12 de maio, de 2025 | 14:00
Timoteense é condenado a 45 anos de prisão por feminicídio em Dom Cavati
Quarenta e cinco anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pela prática de feminicídio motivado por ciúmes. Foi essa a condenação recebida pelo timoteense Moacir de Oliveira Júnior, de 30 anos por ter matado Valquíria Lima Dias, de 28, anos, em junho de 2024, no município de Dom Cavati, cidade do Colar Metropolitano do Vale do Aço. A acusação foi feita pelos promotores de Justiça das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Inhapim, em sessão do Tribunal do Júri no dia 9 de maio, e foi integralmente acolhida pelos jurados. A prisão foi decretada ainda em plenário. O crime deixou órfãs quatro crianças de 12, 10, 6 e um ano. As duas mais novas são filhas do condenado.
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De acordo com os promotores de Justiça Igor Heringer Chamon Rodrigues e Jonas Junio Linhares Costa, o homem, à época dos fatos com 29 anos, foi denunciado por homicídio qualificado majorado consumado, tipificado no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (meio cruel), IV (recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima) e VI (feminicídio) do Código Penal.
Segundo a denúncia, o assassinato ocorreu na madrugada do dia 15 de junho de 2024, na rua Jeremias, bairro Serapião, em Dom Cavati. Conforme o MPMG, o acusado, agindo de forma livre e consciente, matou a vítima, de 28 anos à época dos fatos, desferindo contra ela 40 golpes de faca”.
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As investigações apontam que o crime foi motivado por ciúmes. Valquíria tinha anunciado a separação do homem, mas ele não aceitava. O ataque ocorreu após o acusado descobrir que a vítima estaria grávida de outro homem, o que deu início a uma discussão. Em seguida o homem iniciou os ataques com golpes de faca, afirmando que, caso a mulher não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém.
Divulgação
Valquíria foi morta com diversos golpes de faca no banheiro da casa onde morava com o autor confesso do crime

O filho mais velho da vítima, de apenas 12 anos de idade, teria tentado intervir para salvar a mãe, mas não conseguiu impedir o crime, diante da superioridade física do acusado e da violência empregada contra o menor.
De acordo com os promotores de Justiça, nesse crime, a condenação contempla não apenas a tragédia de uma mulher assassinada com requintes de crueldade, mas também o clamor de toda a sociedade por justiça diante de uma violência covarde, motivada pelo sentimento de posse e pelo desprezo pela vida alheia. A condenação representa uma importante vitória no enfrentamento aos casos brutais de feminicídio”.
O processo tramita perante a 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Inhapim.
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