30 de dezembro, de 2025 | 08:45
Instalação de 70 novos radares na BR-381 gera críticas
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
O Movimento Pró-Vidas da BR-381 se manifestou contra a instalação de 70 radares de velocidade ao longo da rodovia. Segundo o movimento, embora medidas de segurança sejam necessárias, a quantidade prevista é considerada excessiva e pode não resolver o principal problema, que consiste na redução de acidentes fatais.
Conforme já publicado pelo jornal Diário do Aço no fim de agosto, o processo está previsto em contrato e a aquisição dos controladores de velocidade deve ser concluída por parte da empresa que administra o trecho. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foram mapeados 70 pontos críticos e que devem receber o dispositivo.
O coordenador do Movimento Pró-Vidas, Clésio Gonçalves, detalhou à reportagem que o trecho entre Caeté e Governador Valadares, com cerca de 270 quilômetros, passaria a ter, em média, um radar a cada quatro quilômetros. Somos favoráveis a ações que salvem vidas, mas 70 radares nesse trecho é um número exagerado. Isso tende a travar ainda mais o fluxo de veículos em uma rodovia que já enfrenta problemas de lentidão”, afirmou.
Clésio destacou ainda que o movimento teme que os equipamentos tenham caráter mais arrecadatório do que educativo. É preciso ter ampla sinalização informando radar a frente para alertar o motorista de que, se tem radar, o trecho é perigoso. E, com isso, evitar acidentes, e não colocar um aparelho com o intuito exclusivamente arrecadador. Também colocar câmeras para penalizar os motoristas infratores, e sinalizar que o trecho é filmado”, pontuou ao jornal.
Alternativa
O Movimento Pró-Vidas confirma que elaborou uma proposta encaminhada à ANTT, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), à PRF e à concessionária Nova 381, como alternativa aos radares. Entre as sugestões estão o reforço da sinalização em pontos críticos, a exemplo da chamada Curva do Boi, onde a adoção de placas, redução gradativa de velocidade e sonorização já resultou na diminuição de acidentes, conforme alegou o coordenador.
O movimento também defendeu campanhas educativas, bem como ações de conscientização sobre excesso de velocidade e ultrapassagens em faixa contínua, consideradas as infrações mais letais na BR-381. Outra proposta é a instalação de câmeras em locais com alto índice de ultrapassagens proibidas, sempre com sinalização prévia informando que o trecho é monitorado.
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