27 de janeiro, de 2024 | 07:00

Ponte Queimada permanece interditada e sem definição para reforma

Arquivo DA
Incêndio de agosto de 2023 deixou o acesso totalmente interditado, inviabilizando sua utilizaçãoIncêndio de agosto de 2023 deixou o acesso totalmente interditado, inviabilizando sua utilização
Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço
A situação da Ponte Queimada continua sem solução. Há mais de cinco meses interditada, ainda não há definição concreta para a sua restauração. Por enquanto não há confirmação de recursos ou prazos para início da obra, além disso, o Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG) desconhece sua responsabilidade no trecho de aproximadamente 30 quilômetros da estrada que liga o distrito de Cava Grande, em Marliéria, à cidade de Pingo-d’Água, cortando a mata atlântica dentro do Parque Estadual do Rio Doce (Perd).

Historicamente conhecida, a passagem é uma das entradas para a área da unidade de conservação, com 200 metros de extensão e interligando os municípios de Marliéria e Pingo-d’Água sobre o rio Doce. A estrutura do tablado já era precária há alguns anos e sua travessia já era arriscada, demandando a troca dos dormentes de madeira que compõem o tabuleiro.

O local teria recebido o nome de Ponte Queimada, em razão de um incêndio em meados do século XVIII, que destruiu a primeira ponte em madeira, construída sobre o rio Doce, mas a autoria deste incêndio possui várias versões, todas sem nenhuma confirmação oficial. Além de sua importância histórica, a atual ponte cuja estrutura é de concreto e aço, há também o valor turístico, pois o local sempre foi muito utilizado para o ciclismo. Atualmente a estrada no interior do parque está fechada, inclusive, para ciclistas. Há uma guarita do Instituto Estadual de Florestas (IEF) localizada na área rural conhecida como Salão Dourado, em Cava Grande, com monitoramento para vetar o acesso de pessoas à estrada. A guarita fica localizada na entrada do Parque Estadual do Rio Doce.
Alex Ferreira
Guarita na entrada da estrada de Pingo-d'Água passando pela mata do parque: acesso somente para pessoal interno do Perd Guarita na entrada da estrada de Pingo-d'Água passando pela mata do parque: acesso somente para pessoal interno do Perd

Incêndio
Em agosto de 2023, a lendária Ponte Queimada voltou a ser alvo de um incêndio criminoso. Vídeos gravados na época mostram os dormentes que compõem o tabuleiro da ponte em chamas. Não houve identificação do autor do incêndio, que danificou de vez a passagem pelo local, uma extensão de aproximadamente 10 metros do tablado da ponte foi consumida pelas chamas, levando à interdição total da passagem.

Na época do incêndio, os gestores dos municípios de Pingo-d’Água e Marliéria anunciaram que iriam assumir a iniciativa de reforma da Ponte Queimada, mas o serviço continua sem previsão de data ou confirmação de recursos.

DER desconhece responsabilidade
A reportagem do Diário do Aço procurou resposta sobre a previsão de restauração e reforma da ponte junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que repassou o questionamento ao Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG). O DER, porém, informou que o trecho citado não faz parte da malha rodoviária de responsabilidade de sua conservação.
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Comentários

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Javé do Outro Lado do Mundo

27 de janeiro, 2024 | 18:24

“Tô matutando aqui tentando juntar as ideias, mas tá difícil chegar num denominador comum. Até a tal ponte queimada é das épocas do amém. O Tião Aranha já me contou um montão de histórias dessa ponte. Ele tb já se foi juntamente com a tal ponte. Essa ponte já foi ' queimada' várias vezes. Rs.”

Guzerá Legislador

27 de janeiro, 2024 | 15:43

“Essa ponte inundou em cima e cedeu embaixo.”

Crítica Construtiva

27 de janeiro, 2024 | 15:04

“Não quero falar mal, apenas fazer uma crítica construtiva. O Parque Estadual do Rio Doce é um mito. O lugar é incrível, tem potenciál turístdico, mas é pessimamente explorado. Tudo o que se lê sobre turismo no Vale do Aço cita o Parque. Mas não é bem assi, não. Igualmente as cidades do entorno. Em Marliéria não tem nem sequer uma padaria e lanchonete para servir aos turistas. As pessoas numa mercearia lá costumam tratar mal os "forasteiros". Escutei esse termo sair da boca de um vendeiro lá. O restaurante do parque serve o básico, os prédios do alojamento, banheiros e vestiários da área de camping, o resraurante, tudo precisa de reforma. É visível o sinal de desgaste e deterioração com o tempo de uso. O restaurante serve apenas o básico, falta uma loja de souvenir, lembranças, doces em compotas, quitandas produzidas na região e roupas que poderiam estampar o nome do parque e as espécies do parque. Enfim, por isso digo que é um mito. Nem tudo é realidade, exceto uma natureza sem igual, exuberante.”

Observador

27 de janeiro, 2024 | 14:53

“Penso que o intuito da guarita é disciplinar a entrada de pessoas.
Como mencionado na matéria, a estrada não está sob domínio do DER, e sim numa Unidade de Conservação (Parque Estadual do Rio Doce).
E até onde eu sei, a área destinada a visitação pública tem acesso por outra guarita, localizada no Km 19 da estrada LMG 760. Onde é cobrado um valor pela estadia e oferece muitos atrativos.
Lá tem até uma trilha destinada exclusivamente para ciclistas!”

João

27 de janeiro, 2024 | 13:53

“? só fazer tal qual pessoal no Rio Grande do Sul, juntar o povo e executar a obra. Faz rifa, vaquinha, arrecadação de pix. Sai rápido, melhor preço ( 8 a 10 vezes mais barato, sem roubo) e melhor qualidade. Sem depender de boa vontade politica.”

Leoncio Simoes

27 de janeiro, 2024 | 09:17

“Em 1971 tinha um vilarejo ai, imagino que tinha uma 20 familhas,trabalhavam em uma pedreira meu pai dirigia um alfa romeo amarelho quando adiecia alguem ele levava pra o hospital acesita ou fabriciano, a vida era simples mas muito bom, tinha um RESTAURANTE onde o onibus parava,SENHOR DUCA, I SUA FILHA ERA PROFESSORA DO VILAREJO QUE SAUDADE,A GALERA PESCAVA O PACUMAN, I A GRUMATAM.”

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