02 de outubro, de 2019 | 07:00

Parque Estadual do Rio Doce passará por recuperação natural

A chuva que ocorreu na região nesses dias anteriores também contribuiu para diminuir a intensidade das chamas na área de preservação

Divulgação CBMMG
A operação de combate ao incêndio contou com o apoio de bombeiros militares, brigadistas e voluntários A operação de combate ao incêndio contou com o apoio de bombeiros militares, brigadistas e voluntários

Após trabalho e dedicação, o incêndio no Parque Estadual do Rio Doce (Perd) foi controlado por bombeiros militares, brigadistas e voluntários. A chuva que ocorreu na região nesses dias anteriores também contribuiu para diminuir a intensidade das chamas na área de preservação.

Em entrevista ao Diário do Aço, o gerente do Perd, Vinícius de Assis, informou que não há mais focos de incêndios no parque e que agora são realizadas operações de rescaldo em algumas áreas. “No Perd tem várias árvores muito grandes e bem velhas, que têm um potencial de combustão muito alto, inclusive, algumas são oleaginosas, o que contribuiu para o fogo. Portanto, estamos fazendo essas operações de rescaldo, com o intuito de evitar a volta do incêndio”, explicou.

Vinícius também lembrou que o último incêndio registrado no Perd tinha sido em 2011, quando 40 hectares foram queimados nas proximidades da divisa do rio Piracicaba com o bairro Amaro Lanari, em Coronel Fabriciano.

Recuperação natural

Conforme o gerente, o processo de recuperação da vegetação no parque é natural. “Nós induzimos uma resiliência programada desse terreno, então não há outro uso do solo, que continua destinado à conservação. Com isso, há uma regeneração natural e uma competição entre as espécies florestais, até uma sobrepor a outra. Serão dezenas de anos para alcançarmos o clímax da floresta”, detalhou.

Medidas preventivas

Após o incêndio, o gerente afirmou que haverá uma potencialização das medidas preventivas. “Já trabalhamos com isso, mas vamos potencializar ainda mais. A educação ambiental nas escolas é fundamental, sendo balizador de todo processo de construção desse entendimento de que a biodiversidade é importante para nossa região, especialmente, o Perd”, destacou.

Operação

Na avaliação de Vinícius, a operação de combate ao incêndio no Perd foi um sucesso, que contou com o apoio de várias instituições, empresas e voluntários. “Houve uma forte atuação e comoção da sociedade, no sentido de combater o incêndio florestal. Temos que tratar agora das causas. Há uma investigação sendo feita muito séria pela Polícia Civil, que instaurou dois inquéritos para apurar a responsabilidade dos incêndios”, ressaltou.

Entenda

No dia 20 de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu o Parque Estadual do Rio Doce. As chamas só foram controladas após quatro dias de atuação. A operação montada para combater o incêndio contou com uma equipe composta por bombeiros militares, brigadistas e voluntários.

Além do combate feito por terra, também foram usadas aeronaves para lançar água sobre os focos do incêndio. O efetivo total que participou da operação foi de quase 200 pessoas.

Conforme o balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros, aproximadamente 484 hectares da área do Perd foram queimados, o que equivale a 484 campos de futebol. O incêndio atingiu a área da Lagoa Juquita (nos arredores do bairro Macuco, em Timóteo), do Salão Dourado, região de Cava Grande, e da Biquinha. A principal suspeita é que os incêndios tenham causa criminosa.

(Tiago Araújo - Repórter)
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