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22 de abril, de 2019 | 13:30

Temas polêmicos na pauta de reunião da Câmara de Ipatinga após o feriado

Conforme a assessoria da Câmara de Ipatinga, entre os assuntos a serem deliberados em plenário está a votação do segundo turno do projeto de lei que prevê a redução do número de vereadores

Wôlmer Ezequiel
Entre as pautas do dia, o plenário da Câmara de Ipatinga terá a votação do projeto de lei que prevê a redução do número de vereadoresEntre as pautas do dia, o plenário da Câmara de Ipatinga terá a votação do projeto de lei que prevê a redução do número de vereadores

Marcada para hoje (22), a partir das 14h, a próxima reunião ordinária da Câmara de Ipatinga tem expectativa de ser bastante agitada, com assuntos considerados relevantes na pauta da sessão.

Conforme a assessoria da Câmara de Ipatinga, entre os assuntos a serem deliberados em plenário está a votação do segundo turno do projeto de lei que prevê a redução do número de vereadores, a leitura da carta de renúncia do vereador Wanderson Gandra (PSC), posse do suplente Fabinho do Povo (PSC) e a leitura do relatório final da Comissão Processante, que envolve os ex-vereadores denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Menos vereadores

No dia 25 de março, a Câmara de Ipatinga aprovou, em primeiro turno, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município (01/2019) que prevê a redução do número de vereadores, passando de 19 para 15, a partir da próxima Legislatura. A aprovação foi unânime. Já na segunda-feira (22), os vereadores de Ipatinga votarão, em segundo turno, o PL 01/2019.

Conforme anunciado na época, pelo presidente do Legislativo, Jadson Heleno (SD), essa redução do número de vereadores faz parte de um trabalho conjunto com o Ministério Público, e tem expectativa de economizar para a Câmara de Ipatinga e cofres públicos cerca de R$ 2,5 milhões/ano.

Carta de renúncia

A assessoria jurídica do vereador Wanderson Silva Gandra (PSC) apresentou ao Legislativo, no último dia 12, a carta de renúncia ao cargo. Com isso, também está marcada para hoje (22) a leitura da sua carta no plenário da Câmara de Ipatinga, durante a reunião ordinária. A partir disso, a renúncia de Wanderson Gandra se torna efetiva e ele perde seu cargo de vereador, conquistado nas eleições municipais de 2016.

Desde o dia 20 de fevereiro, Gandra está preso preventivamente na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (PDMC), em Ipaba. Gandra é investigado por praticar atos ilícitos com o dinheiro público reservado ao pagamento de assessores do gabinete, além de coação de testemunhas e destruição de provas.

Posse de suplente

Após a leitura da carta de renúncia de Wanderson Gandra, é esperado que seu suplente, Fabinho do Povo (PSC), tome posse de forma definitiva na Câmara de Ipatinga hoje (22). Desde o dia 25 de março, que Fabinho do Povo ocupa a cadeira no plenário de forma provisória, pelo fato de Gandra ficar afastado do cargo parlamentar por mais de 30 dias.

Relatório final

Na reunião ordinária de hoje também deve ser lido o relatório final das Comissões Processantes, instauradas para apurar a quebra de decoro daqueles que pediram renúncia ao cargo de parlamentar, como Paulo Reis, Rogerinho, Andrade e Wanderson Gandra.

Apesar da renúncia, os quatro continuam a responder pelos crimes de peculato, concussão e, em alguns casos, lavagem de dinheiro e coação de testemunhas, conforme divulgou o Ministério Público.
O último vereador preso foi Osimar Barbosa Gomes, o Masinho (PSC), no dia 8 desse mês. Ele também é investigado por recolhimento de parte do salário de assessores parlamentares. Até o momento, ainda não foi protocolado o pedido de instauração de Comissão Processante para apurar sua quebra de decoro.

Presos

Estão presos preventivamente na PDMC os vereadores Masinho (PSC), Wanderson Gandra (PSC) e Luiz Márcio (PTC), e os ex-parlamentares Rogerinho (sem partido) e Paulo Reis (Pros). Luiz Márcio e Masinho ainda não protocolaram pedido de renúncia ao cargo.

Todos são investigados pelo Gaeco, no âmbito da Operação Dolos, que apura irregularidades praticadas pelos parlamentares, entre elas, recolhimento
de parte do salário dos assessores.

Além dos vereadores, dois assessores parlamentares foram presos na Operação Dolos. O ex-assessor de Paulo Reis, Ivan Menezes e o ex-chefe de gabinete de Masinho, Rodrigo Vieira Ramalho. Já o ex-vereador José Geraldo Andrade (Avante) saiu da prisão após pagar fiança e assinar um acordo para o pagamento de multa. Além disso, ele cumpre medidas cautelares e é monitorado por tornozeleira eletrônica, assim como seu irmão, Célio Andrade.

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