02 de outubro, de 2019 | 18:02

Justiça concede liberdade provisória a vereador Gilmarzinho

Apesar de estar sob segredo de justiça, o Diário do Aço apurou que algumas medidas cautelares foram impostas, como não frequentar as dependências da Câmara de Ipatinga

Wôlmer Ezequiel
Vereador está preso desde o mês de abril, após se entregar à JustiçaVereador está preso desde o mês de abril, após se entregar à Justiça

O vereador Gilmar Ferreira Lopes, o Gilmarzinho (PTC)e sua filha, Gilcélia de Oliveira Lopes Daniel, receberam liberdade provisória, concedida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, José Maria Pataro. O alvará de soltura consta no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com a data de 2 de outubro. A soltura dos dois era esperada para a noite desta quarta-feira.

Apesar de estar sob segredo de justiça, o Diário do Aço apurou que algumas medidas cautelares foram impostas, como não requerer de volta o cargo de vereador e não conversar com as testemunhas ou vítimas arroladas no processo criminal.

Recentemente, os vereadores aprovaram a abertura de uma Comissão Processante, que irá avaliar se houve ou não a quebra de decoro parlamentar por parte de Gilmarzinho. Os trabalhos da CP ainda estão em andamento. Acompanhe mais informações em nossa página ao longo desta quinta-feira.

O vereador Gilmar Ferreira Lopes foi preso no dia 25 de abril, depois de se apresentar à polícia. Investigado no âmbito da Operação Dolos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que apura desvio de dinheiro público em gabinetes de parlamentares em Ipatinga, o vereador tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça Criminal. Já a filha do vereador, Gilcelia de Oliveira Lopes Daniel, de 36 anos, foi presa em sua residência, no bairro Bom Jardim. Ela é investigada como suspeita de gerenciar um esquema de caixinha de gabinete, formada com parte dos salários recolhida dos assessores de gabinete do pai, o que é ilegal.

Entenda
Foram investigados dentro da operação Dolos, do Gaeco, José Geraldo Andrade (Avante), Luiz Márcio (PTC), Osimar Barbosa (PSC), Paulo Reis (Pros), Rogério Antônio Bento, Rogerinho (sem partido), Wanderson Gandra e o vereador Gilmar Ferreira Lopes, além da filha dele, Gilcelia de Oliveira Lopes Daniel, que atuava no gabinete do pai mesmo sem ser nomeada. Também foi preso e já liberado, Rodrigo Vieira Ramalho (gabinete de Masinho). Os vereadores, ex-vereadores e assessores são acusados dos crimes de peculato, falsidade ideológica, concussão e lavagem de dinheiro.

Alguns deles ainda respondem por ameaças e tentativa de obstrução da Justiça por dificultar as investigações do Gaeco. Luiz Márcio, Paulo Reis, Rogerinho e Ivan Menezes (ex-chefe de gabinete de Reis) foram libertados, de forma provisória, no fim do mês de junho. Já Gandra saiu no início de agosto. José Geraldo Andrade (Avante) foi preso em 14 de março e saiu da prisão no dia 25 daquele mês, depois de fazer um acordo com o Ministério Público, para renúncia e pagamento de fiança e multas. Rodrigo Ramalho foi libertado no dia 30 de agosto, juntamente com Masinho.

Já publicado

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