21 de julho, de 2020 | 14:00

Aciapi e CDL defendem reabertura do shopping, bares e restaurantes

Tiago Araújo
Discussão acerca da possível reabertura do empreendimento é tema de audiência pública nesta quarta-feiraDiscussão acerca da possível reabertura do empreendimento é tema de audiência pública nesta quarta-feira

Está marcada para a tarde de quarta-feira (22) a audiência de conciliação, por meio virtual, entre representantes do Shopping Vale do Aço e do Ministério Público, para discussão acerca da reabertura do empreendimento, que está fechado há cerca de quatro meses, por força de decisão judicial. Para evitar maiores prejuízos financeiros, a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) defendem que o Shopping Vale do Aço possa voltar com suas atividades o quanto antes.

Conforme o presidente da Aciapi, Cláudio Zambaldi, o funcionamento do shopping é muito importante para a geração de centenas de empregos. “Já houve o encerramento de atividades de lojas dentro do empreendimento, o que provocou muitas demissões. Por isso que esperamos que haja um bom senso nessa audiência de conciliação e que possa contribuir para a reabertura do centro de compras. Entendemos que o shopping está preparado para voltar a receber consumidores, de maneira segura, assim como os bares e restaurantes, que não podem mais ser penalizados”, afirmou.

Bares e restaurantes

O presidente do Sindicato das Empresas de Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindhorb) do Vale do Aço, Benedito Pacífico da Rocha, destacou que o setor de bares e restaurantes passa por uma série de dificuldades em Ipatinga. “A única permissão de funcionar é com delivery e retirada no balcão, mas isso não é suficiente para manter as despesas e pagar salários dos funcionários, o que está acarretando sérios problemas para os empresários desse setor. Portanto, aguardamos que as autoridades liberem o consumo interno, porque a situação está cada vez pior”, relatou.

Normalização do funcionamento do comércio

Já o presidente da CDL de Ipatinga, Amaury Gonçalves, afirmou que as entidades empresariais também aguardam a próxima reunião do Comitê Gestor de Crise, em data a ser marcada, para que as discussões sobre a normalização do funcionamento do comércio possam ser retomadas. “Quando o comércio não essencial foi fechado, no dia 21 de março, o objetivo do comitê era que a cidade pudesse preparar seu atendimento na área da saúde para receber os pacientes com covid-19, o que tem sido feito desde então, com a ampliação do número de leitos e de respiradores na rede pública. Dessa forma, entendemos que já é possível voltar com o funcionamento do comércio de segunda-feira a sábado, assim como ocorre em Coronel Fabriciano e Timóteo”, destacou.

Decisões judiciais

O Shopping Vale do Aço foi fechado no dia 21 de março, após decisão do Comitê Gestor de Crise e a consequente publicação do Decreto Municipal nº 9.281/2020, devido à pandemia da covid-19. No dia 28 de abril, teve a reabertura autorizada por meio do Decreto Municipal 9.312/2020, publicado pelo governo de Ipatinga, operando com horário reduzido e restrição de público. O Ministério Público discordou da decisão da reabertura, foi à Justiça por meio da interposição de uma Ação Civil Pública e, no dia 8 de maio, o juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ipatinga, Luiz Flávio Ferreira, acatou um pedido de liminar e suspendeu parcialmente os efeitos do Decreto 9.312/2020 do dia 28 de abril, interrompendo as atividades no shopping, com algumas exceções. Da mesma forma, suspendeu o funcionamento dos bares e restaurantes, que estava igualmente permitido, restringindo o atendimento via sistema de entrega (delivery).

Já no dia 14 de maio, o desembargador Wilson Benevides, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), indeferiu a solicitação de reabertura do centro de compras que havia sido feita pela Intermall Empreendimentos e Participações – empresa que administra o shopping. Desde então, o centro de compras permanece com suas atividades suspensas, com algumas exceções, que são lojas do segmento essencial, como Consul, Petico Pet Shop, lotérica e Vacina Vale.

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