13 de agosto, de 2021 | 09:00
Campanha quer ajudar consumidor a identificar golpes virtuais
Bruna Lage
Advogado orienta que dados não devem ser compartilhados via WhatsApp ou mensagens de texto

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou nesta semana uma campanha para ajudar as pessoas a identificar tentativas de golpes virtuais por meio do uso indevido de dados pessoais de consumidores. Com o slogan Proteja seus dados. Não compartilhe”, a campanha será feita de forma on-line, por meio das mídias sociais do ministério, alertando consumidores sobre golpes que são aplicados em ambientes virtuais. A previsão é de que ela dure 30 dias. O advogado e responsável pelo Procon e Assistência Judiciária de Timóteo, Silvio Santos, explica o trabalho que tem sido feito no intuito de coibir situações como essa no município.
De janeiro a julho deste ano, o número de consumidores que tiveram dados pessoais ou financeiros consultados, coletados, publicados ou repassados sem autorização mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) e a plataforma consumidor.gov.br.
Foram 47.413 reclamações em 2021, enquanto em 2020 foram 21.310. O número do primeiro semestre deste ano, inclusive, já supera o total de registros em 2020, que foi de 44.750”, informou o ministério, em nota. A campanha tem o apoio da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Fique atento
Silvio Santos observa que, em tempos de pandemia, é comum o aumento de compras pela internet e transações on-line, acarretando no aumentado de golpes virtuais. As pessoas precisam ficar atentas em relação a essas possíveis fraudes. O Procon vem atuando sistematicamente combatendo essas fraudes, principalmente em relação às pessoas aposentadas ou que possuem algum tipo de benefício. Não compartilhem dados bancários ou pessoais com pessoas e empresas que não conhece, ou não tem referência”, alerta.
Ele acrescenta que a cada reclamação ou indício de fraude, o Procon tem feito busca detalhada no CNPJ e na transação; se foi realizada por meio de PIX e quem foi beneficiado. O Procon de Timóteo tem feito o atendimento e intimado que essa pessoa compareça em audiência. É claro, não comparecem, mas de posse do CNPJ e sabendo que realizou algum de tipo de movimentação, temos buscado bloqueio e multa, além de encaminhar esses dados para a Secretaria de Fazenda, para incluir esse CNPJ e CPF na dívida ativa do município. Além de encaminhar esse cidadão ao Judiciário, para que por lá seja pedido bloqueio de bens e dinheiro”, esclarece.
Cautela
Apesar das campanhas e das reiteradas publicações a respeito dos golpes virtuais, o advogado reforça que é importante orientar o consumidor que, ao receber ligações de origem desconhecida, assim como mensagens, que não passe e não compartilhe dados via WhatsApp ou mensagens de texto. E em seguida bloqueie esse número. Deverão ser bloqueados também no site do Ministério Público, evitando assim esse tipo de fraude”, conclui.
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