06 de agosto, de 2025 | 09:51

“Eu acordo e durmo pensando nele”, diz irmã de Caio Domingues ao pedir por justiça

Wellington Fred
Irmã e primo de caio conversaram com a imprensa antes do início do julgamentoIrmã e primo de caio conversaram com a imprensa antes do início do julgamento

Por Matheus Valadares
Familiares e amigos de Caio Campos Domingues, morto aos 38 anos em abril de 2023, já aguardam a autorização para entrar e assistir ao Tribunal do Júri Popular da Comarca de Timóteo, no salão do Júri do Fórum Geraldo Perlingeiro de Abreu. Serão julgados nesta quarta-feira (6), a esposa da vítima, Luith Silva Pires Martins, de 41 anos, apontada pelo Ministério Público como mentora do crime, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 23 anos, acusado de ser o executor.

Entre os familiares presentes, está Cássia Campos Domingues, de 34 anos, irmã do Caio, que clama por justiça. Durante coletiva de imprensa, ela disse que foi complicado esperar até chegar o dia do julgamento.

“Quando me perguntam eu falo que acordo e durmo pensando nele. Nestes dois anos ele não saiu do meu pensamento em nenhum minuto. Demorou muito o julgamento e foi muito difícil [esperar], principalmente para meus pais”, afirmou.

“Se Deus quiser, hoje a justiça será feita. Eu não sei se vocês viram nas mídias sociais, um vídeo que foi gravado um mês antes do assassinato em uma comemoração do aniversário da Luith em que meu irmão fez uma declaração de amor a ela e no vídeo a gente já vê uma frieza da parte dela. Na época a gente não percebeu isso, mas hoje a gente vê que aquilo já estava na cabeça dela um mês antes”, ressaltou Cássia.

Sobre os rumores de brigas e relacionamento conturbado, o primo de Caio, Vitor Campos Drumond, de 31 anos, rechaçou a hipótese, e informou que em nenhum momento transpareceu, da parte dos dois, que houvesse algo do tipo na relação.

“É importante reforçar que mesmo se houvesse algum tipo de desentendimento entre os dois, o que justifica uma vida? Acho que a população tem que pensar nisso. E se fosse o contrário? Seria um crime que não estariam só os jornais regionais aqui, mas [com uma repercussão] nacional. O que vai ser julgado aqui hoje é o tempo que ela vai ficar na cadeia, porque a condenação eu tenho pra mim que é certeza. Mas e a vida do Caio, quem vai trazer ele de volta? A mãe dele perdeu a vida junto dele. Nós temos certeza que vamos alcançar a justiça”, frisa. Veja, abaixo, vídeo com mais informações.



Relembre o caso

Caio Campos Domingues, de 38 anos, foi morto a tiros na tarde do dia 4 de abril de 2023, quando saía de sua chácara, na companhia da esposa, Luith Silva Pires Martins. Ela virou ré no caso, acusada de contratar João Victor Bruno Coura de Oliveira, para simular um roubo e executar o marido a tiros.

Caio e Luith eram casados havia 12 anos e, desse relacionamento nasceu um casal de filhos, que após o trágico acontecimento foram colocados sob a guarda dos avós paternos.

Acesso ao Júri Popular será limitado

Para o julgamento, a juíza Marina Souza Lopes Ventura Aricodemes, que irá presidir a sessão, baixou portaria com normas para acesso controlado ao plenário do Tribunal do Júri.

A entrada será somente pela portaria principal do Fórum, na avenida Monsenhor Rafael, onde será feito controle individual mediante identificação por documento oficial com foto e revista por detector de metais.

Foram reservados 15 assentos para os familiares da vítima, 15 assentos para os familiares de cada um dos réus, 15 assentos para representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e 10 assentos para a imprensa.

No julgamento, o Ministério Público será representado pelos promotores de Justiça Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro.

Os advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Junior, Marina Suda e Isla Karoline atuam como assistentes da acusação nesse processo. Atuam na defesa de Luith Martins os advogados Lorena Iara Vidal Santos, Larissa Alves de Oliveira e Heraldo Maria de Oliveira. O réu João Victor é defendido por Flaviano Dueli de Souza.

Ambos os réus vão a julgamento por homicídio com duas qualificadoras (promessa de pagamento ou recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima). O antigo juiz da comarca, ao formular a pronúncia, havia decotado do processo a qualificadora de paga-promessa.

Entretanto, o Ministério Público recorreu e a qualificadora da promessa de pagamento foi restabelecida.

Caso o conselho de sentença acate as qualificadoras, os dois réus podem pegar mais de 30 anos de reclusão cada um.

Já publicado:
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Comentários

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Euler

06 de agosto, 2025 | 12:47

“Se Deus quiser a justiça será feita, pelo menos ameniza um pouco a dor, não vai trazer ele de volta mas que pagam pelo ato covarde . #justiça”

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