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14 de junho, de 2019 | 06:44

Paralisação geral hoje deve ter adesão de trabalhadores da educação

A alegação dos manifestantes é que a reforma, da forma como é proposta pelo governo Bolsonaro, sobrecarrega os trabalhadores mais humildes em detrimento a camadas mais privilegiadas

Wôlmer Ezequiel
O protesto será contra o projeto da reforma da Previdência, apresentado pelo governo federal ao congresso nacional   O protesto será contra o projeto da reforma da Previdência, apresentado pelo governo federal ao congresso nacional

A manifestação organizada por centrais sindicais e demais trabalhadores para esta sexta-feira (14) deve impactar aulas em escolas e o transporte público em várias cidades do país, além de outros serviços. A ação é contra a proposta da reforma da Previdência. A alegação dos manifestantes é que a reforma, da forma como é proposta pelo governo Bolsonaro, sobrecarrega os trabalhadores mais humildes em detrimento a camadas mais privilegiadas. A meta é deixar de pagar R$ 1,2 trilhão em dez anos, recurso que o governo espera retornar em forma de investimentos para a economia.

E não são apenas os trabalhadores da educação que devem cruzar os braços hoje. Conforme já publicado pelo Diário do Aço, os rodoviários da região podem aderir à paralisação, já que receberam orientação do sindicato para participarem do movimento. No entanto, apenas nesta sexta-feira será possível mensurar quantos funcionários decidiram aderir à manifestação, que é marcada por forte embate com os apoiadores do governo.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) anunciou no mês passado que iria apoiar a paralisação geral e convocou os profissionais de ensino a se juntarem ao movimento. A diretora do Sind-UTE em Ipatinga, Cida Lima, informou que entre 75% e 80% das escolas municipais e estaduais da região vão aderir à paralisação.

“Tivemos uma boa adesão. Algumas vão parar totalmente e outras parcialmente, com menos professores. Temos a participação de escolas de Ipatinga, Santana do Paraíso, Mesquita, Belo Oriente, Braúnas e Joanésia”, afirmou.
A diretora ressaltou que será realizada uma manifestação regional na praça 1º de Maio, no Centro de Ipatinga, a partir das 14h. “Vários sindicatos e trabalhadores da região vão participar desse protesto. Vamos fazer também uma caminhada pelas ruas do Centro e depois realizar um abraço coletivo em volta da agência do INSS.

O ato será em defesa da previdência pública, contra a reforma previdenciária e os cortes na educação”, destacou Cida.

A diretora estadual do Sind-UTE, Feliciana Saldanha, afirmou que 70% das escolas estaduais em Coronel Fabriciano e Timóteo também vão aderir à paralisação geral. “Terão ônibus dessas cidades trazendo professores para a manifestação em Ipatinga, que ocorrerá na tarde desta sexta-feira”, acrescentou.

Mais adesões

Além dos rodoviários e trabalhadores em Educação, outras categorias da região anunciaram que vão aderir à paralisação geral nesta sexta. Dentre elas, estão os professores e técnicos-administrativos do campus avançado do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em Ipatinga. Com isso, não haverá atividades no campus. Os professores e técnicos-administrativos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) de Timóteo também deliberaram pelo movimento da paralisação.

Além da paralisação geral, está marcada uma manifestação para hoje, a partir das 14h, na praça da Bíblia, no Centro de Ipatinga. O protesto é organizado por sindicatos e trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano (Sinttrocel) também informou que realizará passeatas pelas ruas de Coronel Fabriciano e Timóteo, na parte da manhã de sexta-feira.

Primeira manifestação

No dia 15 de maio foi realizada a primeira paralisação geral no país neste ano, com atos de protesto em várias cidades. Em Ipatinga, centenas de pessoas manifestaram contra a reforma da Previdência e o contingenciamento dos repasses de verbas para a Educação. A manifestação foi realizada na Praça 1º de Maio, no Centro de Ipatinga. Entre os manifestantes estavam professores, alunos, sindicalistas e funcionários do comércio.

Além de Ipatinga, ocorreram outras manifestações na região nesse dia 15 de maio. Os alunos do Cefet-MG de Timóteo protestaram pelas ruas da cidade. A manifestação teve início em frente ao próprio campus do Cefet, a partir das 14h. Em Belo Oriente também ocorreu um ato, na Praça da Jaqueira. Ambos movimentos fizeram parte da paralisação geral.


Já publicado:
TRF1 mantém bloqueio de verbas de universidades
Rodoviários recebem orientação para aderir à paralisação geral amanhã
Alunos do campus avançado do IFMG protestam pela segunda vez
Bancários de Ipatinga e região vão paralisar atividades em greve geral dia 14
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