18 de agosto, de 2021 | 10:03

Suspeita é fotografada por vítima que perdeu quase R$ 40 mil em Fabriciano

Reprodução
O crachá falso apresentado pela jovem que esteve nas casas das vítimas no Vale do Aço e é procurada pela polícia O crachá falso apresentado pela jovem que esteve nas casas das vítimas no Vale do Aço e é procurada pela polícia

A polícia procura uma jovem envolvida no “golpe do motoboy” no Vale do Aço que agiu em Ipatinga e em Coronel Fabriciano. Nesta última cidade ela chegou a ser fotografada pela vítima do crime. A mulher de 67 anos, moradora do bairro Nossa Senhora da Penha, entretanto, perdeu quase R$ 40 mil na terça-feira (17) depois de entregar seu cartão bancário para uma falsa funcionária da Caixa Econômica Federal.

A aposentada de 67 anos e seu filho procuraram a polícia para denunciar a ação de golpistas na tarde de terça-feira. A idosa alegou que recebeu uma ligação telefônica de uma falsa funcionária da Caixa Econômica Federal. A golpista alegou que o cartão da vítima teria sido usado em uma compra de R$ 2,5 mil.

A vítima negou ter feito qualquer compra neste valor e recebeu a orientação de telefonar para o número 0800 que existe atrás do cartão para bloqueá-lo. A idosa não percebeu que os criminosos ficaram na linha do telefone fixo e acreditou que havia telefonado para o banco.

O outro envolvido, também se passando por funcionário da Caixa, orientou a vítima ao pegar todos os dados pessoais dela e pediu que digitasse a senha bancária no aparelho telefônico. Ele informou que uma representante do banco iria até a casa da idosa para recolher o cartão que estaria clonado.

Pouco tempo depois apareceu a tal funcionária da Caixa, que se identificou para a aposentada como “Fernanda Rodrigues”. A jovem orientou a vítima a escrever uma carta de próprio punho negando a tal compra e ainda que cortasse o cartão do banco ao meio e o colocasse junto com a carta no envelope.

A vítima seguiu as orientações da suposta funcionária. Porém, a aposentada achou estranho e resolveu fazer fotos com o celular da suposta funcionária da Caixa Econômica Federal, antes dela ir embora, inclusive, do crachá que ela usava para se identificar. As fotos estão sendo utilizadas para tentar identificar a suspeita de envolvimento no crime. Os prejuízos da quadrilha atingem principalmente pessoas idosas.

Logo depois que a suposta funcionária da Caixa saiu, a aposentada passou a receber mensagens no celular, indicando movimentações na sua conta, como compras, transferências e saques totalizando R$ 39.521, dinheiro que estava na conta-poupança. Os policiais militares acionados orientaram a vítima a entrar em contato o mais rápido possível para evitar um prejuízo maior.
Divulgação
Quem souber quem é essa mulher deve acionar a políciaQuem souber quem é essa mulher deve acionar a polícia

Mesma pessoa agiu no bairro Esperança, em Ipatinga

A estelionatária que esteve na casa da aposentada é a mesma que agiu em Ipatinga, no bairro Esperança, ocorrência que teve como vítima um idoso de 63 anos. Ele também foi ludibriado no “Golpe do Motoboy”, como é conhecida esta modalidade criminosa.

A tal “Fernanda Rodrigues”, que agiu em Fabriciano, tem as mesmas características físicas da estelionatária que agiu em Ipatinga e pegou o cartão do idoso na segunda-feira (16). Pouco depois foram feitas compras causando um prejuízo de R$ 4.997 na conta da vítima, como divulgou o Diário do Aço na terça-feira.

Orientações

Os bancos têm alertado que jamais enviam funcionários às residências dos clientes. Também reforçam que o cartão do banco e nenhum dado pessoal, como senha, deve ser repassado a terceiros. Por fim, uma vez que os golpistas têm nos idosos seu principal alvo, os familiares devem alertá-los sobre a possibilidade do golpe.

Já publicado sobre golpes

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Caixa orienta para mais segurança

A Caixa orienta que os cidadãos utilizem única e exclusivamente seus canais oficiais para buscar informações e acesso aos serviços, jamais compartilhando dados pessoais, usuário de login e senha. Senhas e cartões são pessoais e intransferíveis.

O banco informa que monitora seus produtos e serviços e atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção a fraudes e golpes. Esclarece, ainda, que pedidos de contestação podem ser realizados em qualquer agência da Caixa. Para isso, o cliente precisa comparecer a uma das unidades, portando CPF e documento de identificação.

Caso o cliente desconfie de alguma ligação, importante desligar o telefone, procurar o seu gerente na agência ou retornar para o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC): 0800 726 01 01, ligando de outro número de telefone ou, preferencialmente, alguns minutos após a ligação suspeita.

A Caixa alerta que não possui serviço de motoboy, portanto, não recolhe cartões bancários do cliente, mesmo que inutilizados. Também não pede que o cliente digite ou informe senhas.

Os clientes nunca devem fornecer senhas ou outros dados de acesso em sites ou aplicativos não oficiais, bem como em ligações telefônicas.

"Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário. Utilizar sempre navegadores e softwares de antivírus atualizados", acrescenta a nota da assessoria.

Por fim, o banco informa que jamais solicita senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual.

A Caixa não envia SMS com link e só envia e-mails se o cliente autorizar. Também não solicita ao cliente o desbloqueio ou cadastramento de novos dispositivos móveis (celulares). O banco disponibiliza orientações de segurança em seu portal da internet (www.caixa.gov.br/seguranca).

Em caso de dúvidas, os clientes têm à sua disposição os canais de atendimento ao cliente CAIXA, tais como SAC/Ouvidoria, 0800 ou qualquer uma de suas agências (www.caixa.gov.br/atendimento).
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