22 de junho, de 2022 | 10:08

Ex-ministro e pastores lobistas no Ministério da Educação são presos

Divulgação MEC
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura, um dos acusados de pedir barras de ouro em troca de verbas da educaçãoO ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura, um dos acusados de pedir barras de ouro em troca de verbas da educação

Uma operação da Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira, mandados de prisão e busca e apreensão contra o ex-ministro da Educação, o pastor presbiteriano, Milton Ribeiro e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, ambos da Assembleia de Deus, por suspeitas de crimes na liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras.

Conforme divulgado pelas agências agora há pouco, a operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro no MEC.

A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi enviada à primeira instância depois que Milton deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.

A PF confirmou que, no total, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados.

O prédio do MEC foi um dos locais de buscas em Brasília. Em depoimento prestado no caso, Milton Ribeiro disse desconhecer a atuação dos pastores e afirmou que "não autorizou" os religiosos a falar em nome do ministério. A afirmação, entretanto, é desmentida em vídeos e áudios gravados anteriormente em que o ex-ministro aparece ao lado dos pastores, em mais de uma ocasião, discursando a respeito da atuação deles.

Em depoimento, o ministro afirmou, entretanto, que “não tinha conhecimento que o pastor Gilmar ou o pastor Arilton supostamente cooptavam prefeitos para oferecer privilégios junto a recursos públicos sob a gestão do FNDE ou MEC”, disse.

De acordo com as acusações reveladas pelo jornal "Estado de S.Paulo", os religiosos prometiam a prefeitos facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina. Um dos prefeitos afirmou à época que um dos pastores pediu barras de ouro para mediar a liberação de dinheiro do MEC para o município.

Já publicado sobre o escândalo no MEC:
-Ministro Milton Ribeiro terá que explicar sobre lobby de pastores em verbas no MEC
-Presidente diz que ''bota a cara no fogo'' por ministro da Educação
CGU encontra indício de irregularidades cometidas por terceiros no MEC

A queda de Milton

Após o caso vir a público, o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do subordinado e afirmou que botaria "a cara no fogo" por Milton Ribeiro. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também defendeu Ribeiro. Segundo ela, o ex-ministro provaria que é "uma pessoa honesta". Na tarde do dia 28 de março a CNN noticiava a saída de Milton Ribeiro do MEC.
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Comentários

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Pedro

22 de junho, 2022 | 17:59

“Do BOZO esses saqueadores do MEC só podem esperar o perdão! São pessoas de OURO.”

Tião Aranha

22 de junho, 2022 | 14:32

“A mídia passou batida no caso da vaza jato. Foram naus de cinco anos de conversa fiada ora não dar em nada. Moro hoje tá indo pra casa para ser candidato; e o Gilmar tá recebendo homenagem de partido político. O campo aqui está mais minado e confuso do que o litoral de Odessa, lá na Ucrânia. É bomba pra todo lado. Réquiem de um governo moribundo. Risos.”

Marlucia Bento

22 de junho, 2022 | 12:40

“Acho melhor, ninguém comemorar ainda! Vamos aguardar o chefe da quadrilha. Vai que ele resolva perdoar mais esses aí. rs”

Antonio M.

22 de junho, 2022 | 12:15

“Calma pessoal! Não comemorem ainda, pensando que a justiça irá ser feita. Em breve, eles receberão o "Indulto presidencial". Já vimos esse filme recentemente, onde um Deputado foi condenado por ameaças a democracia e recebeu o perdão do presidente.”

Gildázio Garcia Vitor

22 de junho, 2022 | 11:35

“Bem que nunca tive a coragem de por a "minha cara no fogo", e nem a mão, por ele. Só o Presidente é que teve.”

Viewer

22 de junho, 2022 | 10:51

“Interessante a mídia ter tanta informação sobre um caso que corre em segredo de justiça...”

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