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17 de julho, de 2019 | 06:23

Posse do novo prefeito de Naque é antecipada para hoje

Cargo está vago desde sábado (13), quando o prefeito Hélio da Fazendinha foi morto a tiros pelo vereador Maquinho do Depósito

Álbum pessoal
Fernando da Costa Silva (Pros),  assume o cargo de prefeito de Naque nessa quarta-feira Fernando da Costa Silva (Pros), assume o cargo de prefeito de Naque nessa quarta-feira

Em solenidade agendada para as 10h desta quarta-feira (17), o vice-prefeito de Naque, Fernando da Costa Silva (Pros), assume o cargo de prefeito do município, deixado vago com o assassinato do prefeito Hélio Pinto de Carvalho (PSDB)], o Hélio da Fazendinha, morto a tiros pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC), o Marquinho do Depósito, no sábado (13).

Hélio foi sepultado no começo da tarde de domingo (14), em Governador Valadares, depois do velório, em Naque. A posse do novo prefeito estava agendada para a manhã de segunda-feira (15), mas não foi possível, porque Fernando sentiu-se mal.

Nesta terça-feira, em um novo desdobramento do caso, investigado pela Delegacia da Polícia Civil da Comarca de Açucena, o autor confesso do crime, que tinha sido liberado em Audiência de Custódio na Justiça em Governador Valadares, voltou a ser preso, em Vitória (ES), sob suspeita de planejar uma fuga. Ele, inclusive, já tinha pintado o cabelo.

Vaga na Câmara Municipal

Na Câmara, a situação de Marquinho ainda está indefinida. Conforme apurado pelo Diário do Aço, não há nenhuma movimentação sobre o afastamento do parlamentar do cargo. Ele tem como suplente Uanderson Basílio de Araújo Pereira (PSDC), o Kuanga.

O Regimento Interno do Legislativo prevê a perda do mandato se: o procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório às instituições vigentes; Que deixar de comparecer a três reuniões ordinárias, salvo em caso de licença, doença comprovada, ou de missão oficial; Que perder seus direitos políticos; Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos em lei; que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado; Que fixar residência fora do município; Que deixar de tomar posse, sem motivo justificado; Que se utilizar do mandato para prática de atos de corrupção.

Além disso, se infringir qualquer das proibições do artigo 23: a denúncia de falta de decoro parlamentar de qualquer parlamentar membro da Câmara, poderá ser feita pela Mesa, de ofício, por vereador ou qualquer cidadão, em representação fundamentada. Toda denúncia será apreciada por uma comissão especial, que emitirá parecer para discussão e votação em plenário.

Vereador foi liberado sem pagamento de fiança

O vereador Marcos Alves de Lima, autor confesso da morte do prefeito Hélio Pinto de Carvalho, respondia ao inquérito em liberdade depois de ter sido preso em flagrante, ainda no sábado, em Governador Valadares para onde fugiu em uma caminhonete Ford Ranger após o crime.

O vereador passou a noite no correcional da Delegacia da Polícia Civil, mas no domingo, depois de ser ouvido na Audiência de Custódia, entendeu-se que por ter residência fixa e ter confessado o crime, poderia responder em liberdade. Marquinho chegou a ser visto em Naque, mas policiais civis que investigam o caso monitoravam o vereador e perceberam que ele tinha viajado. Ao rastrear o vereador, descobriram-se indícios de uma possível fuga. Com isso, foi pedido e a Justiça da Comarca de Açucena decretou a prisão preventiva do vereador, o que foi feito em uma ação conjunta das polícias de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Testemunhas ouvidas pela polícia

Conforme testemunhas relataram no sábado, prefeito e vereador brigaram por causa de uma situação considerada banal. O vereador possui um loteamento em Naque, ao lado de uma área de propriedade do município.

O vereador queria instalar uma porteira no local, mas o prefeito determinou a deposição de entulho no mesmo lugar, o que atrapalhava os planos do vereador. Em entrevista à TV Alterosa, em Governador Valadares, Marquinho do Depósito contou detalhes do ocorrido, conforme noticiado também pelo Diário do Aço.

No sábado pela manhã, o vereador, montado em um cavalo, foi ao local e lá encontrou o prefeito e outras pessoas, entre elas, Jurandir Firmino Ramos e o presidente da Câmara de Vereadores, José Fernandes de Oliveira. Houve uma discussão e os dois entraram em luta corporal.

O prefeito tomou do vereador um relho e desferiu golpes no desafeto. Marquinho do Depósito alega que chegou a gritar para que o prefeito parasse, pois estava armado. Como o prefeito não cessou os golpes, o vereador afirma que sacou o revólver que portava e o descarregou sobre o prefeito. As marcas das chicotadas foram mostradas por Marcos, nas costas e braços. Hélio tinha sete perfurações pelo corpo, das quais, uma no coração.

Veja atualização da notícia:
Gaeco e PC do Espírito Santo prendem vereador que matou prefeito

Fuga depois do crime e prisão

Depois do crime, Marquinho fugiu do local no cavalo em que chegou. No meio do caminho de sua casa, encontrou-se com um conhecido em um Fiat Uno, alegou que estava passando mal e pediu para que fosse levado para casa. Chegando em casa, foi direto para a garagem e saiu em sua caminhonete, uma Ford Ranger de cor prata, tomando rumo à BR-381 para Governador Valadares.

O motorista do Fiat Uno, Rubens Fortunado, de 63 anos, alegou para os policiais militares que somente depois disso, ao se dirigir para sua casa, soube, por meio de populares, que o vereador tinha atirado no prefeito.

Marcos foi preso por policiais militares no Condomínio Retiro dos Lagos, em Valadares, e mostrou aos policiais onde tinha deixado uma bolsa, contendo a arma que usou para matar o prefeito. Um revólver calibre 38 com seis cápsulas intactas do mesmo calibre foi apreendido pela PM. Testemunhas relatam que prefeito e vereador tinham desavenças políticas e que o episódio envolvendo os imóveis foi o estopim para a briga que terminou de forma trágica.
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Comentários

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Sabonete

18 de julho, 2019 | 18:22

“E A FILA ANDA.....”

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