09 de novembro, de 2024 | 15:00

Idoso perde R$ 13 mil em golpe aplicado via WhatsApp

Reprodução
Variados casos de golpes são registrados semanalmente e idosos estão entre as vítimas preferenciais dos estelionatáriosVariados casos de golpes são registrados semanalmente e idosos estão entre as vítimas preferenciais dos estelionatários

A facilidade de transferência de dinheiro via Pix tem turbinado os golpes via internet e telefone. Um dos golpes mais comuns começa com uma ligação avisando que houve o agendamento de Pix na conta do cliente bancário, ou então que houve uma despesa não reconhecida no cartão do banco. Ao seguir o passo a passo do suposto atendente da falsa central de segurança, a vítima perde o controle do aparelho e os criminosos têm acesso aos aplicativos bancários e limpam o saldo encontrado.

Em outros casos, se não encontram saldo, contraem empréstimos e sacam o dinheiro, deixando a vítima com a conta a contestar ou a pagar. Há também a clonagem do WhatsApp quando o usuário clica em links suspeitos ou concede acesso de criminosos ao aparelho por meio de código. Outro golpe é aplicado quando os marginais se passam por familiares ou amigos e pedem dinheiro.

Um exemplo foi o caso de um homem de 75 anos, morador do Centro de Coronel Fabriciano. Conforme relatou à polícia na quinta-feira (7), no fim do mês de outubro ele recebeu mensagens via WhatsApp em que uma pessoa se passou por sua filha. Ela alegou que havia trocado de número e necessitava de uma transferência, via Pix, no valor de R$ 13 mil. Em seguida, repassou uma chave feita com um número de CPF, em conta aberta em nome de uma mulher em uma agência do Banco Bradesco.

A suposta filha alegou que o valor era relativo ao pagamento de uma conta. A vítima acreditou que se tratava mesmo de sua filha e fez a transferência do dinheiro, totalizando R$ 13 mil. Somente dias depois, em contato com a filha, comentou sobre o dinheiro e ambos chegaram à conclusão que o idoso tinha caído no golpe via WhatsApp. Os dados dos telefones, chaves de Pix e nomes foram registrados em ocorrência policial para providências futuras.

Aposentada é vítima de golpe e perde R$ 5 mil



Uma aposentada de 68 anos, moradora do bairro Bela Vista, em Ipatinga, foi vítima de um golpe aplicado via WhatsApp na manhã de sexta-feira (8). A idosa recebeu uma mensagem de alguém que se passava por seu filho, pedindo R$ 5 mil via Pix para pagar uma despesa emergencial.

Ela acreditou na história, entretanto, ao transferir o dinheiro para uma conta PagSeguro em nome de um homem, percebeu que o nome era estranho. Ao questionar o filho sobre o nome, a idosa foi informada que se tratava de um “prestador de serviços”. Acreditando na explicação, ela efetuou a transferência. Somente à tarde, ao se encontrar com seu filho, a aposentada descobriu que havia caído em um golpe. Ela procurou uma agência do Banco do Brasil e foi orientada a registrar uma ocorrência policial para tomar as providências necessárias.

Cliente de advogado é vítima de golpe



Outro caso que tem se repetido é a clonagem do telefone de advogados. Com acesso à lista de contatos de clientes, golpistas se passam pelos profissionais e cobram valores para pagamento de supostos encargos.

Em Coronel Fabriciano, um homem de 51 anos caiu neste golpe ao receber uma mensagem enviada pelo telefone do advogado que o representa em uma causa. Convencido que seria necessário arcar com uma taxa de R$ 900 relativa a “custas processuais” em seu processo de aposentadoria, fez o pagamento no dia 4 de novembro. Somente depois descobriu que o telefone do advogado havia sido clonado.

Recentemente, outros casos idênticos foram noticiados. A orientação, neste caso, é que os clientes jamais transfiram qualquer valor sem antes conferir com o profissional a veracidade do pedido.

Dificuldades em recuperar o dinheiro



A orientação dos bancos e da polícia é que as pessoas jamais façam transação sem antes conferir com a pessoa que pede a transferência a veracidade do pedido. Também é orientado que pais, avós e familiares mais idosos, principais alvos dos criminosos, sejam alertados sobre a possibilidade de golpes. As pessoas nunca devem instalar aplicativos enviados por links, nunca devem fornecer códigos que aparecem na tela e muito menos clicar em links indicados em mensagens.

O dinheiro perdido nos golpes aplicados via internet, que agora ganharam mais velocidade com a facilidade de transferência via Pix, dificilmente é recuperado. Na maioria das vezes, o golpista saca imediatamente o dinheiro surrupiado das vítimas e fecha a conta. Em outros casos, fazem seguidas transferências entre contas, o que dificulta o rastreio. A quebra de sigilo bancário é burocrática e trava investigações sobre a ação dos estelionatários.

Cuidado com a onda de golpes


-Anúncio de venda de moto era golpe
-Mulher perde R$ 12.900 no golpe da falsa carta de crédito
-Vários casos de golpes aplicados com a clonagem do WhatsApp na região
-Idoso é vítima de estelionatário dentro de agência bancária e perde R$ 13 mil
-Idosa perde cerca de R$ 4 mil em golpe via WhatsApp
-Jovem perde R$ 4 mil ao tentar comprar motocicleta que viu anunciada no Facebook
-Criminosos clonam números de telefone e aplicam diversos golpes
-Mulher é vítima de golpe via WhatsApp e perde mais de R$ 7.500
-Vítima do ''golpe dos nudes'' perde R$ 3 mil
-Golpistas insistem em usar nome dos Correios para aplicar golpes
-Clientes alegam ser vítimas de golpe de proprietária de buffet em Coronel Fabriciano
-Golpe de estelionato envolve compra de motocicleta em Ipatinga
-Homem cai em golpe ao tentar comprar VW Gol e perde R$ 32 Mil
-Homem que aplicava o golpe do carro de leilão é preso novamente em Ipatinga
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Jane

10 de novembro, 2024 | 14:33

“As pessoas desaprenderam conversar pessoalmente e frente a frente quando assunto é saúde, contratos ou dinheiro.
Nunca transfiro para terceiros mesmo quando parentes pedem pessoalmente para fazer isto. Digo o seguinte transfiro para sua conta e da sua conta você acerta com o prestador. E isto se a pessoa estiver em carne e osso na minha frente. Pessoas sempre que alguém pedir transferências não façam a não ser que conversem frente a frente com o advogado, prestador, filho(a), pai ou mãe. Hoje se pode até gerar imagem falsa de uma pessoa em conferência de vídeo. Idosos façam como os idosos de uma região da Inglaterra que obrigaram o banco a manter um empregado no posto bancário para responder a dúvidas dos clientes. Se não abrirmos o olho brevemente tudo será virtual e para idosos ficará mais difícil a vida.”

Envie seu Comentário