09 de janeiro, de 2025 | 17:16

Sindicato e Usiminas não chegam a acordo sobre Campanha Salarial

Alex Ferreira / Arquivo DA
Lados devem mantem as negociações nos próximos dias para evitar paralisação da produção na usina Lados devem mantem as negociações nos próximos dias para evitar paralisação da produção na usina

A reunião entre Usiminas e o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa), que ocorreu na manhã desta quinta-feira (9), terminou mais uma vez sem acordo entre as partes, assim como no encontro de segunda-feira (6).
Siderúrgica e representantes metalúrgicos ainda negociam termos referentes à Campanha Salarial 2024, que tem como data-base o dia 1º de novembro.

Procurada, a Usiminas informou que na negociação foram apresentados o aumento de 20% no valor do Vale-Alimentação e a proposta de reajuste de 5,17% dos salários, que inclui a correção de perdas inflacionárias.

“A empresa segue com diálogo aberto e transparente para concluir o acordo, considerando que a sua proposta está equiparada aos valores negociados pelas demais companhias da indústria do aço brasileiro, mesmo diante dos desafios e do cenário enfrentado e da instabilidade na indústria”, pontua em nota enviada ao Diário do Aço.

Possível estado de greve
Por causa do impasse na negociação, os metalúrgicos aprovaram em assembleia, dia 3/1, a implementação do estado de greve, conforme noticiado pelo Diário do Aço.

O Sindipa defende que a proposta prevê um reajuste salarial real de 0,57%, e que isso tem gerado insatisfação aos trabalhadores.

“O Sindipa, nas reuniões e nos documentos enviados, já registrou que o estado de greve aprovado é válido e a paralisação pode começar a qualquer momento, também não concordamos com o dissídio. A Campanha Salarial deve ser resolvida aqui”, defendeu o sindicato em comunicado.

Conforme a entidade, na próxima semana os trabalhadores serão mobilizados para começar a “Operação Tartaruga”. “Nada de horas extras, nada de entrada antecipada e nada de ritmo alucinante, vamos derrubar a produção através da operação tartaruga”, convocou o sindicato.

Qual é a proposta rejeitada anteriormente
A proposta rejeitada pelos empregados no dia 10 de dezembro de 2024 contemplava, entre outras cláusulas, reajuste salarial de 0,57% de aumento real, além da reposição 4,6%, referente às perdas medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento de R$ 50 no Vale-Alimentação, o que elevaria o benefício a R$ 600. Também foi recusado o parcelamento das férias.

Outra proposta recusada em mesa
Conforme noticiado pelo Diário do Aço anteriormente, no dia 19 de novembro, o Sindipa rejeitou em mesa a proposta apresentada pela Usiminas, não convocando assembleia junto aos empregados.

A empresa ofereceu um reajuste salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a partir de 1º novembro (data-base da categoria); piso salarial R$ 2.031,96 a partir de novembro; divisão de férias em três períodos (se o trabalhador optar); vale-alimentação de R$ 550 a partir de fevereiro e carga extra de R$ 500 a partir de fevereiro.
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Comentários

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Luiz

11 de janeiro, 2025 | 14:26

“Os trabalhadores da usiminas DEVEM entrar em greve o mais rápido possível, a revolta é o único jeito que os patrões melhoram as condições de trabalho. E quando chegar a hora do reajuste salarial das terceirizadas, nós temos que fazer o mesmo, rejeitar as propostas rebaixadas e acompnhar o sindicato.”

Figueira

11 de janeiro, 2025 | 00:32

“Sindicato não entende que a operação tartaruga vai gerar hora extra aos que já estão dentro do empresa? É ignorância...”

Valter

10 de janeiro, 2025 | 12:25

“O sindicato não tem culpa da usiminas ser assim somos nós trabalhadores que não temos coragem de parar deixa o sindicato falando sozinho na portaria nem paramos pra ouvir o que tá sendo dito”

Valter

10 de janeiro, 2025 | 12:20

“A usiminas é assim culpado não é o sindicato são os trabalhadores o sindicato para na portaria ninguém para com ele nem pra ouvir o que ele está dizendo pião fica preocupado com bater cartão e só sabe reclamar”

Paulo Alves da Silva

10 de janeiro, 2025 | 10:29

“Parabéns aos trabalhadores de Ipatinga e aos representantes do sindicato, Usiminas e uma vergonha, soluções Usiminas, aqui em Taubaté os trabalhadores pedem pra sair pra trabalhar em supermercado, Uber,mas não querem mas essa vergonha, salário horrível, desvios de função, vergonha Usiminas”

José

09 de janeiro, 2025 | 23:51

“Salário base já não paga uma compra mensal no supermercado. Uma vergonha pra uma usina que obtém tantos lucros anualmente. Pião é orelha mesmo. Hoje Salário base de usina deveria ser de 3600 a 4mil pra conseguir dormir, e passando no básico mesmo. A mesma coisa deveria ser pra caixa de supermercado. É uma exploração total essa região do vale do aço.”

João de Deus

09 de janeiro, 2025 | 22:44

“??Operação tartaruga???? Trabalhar em horário normal sem horas extras, trabalhar como sempre deveria ser ??? Isso não é nada além do que deveria ser o normal ou é o normal para muitos burocratas.”

Boachá

09 de janeiro, 2025 | 22:28

“Hoje a USIMINAS não tem força para impedir uma greve. Pois qualquer emprego ou até mesmo um empreendedor autônomo consegue tirar uma renda igual ou maior do que a USIMINAS paga. Outra temática é que muitos estão migrando para empresas menores com salários maior e pressão menor, ou até mesmo indo para Estados que realmente pagam um salário digno.
Quero ver a greve e ver a empresa passando vergonha.”

Baiano

09 de janeiro, 2025 | 19:33

“Que sindicato de sem vergonha....se fosse na Bahia já tinham parado tudo..”

Henrique Passos

09 de janeiro, 2025 | 17:25

“A USIMINAS não tem vergonha de fazer uma oferta dessas não? Pelo amor de Deus.”

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