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20 de agosto, de 2019 | 18:33

Vereadores acatam pedido de instauração de Comissão Processante contra Gilmarzinho e Masinho

Nos dois casos, os pedidos são pela perda de mandato, em razão de quebra de decoro parlamentar

Wôlmer Ezequiel
Pedidos de abertura de Comissões Processantes foram avaliados na tarde desta terça-feiraPedidos de abertura de Comissões Processantes foram avaliados na tarde desta terça-feira

Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (20), os vereadores de Ipatinga votaram pela abertura de duas Comissões Processantes (CP), que irão avaliar as denúncias contra Gilmar Ferreira Lopes, Gilmarzinho (PTC) e Osimar Barbosa, Masinho (PSC). Nos dois casos, os pedidos são pela perda de mandato, em razão de quebra de decoro parlamentar.

Duas denúncias pesavam contra Gilmarzinho. Uma delas foi apresentada por oito servidores do gabinete do vereador João Francisco, o Chiquinho Bom Jardim (PTC), que pediu aos colegas parlamentares que rejeitassem tal denúncia. “Não era o meu desejo e já que existe um pedido de pessoas ligadas ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e MP (Ministério Público), que está mais bem fundamentado, por pessoas de profundo conhecimento de causa, solicito que o recebam, fazendo com que a justiça prevaleça nesta Casa”, disse Chiquinho.

A representação a qual Chiquinho se referiu, contra Gilmarzinho, chegou ao gabinete da presidência, assinado por sete denunciantes, entre os quais estão os promotores Fábio Finotti, Bruno Schiavo, Francisco Ângelo e o delegado Gilmaro Alves. Após votação na Câmara, os vereadores acataram o pedido de abertura de uma CP, que irá avaliar a situação de Gilmar, que está preso desde o dia 25 de abril, depois de se apresentar à polícia. Ele e Osimar são investigados no âmbito da Operação Dolos, do Gaeco, que apura, entre outros pontos, desvio de dinheiro público em gabinetes de parlamentares em Ipatinga.

Fábio Pereira (PSL), Vanderson José da Silva, o Vanderson Autotrans (Pros) e Antônio Alves, Tunico (PCdoB) foram os sorteados para compor a CP e definiram, entre eles, quem ocuparia cada cargo, respectivamente: presidente, vice e relator.

Masinho
Já por volta das 18h, foi feita a leitura da denúncia contra Osimar Barbosa e os vereadores votaram, também, pela abertura de uma Comissão Processante. Sorteados os nomes, ficou assim definida: Adiel Oliveira (PV) presidente, Nilson Teixeira (MDB) vice-presidente e Francklin Meireles (Avante) como relator.

Masinho está preso na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, desde o dia 8 de abril. Entre os fatos apresentados na representação, no gabinete da presidência na semana passada, estão que o vereador Osimar praticava atos ilícitos no exercício do cargo público, uma vez que estabeleceu um sistema de exigência de vantagens indevidas, imposto a todos os servidores indicados por ele, para ocuparem cargos na Câmara de Ipatinga e/ou na prefeitura.

Tal esquema, aponta o documento, ficou comprovado por meio de investigação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, que apurou até o momento, esquema criminoso em funcionamento na Câmara, em que alguns parlamentares, entre os quais Masinho, exigiam parte da remuneração dos servidores públicos. Além de diversos outros itens.

Luiz Márcio
Luiz Márcio (PTC) teve seu mandato de vereador cassado após instauração de uma CP. No mês de junho, os vereadores da Câmara de Ipatinga decidiram, por 16 votos a um, seguir o relatório da comissão pela quebra de decoro parlamentar.

Entenda
São investigados dentro da operação Dolos, José Geraldo Andrade (Avante), Luiz Márcio, Osimar Barbosa, Paulo Reis (Pros), Antônio Rogério Bento, Rogerinho (sem partido), Wanderson Gandra (PSC) e o vereador Gilmar Ferreira Lopes, além da filha dele, Gilcelia de Oliveira Lopes Daniel, que atuava no gabinete do pai mesmo sem ser nomeada. Está preso também Rodrigo Vieira Ramalho (gabinete de Masinho). Os vereadores, ex-vereadores e assessores são acusados dos crimes de peculato, falsidade ideológica, concussão e lavagem de dinheiro. Alguns deles ainda respondem por ameaças e tentativa de obstrução da Justiça por dificultar as investigações do Gaeco.

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