06 de agosto, de 2025 | 16:00

Acusação detalha provas contra réus no caso Caio Domingues em Timóteo prevê pena maior para a mandante

Promotor afirma que Luith deve receber pena mais severa por arquitetar o crime, atuar diretamente na execução e dar fuga ao executor

Wellington Fred
Réus são acusados de matar o ciclista Caio Campos DominguesRéus são acusados de matar o ciclista Caio Campos Domingues

Teve início às 10h45 desta quarta-feira (6), no salão do Júri no Fórum Geraldo Perlingeiro de Abreu, em Timóteo, o Tribunal do Júri Popular que irá definir o futuro de Luith Silva Pires Martins, de 41 anos, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 23 anos, acusados de matar Caio Campos Domingues.

Ouvido pela reportagem do Diário do Aço, o Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, que atua na acusação ao lado do também promotor Frederico Duarte Castro, relatou que, caso todas as teses sejam aderidas pelo corpo de jurados, as penas devem ser diferentes para os dois réus.

“A gente espera que hoje seja feita a justiça pelos jurados, a aplicação da lei para a sociedade de Timóteo, que espera por isso, devido a repercussão social que teve, um caso muito grave, para a família do Caio, para fim da lei. Os dois têm participação importante disso, mas a Luith, como mandante, como aquela que arquiteta, e também como cônjuge, ela tem uma responsabilidade de pena maior, então seguramente a pena dela será maior em relação ao João Victor e ela é a principal responsável pela morte do Caio, por motivação torpe, por causa de dinheiro", afirma o promotor.
Matheus Valadares
Jonas Monteiro revelou a expectativa para o resultado do Júri PopularJonas Monteiro revelou a expectativa para o resultado do Júri Popular

Jonas também revela a expectativa de pena para os dois réus, caso ambos sejam considerados culpados. "A pena pela lei é de 12 a 30 anos e a gente espera que seja próximo a pena máxima, principalmente para a mandante, pois o caso foi muito grave. Essa aplicação da pena faz justiça ao caso concreto, mas claro que traz efeito positivo à sociedade, que as pessoas que cometem esse tipo de crime não ficarão impunes, a lei será aplicada, isso faz com que a sociedade sinta um pouco mais segura, mas o principal é a justiça ao caso completo, e hoje a sociedade de Timóteo, se Deus quiser, vai mostrar que não tolera esse tipo de crime de violência contra a vida e fará justiça ao Caio", completou. Veja, abaixo, vídeo com mais informações.

Ré tem cinco advogados

A defesa de Luith Silva Pires Martins é composta por cinco advogados: Lorena Iara Vidal Santos, Larissa Alves de Oliveira, Heraldo Maria de Oliveira, Caio Barbosa Ulhôa e José Constantino Filho Coronel.
Já a defesa de João Victor é feita pelos advogados Flaviano Dueli de Souza e César Junio.

Júri deve ser encerrado somente na quinta-feira

Os advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Junior, Marina Suda e Isla Karoline atuam como assistentes da acusação nesse processo. Ignácio também conversou com a imprensa durante o julgamento e revelou que a sentença deve ser lida apenas na quinta-feira (7).

“Pela acusação foram arroladas cinco testemunhas e elas serão ouvidas. Nós temos ainda para ser ouvido a mãe da vítima, temos o irmão da vítima, temos mais um capitão para ser ouvido também. E aí, provavelmente, esse julgamento vai se estender hoje pela tarde inteira e provavelmente amanhã também”, informou.

Até o momento foram colhidos os depoimentos do delegado Gustavo Cícero que foi o primeiro a ser ouvido, e participou da sessão por cerca de uma hora. De igual forma, foi colhido o depoimento do prefeito de Timóteo, Vitor Prado, que na época trabalhava como policial militar e atuou ativamente na prisão de João Vitor .

Para o advogado Ignácio, há provas robustas da participação dos dois acusados na execução de Caio. Luith e João Victor foram gravados por câmeras de segurança durante todo o dia do crime circulando entre Timóteo e Ipatinga, onde fizeram compras.

“Eu tenho tranquilidade de sustentar tudo que está na denúncia, temos tranquilidade do robusto conjunto probatório que o delegado de polícia colheu com as imagens de câmeras de segurança nos comércios. A defesa terá que explicar também o motivo que levou a mandante, no dia dos fatos, a andou com o João Vitor o dia inteiro pela cidade de Timóteo. Também foram à Ipatinga. Isso tudo foi juntado no inquérito. Pouco tempo antes do crime, eles foram a uma loja de conveniência em Cava Grande. O pneu da caminhonete furou e os dois estavam em uma borracharia. Para a acusação é clara a participação dos dois desde o início. Ela foi a mandante e também participou ativamente na execução, primeiro levando a vítima até o local do crime e depois dando fuga para o executor”, concluiu.
Wellington Fred
O advogado que atua como assistente de acusação, Ignácio Barros, defende há provas robustas da participação dos dois acusados na execução de Caio O advogado que atua como assistente de acusação, Ignácio Barros, defende há provas robustas da participação dos dois acusados na execução de Caio

Pronunciados
Os réus foram pronunciados pelo juízo criminal da Comarca de Timóteo no dia 8 de março de 2024, quando ficou determinado que os dois denunciados como envolvidos no assassinato de Caio Campos Domingues, de 38 anos, fossem levados a julgamento pelo Conselho de Sentença.

Ambos os réus estão em julgamento por homicídio com duas qualificadoras (promessa de pagamento ou recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima). O antigo juiz da comarca, ao formular a pronúncia, havia decotado do processo a qualificadora de paga-promessa.

Entretanto, o Ministério Público recorreu e a qualificadora da promessa de pagamento foi restabelecida.

Relembre o caso

Caio Domingues foi morto a tiros na tarde do dia 4 de abril de 2023, quando saía de sua chácara em Lavrinha de Jaguaraçu, na companhia da esposa, Luith Silva Pires Martins. Ela virou ré no caso, acusada de contratar João Victor Bruno Coura de Oliveira, para simular um roubo e executar o marido a tiros. João Victor confessou sua participação no crime e confirmou que o fez mediante promessa depagamento.

Caio e Luith eram casados havia 12 anos e, desse relacionamento nasceu um casal de filhos, que após o trágico acontecimento foram colocados sob a guarda dos avós paternos.
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Comentários

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De Bem

07 de agosto, 2025 | 08:22

“Fica a expectativa de Pena Maxima pra esses 2 lixos da sociedade...
Esse tipo não pode conviver com pessoas de Bem mais.
Põe na Tranca 30 anos é pouco!”

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