01 de julho, de 2023 | 14:00

Estelionatários insistem no golpe dos nudes

Apesar da prisão de uma quadrilha, com dezenas de integrantes, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os criminosos que aplicam o “golpe dos nudes” continuam a agir. Ao longo da semana que passou foram registradas várias tentativas de golpes, em que vítimas foram coagidas a depositar valores que variam de R$ 3.000 a R$ 6.000.

Morador de Santana do Paraíso, um jovem de 27 anos conta em mensagem enviada ao Diário do Aço que mexia no Instagram, quando uma mulher pediu para adicionar. Eles começaram a conversar e, “do nada, ela começou a falar umas coisas muito doidas. Eu cometi o erro de informar meu WhatsApp. Logo depois que eu falei ‘oi’ ela me pediu nude. Eu não enviei, porque achei isso muito estranho. Nenhuma mulher que eu conheço pede nude dessa forma”, detalhou.

A vítima conta que a mulher continuou a se insinuar e sem que o jovem pedisse, ela lhe enviou algumas fotos seminuas. “Fui dormir e, no dia seguinte, meu telefone começou a tocar cedo, com um homem que se apresentou como policial. Disse que a mulher com quem eu conversei até meia noite era menor de idade e ele estava abrindo um inquérito por pedofilia. Depois, em outra ligação, pediu R$ 3.500 para não levar o caso adiante. Para minha sorte comentei com um colega de trabalho e ele me alertou que era golpe. Fomos pesquisar na internet e encontrei as notícias do jornal, sobre os golpes”, detalha a vítima.

Outra vítima, morador de Ipatinga relatou ao Diário do Aço, dia 29 de junho, que também foi alvo dos estelionatários: “Quase caí nesse golpe hoje. Eu prestei atenção no telefone, que tinha prefixo do Rio Grande do Norte. O suposto tio da tal ‘menor de idade’ dizia que a vítima era de Santa Catarina e queria R$ 5 mil para comprar um novo telefone, pois ela quebrou o aparelho e um notebook para que as fotos nuas não fossem vistas. Então eu pedi o Pix para pagar e dessa forma vi que o destinatário da conta era do Rio Grande do Norte, quase 2 mil quilômetros de distância de Santa Catarina. Por aí já se via que era golpe”, observa a vítima.

Na semana que passou o Diário do Aço noticiou outra situação envolvendo o golpe do nude. Nesse caso, a vítima não teve a mesma sorte dos dois casos narrados nessa notícia. Um morador de Timóteo, de 58 anos, perdeu R$ 100 mil depois de ser coagido pelos estelionatários, que usaram telefones com prefixo do Rio Grande do Sul. Na maioria dos casos, os criminosos usam o nome do delegado José Carlos Pinto de Abreu.

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