05 de abril, de 2023 | 14:20

Assassino de Caio Domingues confessa que tinha promessa de receber R$ 10 mil pela morte do ciclista

Wellington Fred + reprodução
Homem foi cercado quando saía de casa na companhia da esposa, em uma caminhonete Fiat Toro, comparsa da mulher simulou assalto e matou Caio a tirosHomem foi cercado quando saía de casa na companhia da esposa, em uma caminhonete Fiat Toro, comparsa da mulher simulou assalto e matou Caio a tiros

A investigação preliminar a respeito do assassinato de Caio Campos Domingues, de 38 anos, ocorrido no fim da tarde de terça-feira (4/4), na área rural do Quilombo, no distrito de Lavrinha de Jaguaraçu revelou uma trama para a morte do homem, conforme apurado pela reportagem do jornal Diário do Aço. A perícia da Polícia Civil constatou que Caio morreu com três tiros: dois no peito e um na testa.

O autor confesso do crime, um indivíduo de 20 anos, foi preso em sua residência, no fim da madrugada desta quarta-feira, depois de conseguir escapar por duas vezes do cerco policial.

Primeiro, policiais militares prenderam Joao Victor Bruno Coura de Oliveira, em Cava Grande. Ele confessou o crime e disse que tinha uma promessa de receber R$ 10 mil pela morte de Caio Domingues. Alegou, entretanto, que não chegou a receber nenhum dinheiro. Com a confissão, logo depois policiais militares prenderam a mulher da vítima, Luith Silva Pires Martins, de 39 anos. Na manhã desta quarta-feira, cercada por quatro advogados, jornalistas que apuravam o fato não tiveram acesso à acusada do crime.

Em entrevista à imprensa regional no fim da manhã desta quarta-feira, o capitão PM Vitor Prado informou que desde o registro do caso, por volta de 17h30 de terça-feira, equipes da Polícia Militar iniciaram a montagem de um quebra-cabeças que levou os policiais ao nome de um suspeito, morador de Cava Grande.
Wellington Fred
O revólver usado no crime foi jogado no mato e o local indicado pelo assassino confesso, já a pistola e a espingarda eram legalizadas, pois a vítima tinha registro de CAC O revólver usado no crime foi jogado no mato e o local indicado pelo assassino confesso, já a pistola e a espingarda eram legalizadas, pois a vítima tinha registro de CAC

“Nós o prendemos, estava machucado, levamos as evidências até ele e, dessa forma confessou a autoria do crime e indicou que tudo seria combinado com a mulher. Por sua vez, ela disse que o objetivo era somente dar um aperto no marido. Alegou que sofria agressões dentro da casa há algum tempo e queria que fosse passado um aperto no marido. Também alegou que não esperava o desfecho do caso com a morte dele”, enfatizou o oficial.

A polícia aponta evidências que tudo foi premeditado para que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte da vítima). Entretanto, a trama tinha falhas que desde o começo apontaram para outra possibilidade: a de um crime de mando.

A arma usada no crime pode ter sido fornecida pela mulher. Caio Domingues tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Todas as armas que ele tinha em sua residência em Lavrinha eram legalizadas. A arma que o assassino usou contra a vítima tinha sido jogada no meio do mato. Quando foi preso ele levou os policiais ao local onde a descartou e o revólver calibre 38, foi apreendido. Também foram apreendidas na casa da vítima outras duas armas de fogo, uma pistola calibre 9 milímetros e uma espingarda calibre 22, todas legalizadas.

Sob forte comoção, o corpo de Caio foi sepultado no fim da tarde desta quarta-feira (5/4), no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Santa Maria.

O crime

A apuração indica que por volta de 17h20 de terça-feira (4/4), Caio saiu de sua chácara em Lavrinha, quando a 200 metros da residência, a caminhonete Fiat Toro dirigida por Luith Martins foi abordada por um indivíduo à margem da estrada.

Segundo a primeira versão, assim que a mulher parou o carro, o indivíduo anunciou o roubo e em seguida matou Caio Domingues a tiros. Em seguida a mulher foi forçada pelo suposto ladrão a dirigir até o entroncamento com a MG-425, estrada que liga Timóteo a Cava Grande, onde ele desceu sem nada levar. Ela acrescentou que o ladrão teria desistido do roubo ao saber que a bicicleta e os telefones celulares tinham rastreadores.

Ela então alegou que voltou e contou com a ajuda do pai e outras duas pessoas a colocar o marido na caminhonete, a fim de levá-lo para o hospital Vital Brazil, em Timóteo. A mulher também informou, inicialmente que depois do fato ligou para um advogado amigo da família e em seguida para o delegado da Polícia Civil em Timóteo, Jorge Caldeira, também conhecido dela, para informar sobre o ocorrido. Depois da morte do marido, ela saiu do hospital antes da chegada da PM e foi para a casa da mãe, no bairro Jonh Kennedy.

A versão da mulher começou a cair quando, ao longo da noite, ela começou a apresentar narrativas divergentes aos policiais, ao mesmo tempo em que chegaram informações sobre o suspeito da autoria do crime, que teria sido visto na companhia da esposa da vítima, na entrada do distrito de Cava Grande.

Em uma das versões apresentadas, a mulher também alegou que tinha dívidas que somavam em torno de R$ 200 mil com agiotas, era cobrada e ameaçada pelos credores. Todos os fatos serão alvo da próxima etapa da investigação, agora a cargo da polícia Civil.

Já publicado:
Reviravolta em assassinato de ciclista em Lavrinha: duas pessoas estão presas como suspeitas

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Comentários

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Antonio M.

08 de abril, 2023 | 20:54

“As vezes, fico pensando porque o marido, é o último a saber. E muitas vezes acaba morto, antes de saber. A cidade toda sabia das puladas de cerca. Mas ninguém teve coragem de contar. E esse foi o fim. Trágico!!”

[email protected]

07 de abril, 2023 | 16:42

“dois imbecis inconsequentes. só deus pra nos livrar para que pessoas como essas não cruzem nossas vidas.”

Valdecir

06 de abril, 2023 | 21:43

“Sei não viu! Isto está mais para ser pé de pano.”

Jose

05 de abril, 2023 | 15:17

“Umas das consequências numa lista bem maior, da burrice desta senhora: Ela presa e talvez por vários anos, os filhos chorando querendo a mãe que estará presa, querendo também o pai, mas, morto e que jamais receberão um abraço, um carinho dele.”

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