14 de fevereiro, de 2020 | 08:20
Fedor no ar ainda é um mistério
Órgãos ambientais anunciam envio de equipes para apurar poluição atmosférica que causou incômodos à população no Vale do Aço
Alex Ferreira
A análise do ar no Vale do Aço foi realizada pela Gerência de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões do Estado

Permanece desconhecida a origem do forte odor que gerou incômodos a moradores de várias cidades do Vale do Aço, entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta-feira (12). Procurado pelo Diário do Aço, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) informou nesta quinta-feira (13) que não foram detectadas anormalidades no ar da região, mas acrescentou que providências serão tomadas ainda nessa semana. O incômodo ocorreu na noite de terça-feira (11), quando várias pessoas relataram nas mídias sociais ardência nas narinas, dor de cabeça e náuseas devido ao forte odor misterioso. A poluição permaneceu até a madrugada seguinte e só parou depois de uma chuva.
Sobre as possíveis causas do mau cheiro, muitas das pessoas que se sentiram prejudicadas questionaram se o odor não teria sido provocado por algumas das grandes empresas do Vale do Aço, como Usiminas, Cenibra e Aperam. Entretanto, todas essas citadas, incluindo a Copasa, negaram possível relação com o fato. Até o terro sanitário localizado em Santana do Paraíso, nos arredores de Ipatinga, foi inspecionado.
Qualidade do ar
Em nota enviada ao Diário do Aço, o Sisema afirmou que uma equipe do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) virá a Ipatinga nessa sexta-feira (14) para averiguação do caso. A Feam informa que, no âmbito das atribuições de sua Gerência de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões, foi realizada análise dos dados de qualidade do ar da Rede de Ipatinga, com dados de terça-feira (11), motivada pela denúncia referente à percepção de odores. A avaliação buscou identificar variações bruscas nas concentrações ambientais dos poluentes monitorados. Não foram verificadas anormalidades nas medições do referido dia”, ressaltou.
Tipos de poluentes
As estações da rede monitoram os poluentes listados na Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n° 491/2018 (partículas totais em suspensão, partículas inaláveis, partículas respiráveis, dióxido de nitrogênio, ozônio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono) e outros poluentes específicos determinados em função da característica industrial da região do Vale do Aço (hidrocarbonetos totais, benzeno, tolueno, metano, hidrocarbonetos não-metano, etilbenzeno, meta e para-xileno, e orto-xileno).
Comunicado de Ipatinga
A nota do Sisema também confirma que o Núcleo de Emergência Ambiental recebeu um comunicado da Administração Municipal de Ipatinga relatando o mau cheiro e que seria elaborado um boletim de ocorrência acerca do caso. Um levantamento em toda a cidade também é feito pela Polícia Militar de Meio Ambiente para verificar os locais atingidos pelo forte odor e sua possível causa.
Denúncias
Já no âmbito da Secretaria de Estado de meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a nota informa que a Subsecretaria de Fiscalização Ambiental (Sufis) recebeu na quarta-feira (12), via Sistema Ligminas (central de atendimento telefônico do estado), três denúncias por poluição atmosférica e alegação de mau cheiro. As denúncias se referem a três localidades distintas: os municípios de Timóteo, Ipatinga e Belo Oriente. Diante do exposto, a Sufis vai enviar uma equipe ao Vale do Aço para apuração dos fatos, levantamento de dados e aplicação de penalidades”, concluiu.
Investigações
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Ipatinga também informou, por meio de nota que, devido ao forte odor sentido na região, foram realizados levantamentos com objetivo de identificar a origem e a toxidade dos gases que causaram o mau cheiro. O Ministério Público reuniu-se com a Usiminas e com a Cenibra, bem como efetuou consultas à Gerência de Qualidade do Ar da Feam, ao Departamento de Meio Ambiente do Município e à Secretaria de Saúde. O Ministério Público permanecerá investigando a ocorrência visando o resguardo dos interesses da coletividade”, pontuou a nota.
Já publicado:
Núcleo de Emergências Ambientais é acionado para investigar mau cheiro no Vale do Aço
Usiminas afirma que odor não tem relação com processo siderúrgico
Aperam descarta que odor tenha saído de sua planta
Cenibra também descarta relação com mau cheiro no Vale do Aço
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Priscila Nubia
14 de fevereiro, 2020 | 17:50com esse mal cheiro passei mal anoite fiquei com vontade de vomitar cabeça doendo eu nao consigui dormir por causa desse cheiro”
Palhaço
14 de fevereiro, 2020 | 17:49Eu quero e dinheiro kkkkkkkkk”
Madmax
14 de fevereiro, 2020 | 12:13Por trás disso deve está "peixe grande".Pode ser que realmente descobre.Agora é esperar 5 a 10 anos, se realmente manifestará alguns sintomas ou alguma doença.”
Jaime
14 de fevereiro, 2020 | 10:11De onde veio o mal cheiro esta claro que alguma empresa e responsavel e sabe mas esta de bico calado .este mal cheiro e antigo porem de pouca intensidade principalmente na calada da noite.”