me mostrou que suas medidas, criticadas por muitos, estavam corretas, esteja mais uma vez certo.”
Gemavi
16 de março, 2021 | 09:05Como não pode falar em genocídio, os prefeitos que não aderirem à onda ROXA podem ser processados por homicídio doloso (quando há intenção de matar), pois é assim que enxergo a situação. Hospitais sem UTIs, equipe médica sobrecarregada, falta de vacinas, população sem cultura (sabe as consequências de seus atos mas não fazem nada para evitar as aglomerações) e mesmo assim prefeitos insistem em continuar do mesmo jeito. Só está pensando em matar seus munícipes, homicídio doloso, não?”