27 de novembro, de 2025 | 07:03
UFOP é autorizada pelo MEC a iniciar atividades em Ipatinga no primeiro semestre de 2026
Credenciamento do MEC habilita campus a ofertar vagas pelo Sisu a partir de 2026, enquanto avançam as obras da sede definitiva em Ipatinga
UFOP/Divulgação
A criação dos campi oficializa o início das atividades acadêmicas em estruturas provisórias, enquanto avançam as obras dos prédios definitivos
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
A criação dos campi oficializa o início das atividades acadêmicas em estruturas provisórias, enquanto avançam as obras dos prédios definitivosO Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta quarta-feira (26), as portarias que credenciam dez novos campi de universidades federais, consolidando mais uma etapa da política de expansão da educação superior. Dentre as unidades está o campus em Ipatinga da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Dos dez campi, oito foram custeados com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Levar mais ensino superior público e de qualidade para o nosso povo! Essa é uma determinação do presidente Lula para garantir mais oportunidades e desenvolvimento a todas as regiões do Brasil. Um compromisso desse governo com o ensino superior do país”, destacou o ministro da Educação, Camilo Santana, lembrando que os novos campi ofertarão cursos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já em 2026.
UFOP em Ipatinga
Conforme já divulgado em primeira mão pelo Diário do Aço, os primeiros cursos da universidade federal em Ipatinga devem ser iniciados ainda no primeiro semestre de 2026, e as primeiras turmas serão de Pedagogia e Direito.
Enquanto a estrutura definitiva da instituição de ensino é construída em uma área de 34.860,90 m² na rua Graciliano Ramos, bairro Cidade Nobre, os primeiros cursos serão aplicados em outro local, de forma provisória. A possibilidade é que ao todo sejam implantados seis cursos de graduação. Além de Pedagogia, Direito e Medicina, devem ser ofertados também Psicologia, Enfermagem e Fonoaudiologia.
De acordo com notícia publicada no site da UFOP, o projeto de implantação do campus em Ipatinga remonta a 2003. Em 2005, a concepção foi aprovada pelos conselhos superiores, mas a execução foi adiada por questões orçamentárias. Em 2013, gestores da região retomaram as tratativas, focando na criação do curso de Medicina. O início das obras da unidade da UFOP em Ipatinga, conforme notícia publicada pelo Diário em 2016, tinha previsão para ser iniciada em 2017. No entanto, a falta de recursos instituída pelo Teto dos Gastos Públicos não permitiu que a proposta se materializasse.
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Campi aptos
A criação dos campi oficializa o início das atividades acadêmicas em estruturas provisórias, enquanto avançam as obras dos prédios definitivos, ampliando, já em 2026, o acesso de estudantes de diversas regiões à educação superior. Ao todo, serão ofertados 26 cursos nas dez novas unidades.
As portarias de credenciamento contemplam, no primeiro ano, as seguintes instituições e municípios, além da UFOP em Ipatinga:
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) Campus Rurópolis (Novo PAC);
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Campus Sertânia (Novo PAC);
Universidade Federal de Goiás (UFG) Campus Cidade Ocidental (Novo PAC);
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Campus Lucas do Rio Verde (Novo PAC);
Universidade Federal de Sergipe (UFS) Campus Estância (Novo PAC);
Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Campus Pouso Alegre;
Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Campus São Gabriel da Cachoeira (Novo PAC);
Universidade Federal do Pará (UFPA) Campus Capanema; e
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Campus São José do Rio Preto (Novo PAC).
Novo PAC
Além dessas unidades credenciadas, o Novo PAC já contemplou a implantação do campus da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Baturité (CE), que entrou em funcionamento, em estrutura provisória, com o curso de medicina. Há ainda outras unidades previstas nas cidades de Jequié (BA) e Caxias do Sul (RS), cujos processos de credenciamento e implantação seguem em tramitação.
Segundo o secretário de Educação Superior, Marcus David, esse é um movimento estratégico para diminuir desigualdades regionais e ampliar oportunidades de formação. Estamos levando universidades a cidades que historicamente ficaram fora do mapa do ensino superior federal. Cada novo campus significa mais desenvolvimento, mais pesquisa, mais inclusão e mais perspectivas para milhares de jovens e para o Brasil”, afirmou.
A criação dos campi é acompanhada de um conjunto de ações estruturantes, como redistribuição de cargos docentes e técnico-administrativos, descentralização de recursos para infraestrutura provisória e aquisição de equipamentos, além da reorganização administrativa das universidades para garantir equipes de gestão e coordenações acadêmicas.
Com a publicação dos credenciamentos, o Governo do Brasil dá mais um passo na consolidação das universidades federais, ampliando sua presença territorial e fortalecendo seu papel estratégico no desenvolvimento regional e nacional.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MEC e da Secretaria de Educação Superior (Sesu)
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