23 de fevereiro, de 2025 | 08:50
Obras de reforma e revitalização da Ponte Queimada são confirmadas
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do AçoApós um longo tempo de espera, a execução das obras de reforma e revitalização da Ponte Queimada finalmente poderá sair do papel. A ponte tem interesse turístico e ambiental, visto que era comumente usada por ciclistas que faziam a chamada "Volta da Mata", por pesquisadores que atuam na área do Parque Estadual do Rio Doce e por pessoas que estavam no distrito de Cava Grande, em Marliéria, e desejavam encurtar a distância para chácaras, sítios ou lagoas localizadas em Pingo-d'Água, Revés do Belém ou Córrego Novo. A ligação dessas cidades também é feita pela MG-759, que conecta essa região à BR-458, mas o acesso é feito via Ipatinga.
A Ponte Queimada está interditada por tempo indeterminado devido a um incêndio criminoso ocorrido em agosto de 2023. Antes, a situação já era precária, mas fogo danificou de vez a passagem.
A recuperação da ponte também é importante para a cultura e a preservação ambiental. A decisão foi tomada em um alinhamento entre o governo municipal de Pingo-d'Água e representantes do governo do Estado, em reunião na prefeitura, dia 19 de fevereiro. Uma parceria firmada entre o município e o Parque Estadual do Rio Doce garante o compromisso com o investimento, que restabelecerá o antigo acesso a Cava Grande e Timóteo, bem como encurtará o caminho até a LMG-760.
Expectativa
Em entrevista à reportagem do Diário do Aço, a diretora de Patrimônio Cultural, Cultura e Turismo de Pingo-d'Água, Eliana de Souza, pontuou que as obras estão confirmadas, mas ainda não há data prevista para começar. Estamos finalizando os respaldos para garantir o uso da ponte com responsabilidades sustentáveis no meio ambiente. Discutimos a parceria entre o parque e a prefeitura para construção de uma guarita e fiscalização para início das obras, pois para isso precisamos desse ponto de apoio”, explicou.
Eliana afirmou que, para que as obras comecem, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) está elaborando a nota técnica para autorizar o início. E como o recurso foi destinado a Marliéria, estamos aguardando. Sobre o fim da reforma, ainda não falamos em prazo, mas estamos ansiosos e queremos que seja o mais breve possível”, detalhou.
Entretanto, pesa contra a reforma da ponte o posicionamento de ambientalistas, que são contra a reabertura da estrada dentro da Unidade de Conservação. Atualmente há um posto de guarda parques no Salão Dourado, uma área de amortecimento do parque, localizada na entrada da via no território preservado da Mata Atlântica.
Benefícios para a população
A diretora estacou que a reforma da Ponte Queimada é um projeto de grande relevância para a região, trazendo benefícios significativos em diversas áreas. Como a logística e o encurtamento de distâncias. Historicamente, a ponte serviu como uma importante via de ligação entre municípios da região. Sua reforma permitirá a reabertura desse trajeto, reduzindo distâncias. Isso resultará em economia de tempo e custos logísticos para moradores e turistas. O local tem um valor histórico significativo, remontando aos séculos XVIII ou XIX. Sua preservação e revitalização podem transformar o local em um ponto turístico, atraindo visitantes interessados na história e na beleza natural da região. Isso pode gerar oportunidades econômicas e promover a cultura regional”, destacou Eliana.
Além disso, a ponte está situada próxima ao Parque Estadual do Rio Doce, uma área de rica biodiversidade. A melhoria do acesso pode fomentar o ecoturismo, incentivando práticas sustentáveis e a conscientização ambiental. A reforma é um projeto estratégico que combina melhorias logísticas com a valorização cultural e turística, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável”, complementou.
Já publicado:
- ONGs pedem cancelamento da reforma da Ponte Queimada
- Ponte Queimada permanece interditada e sem definição para reforma
- Municípios de Pingo-d'Água e Marliéria firmam acordo para a reforma da Ponte Queimada
- Ponte Queimada está interditada por tempo indeterminado
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Donizethe Fernandes
15 de março, 2025 | 08:36Tomara que essa restauração saia o mais rápido possível é um asssesso para vários lugares principalmente para quem mora em Timóteo e cava grande.. acorda políticos..”
Leoncio Simoes
24 de fevereiro, 2025 | 21:25Eu amo este lugar, morei no vilarejo que tinha ai em 72 todos os moradires trabalhavam pra acesita meu pai dirigia um fnm bascilante numero 355 amarelo,quando adiecia alguem ele levava pro hospital em acesita ou fabriciano era muito legal tinha uma PENSAO DO SENHOR DUCA,a filha era professora acho que chamava arlete, o tratorista venancio , era muito bom todos amigos uma familha, quando eu partir minhas cinzas quero que jogem ali, perto dos pacumàs amo, moro na america a 38 anos ja voltei ai i fiquei triste com o que vi.”
Oliveira
24 de fevereiro, 2025 | 04:19Uma estrada em meio ao maior e único fragmento de Mata Atlântica em Minas Gerais é um escárnio com a biodiversidade existente no local.
E o problema maior é, ainda, a falta de percepção de alguns. Qua ainda insistem em ignorar os riscos de tal empreendimento.
E que fique bem claro, que os desdobramentos dessa reforma, já tem nome e endereço pra cobrança!”
José Carlos
23 de fevereiro, 2025 | 13:29Até que enfim vão reformar a ponte que é de suma importância para quem quer deslocar de Timóteo para Bom Jesus do Galho. É um atalho que muito nos atende. Tenho necessidade de deslocar a cada 15 dias, e com essa reforma vai adiantar muito meu trajeto.
Falam-se que ONGS interferem para não reformar a ponte com algumas alegações sem cabimento. Dizem que é para proteger a fauna e a flora da região. Não sabem que ao fechar a passagem não interfere em nada. Os infratores usam de outros meios para suas intervenções. O que precisa é ter mais fiscalização”
Pedro Magalhães
23 de fevereiro, 2025 | 11:24Caso não queiram recuperar a ponte queimadas, a outra ponte, a perdida, seria uma excelente opção para diminuir distâncias e melhorar a logística de transporte em toda a região.”