07 de outubro, de 2025 | 08:50

PRF irá gerir multas dos novos radares na BR-381

Instalação dos equipamentos deve começar ainda em 2025 e será concluída até o primeiro trimestre do próximo ano

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

Ainda este ano, a BR-381, entre Governador Valadares e Caeté, trecho sob concessão da iniciativa privada, deve começar a receber os novos radares fixos. Ao todo, são 70 pontos críticos mapeados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que receberão o equipamento de controle de velocidade.
“Iniciaremos no fim desse ano e até no máximo no início do ano que vem, será a [conclusão da] instalação dos radares fixos na BR-381”, garantiu Diego Dutra, gerente de operações da Nova 381, empresa que administra a rodovia, em entrevista exclusiva ao Diário do Aço.

Conforme Diego, o processo de aplicação das multas será feito pelo órgão de segurança pública federal. “A PRF já nos enviou uma lista, nós iremos instalar aproximadamente 70 pontos de radares fixos na BR-381. São radares que são geridos pela Polícia Rodoviária Federal. A concessionária faz a instalação dos equipamentos e a gestão de multa é com a Polícia Rodoviária Federal”, explicou.

Prazos
O Diário do Aço também apurou que o estudo para a instalação dos radares tem vigência de cinco anos, e próximo do vencimento do prazo, será feita outra análise técnica para avaliar a necessidade de implantar o equipamento em mais locais e se os que estiverem em funcionamento devem permanecer ou serem retirados.

Rodovia da morte
Tanto a ANTT quanto a PRF consideram a implantação dos controladores de velocidade como uma forma de evitar que ocorram acidentes graves, sobretudo, com o avanço da duplicação.

Na entrevista, Diego Dutra fez um apelo para que os motoristas dirijam com prudência pela rodovia. Conforme o gerente, somando as atitudes responsáveis dos condutores, as melhorias já concluídas e as obras de duplicação, a BR-381 deixará de ser a rodovia da morte.

“A gente ainda continua tendo acidente. Por quê? Que a gente precisa de uma pecinha fundamental na comunidade do trânsito, que é aquela que está sentada entre o volante do carro e o banco, que é o motorista. Faça uma direção tranquila, segura, atento, não conectado ao celular, mas conectado à direção. A concessionária cuida da infraestrutura, mas do outro lado é o usuário que precisa dirigir com atenção, com prudência, para que aí sim a gente consiga mudar a história dessa rodovia”, reforçou Dutra.

Para o gerente de operações, a história da rodovia já começou a mudar com pista nova, trechos duplicados entregues e nova sinalização para dar mais segurança no fluxo de veículos à noite. “[Era] uma rodovia totalmente precarizada, sem sinalização, então hoje os usuários já rodam numa rodovia diferente, e em oito anos, que é onde nós iremos entregar a rodovia duplicada e sim, será uma obra transformadora, mas não tem como ter uma grande rodovia sem também ter um usuário que faça uma direção segura”, completou.

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