01 de agosto, de 2024 | 08:00
Vale do Aço volta a registrar casos de febre Oropouche
Região concentra 97% das notificações em MG e dados da SES-MG destacam crescimento de casos em Joanésia
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do AçoOs casos de febre oropouche em Minas Gerais continuam a subir conforme apurado pelo Diário do Aço junto à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Os registros são puxados pelo Vale do Aço e sua macrorregião, que concentra 97% das notificações. Até o momento, os casos confirmados são de amostras coletadas em período anterior a junho deste ano.
De acordo com a pasta, até dia 30, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), identificou 147 amostras que testaram positivo para a febre oropouche no estado por RT-PCR, sendo: 1 caso em Congonhas - URS Barbacena; 1 caso em Coroaci - URG Governador Valadares; 30 casos em Coronel Fabriciano - URS Coronel Fabriciano; 1 caso em Gonzaga - URS Governador Valadares; 3 casos em Ipatinga - URS Coronel Fabriciano; 96 casos em Joanésia - URS Coronel Fabriciano; 15 casos em Timóteo - URS Coronel Fabriciano.
Comparando a última atualização publicada pelo Diário do Aço, no mês de junho, nota-se que houve aumento de infecções nos municípios de Ipatinga e Joanésia, que antes eram 2 e 30, respectivamente.
Além desses, foram confirmados três casos em Belo Horizonte de pessoas residentes no município de Botuverá, em Santa Catarina, já notificados ao estado.
As primeiras quatro amostras detectadas para o agravo foram identificadas em maio de 2024, pelo Lacen, e ocorreram nos municípios de Ipatinga, Gonzaga e Congonhas.
O que tem sido feito
Como estratégia de vigilância ativa, foi implantada em Minas Gerais a Vigilância Sentinela da Febre de Oropouche, com unidades sentinelas em todas as Unidades Regionais de Saúde e envio regular de amostras à Funed para testagem.
Nos dias 12, 13 e 14 de junho, a Secretaria da Saúde de Coronel Fabriciano, por meio da Gerência de Vigilância em Saúde, e uma equipe do Laboratório da Funed, iniciaram uma ação com o objetivo de instalar armadilhas e capturar o mosquito Pólvora ou Maruim, causador da febre, para realização de estudo.
As instalações dessas armadilhas foram feitas no bairro Caladão, onde foi registrado o maior número de casos da doença. Elas são colocadas nas residências que estão próximas aos córregos e ao ribeirão Caladão.
Já publicado sobre o assunto:
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O que é a febre oropouche?
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
O diagnóstico da arbovirose é clínico, epidemiológico e laboratorial e todo caso com diagnóstico de infecção pelo vírus deve ser notificado pelo município no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A Secretaria de Estado de Saúde informa ainda que conduz a devida investigação epidemiológica no estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas). Entretanto, o estado de Minas Gerais não registrou casos ou óbitos por febre oropouche até o ano de 2023.
Prevenção
As medidas de prevenção são voltadas ao controle vetorial e são as mesmas adotadas para a dengue, zika e chikungunya: evite áreas onde há muitos mosquitos, se possível; Use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele; Mantenha a casa e, principalmente, o quintal limpo, removendo possíveis criadouros de mosquito; Em caso de sintomas suspeitos, procure uma Unidade Básica de Saúde imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.
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