08 de novembro, de 2019 | 19:20

Após decisão do STF, Justiça manda soltar ex-governador de Minas

Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucano

Divulgação Senado
Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucanoAzeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucano

Justiça de Minas Gerais determinou hoje (8) a soltura do ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB), que estava preso desde o ano passado para cumprir pena de 20 anos e 10 meses de prisão por participação no chamado mensalão mineiro. Azeredo estava preso no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na região Centro-Sul da capital mineira, desde maio de 2018 e deixou o cárcere no começo da noite de ontem.

A decisão foi tomada para cumprir a decisão proferida ontem (7) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a validade da execução provisória de condenações criminais, conhecida como prisão após a segunda instância.

Na decisão, o juiz Marcelo Eustáquio, da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte, entendeu que Eduardo Azeredo deve ser solto após a decisão do STF. “Com o devido respeito a quem pensa o contrário, creio, nesse cenário, que não admite ilações ou divagações jurídicas. Deve ser cumprida, em respeito aos mandamentos legais “, afirmou.

Azeredo foi denunciado pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção montado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro, em 1998. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), mais de R$ 3 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras. Para o MPF, a prática dos crimes só foi possível por meio de "esquema criminoso" montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Em 2014, Eduardo Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal, perdendo o foro privilegiado no Supremo – o que fez com que seu processo fosse remitido à Justiça de primeira instância, em Minas Gerais, retardando o julgamento.

Entenda

O pedido foi impetrado depois que o STF, proibiu, por maioria, o cumprimento de pena após condenação em segunda instância, como Azeredo foi julgado.

Alterando a jurisprudência vigente entre 2009 e 2016, o plenário do STF estabeleceu, por 6 votos a 5, que o cumprimento da pena, entre as quais a prisão, só pode começar após o chamado trânsito em julgado, quando se esgotam todos os recursos possíveis contra a sentença criminal, incluindo as apelações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio Supremo.

Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucano. Ele se entregou à polícia em maio do ano passado e cumpre pena em uma sala especial em um quartel do Corpo de Bombeiros, na Região Centro-Sul da capital mineira.

O ex-governador, que era do PSDB, foi preso em 23 de maio de 2018, quando se entregou à 1ª Delegacia Distrital da Polícia Civil, no bairro Funcionários, na capital.

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Comentários

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Natal

09 de novembro, 2019 | 11:05

“O que leva um homem a praticar crimes ainda que a idade já avançada, para mim é um coitado, um vagabundo, roubar para deixar a família milionária....tem que voltar com esse traste para cadeia.”

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