29 de setembro, de 2024 | 21:00
Família de barbeiro ainda aguarda a liberdade para jovem preso por roubo que não teria cometido
Mesmo sem estar indiciado no inquérito concluso da PC, Yuri ainda continua recolhido no Ceresp de Ipatinga
Wellington Fred
Graciele, amigos e familiares aguardam apreensivos a liberdade do jovem que teria sido preso injustamente
Ainda continua recolhido no Ceresp de Ipatinga, o barbeiro Yuri Rhyan Gonçalves, de 23 anos, preso sob suspeita de envolvimento em um assalto a residência em Santana do Paraíso, no dia 7 deste mês. Como vem acompanhando o Diário do Aço, a família e amigos fazem campanha para que o jovem ganhe liberdade, já que ele não teria participado do crime. Inclusive, ao fim do inquérito policial, o suspeito não foi indiciado.Graciele, amigos e familiares aguardam apreensivos a liberdade do jovem que teria sido preso injustamente
Como divulgou o Diário do Aço em primeira mão, o delegado de Polícia Civil, Leonardo Félix, concluiu no último dia 19 as investigações do assalto ocorrido na cidade. Diante do que foi apurado, Yuri não foi indiciado no crime, somente o pai dele, um homem de 43 anos, preso na mesma data que o filho no dia 8 de setembro.
Desde a prisão, a família vem lutando para provar que o jovem estava trabalhando no dia do assalto, em um sábado, no salão de beleza que Yuri possui. Inclusive, com fotos e testemunhas que indicam a localização do barbeiro. Porém, mesmo diante das provas e da falta de indiciamento, o jovem continua preso.
Os familiares e amigos do barbeiro já fizeram duas manifestações pacíficas em frente ao Fórum da Comarca de Ipatinga e também à uma das sedes do Ministério Público. Apesar de toda a mobilização, ainda não conseguiram sucesso para que o jovem fosse liberado da prisão.
A mãe de Yuri, Gracielle Gonçalves, procurou o Diário do Aço para relatar que a família já não sabe mais o que fazer. Na visão da advogada e dos familiares, o processo é marcado por arbitrariedades. Começa desde o momento do envio da foto dele para a vítima, seguida da informação que ele é o dono da moto (usada no roubo). Na ocorrência, a vítima diz que supostamente parecia ser (autor do crime). Contudo, na delegacia, Yuri e o pai dele são colocados para ser reconhecidos, os dois algemados, e uma terceira pessoa que em nada se parecia com o Yuri, mas sem algemas”.
Para a família, mesmo se o jovem fosse culpado, ele tem o direito de responder ao processo em liberdade. Porque, além de ser réu primário, ele tem residência fixa, tem trabalho e as medidas cautelares são suficientes para manter a garantia da ordem pública. Foi juntado no processo mais de dez declarações e PIX de clientes que foram atendidos naquele dia, junto com fotos que foram tiradas do celular do Yuri”.
Além destas provas, segundo a família, há ainda prints de conversas de clientes no WhatsApp em que marcaram de se encontrar no salão no horário do roubo. Há no processo imagens de vídeo do pai de Yuri saindo de Timóteo sozinho e chegando em Ipatinga sozinho. A Polícia Civil recebeu a informação do apelido e o endereço da pessoa que estava de fato com o pai de Yuri, mas até o momento não houve respostas sobre isso”, revelou a mãe do jovem.
A família agora, segundo Graciele, aguarda mais dois pedidos de habeas corpus para tentar que Yuri aguarde em liberdade o trâmite do processo na Justiça. Mas enquanto não sai decisão, o promotor e o juiz têm se manifestado no sentindo de manter a prisão de Yuri apenas sob o fundamento de um reconhecimento ilegal, por maiores que sejam as provas contrárias”, lamentou a mãe do jovem.
Roubo registrado na casa de um policial civil aposentado
O roubo foi cometido por dois homens e ocorreu por volta das 16h30 do dia 7/9 no bairro São Francisco, em Santana do Paraíso. A vítima de 26 anos, filho de policial civil aposentado, informou que os ladrões fizeram uma revista na casa e levaram diversos itens, incluindo perfume, um par de tênis preto da Adidas, quatro cartuchos de munição calibre 38 e uma pistola Airsoft tipo 380.
A motocicleta usada na ação foi uma Honda XRE, de cor branca, cuja placa foi repassada aos policiais militares, que em diligências, chegaram até a moradia de Yuri, no bairro Recanto Verde, em Coronel Fabriciano. A moto, que pertence ao barbeiro, havia sido emprestada ao pai dele.
Os policiais foram atrás deste homem, de 43 anos, que estava no trabalho, em Timóteo, quando foi abordado. Ele e o filho foram autuados em flagrante no plantão da 1ª Delegacia Regional de Ipatinga, no dia 8 de setembro, e tiveram as prisões confirmadas pela Justiça na audiência de custódia.
O Diário do Aço entrou em contato com a assessoria do Ministério Público de Minas Gerais sobre como está a situação de Yuri após o recebimento do inquérito concluso encaminhado pela Polícia Civil. O pedido foi no fim da tarde da última sexta-feira e, devido o horário e o fim de semana, é aguardada a resposta na próxima segunda-feira.
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Santos
30 de setembro, 2024 | 13:45O pai do rapaz sabe quem estava com a moto e não quer falar, ele está com medo dos envolvidos, então a culpa do filho está preso é dele mesmo, não tem de cobrar nada da justiça...”
B@2
30 de setembro, 2024 | 13:13Caro Célio Cunha, diante de suas explanações, propus as seguintes indagações:
1) Não temos acesso ao inquérito policial para sanar as nossa dúvidas;
2) A quem alega o fato, caberá o ônus da prova. No caso a polícia baseou suas acusações diante uma prova testemunhal;
3) A prova testemunhal é a prost***** das provas. Linguagem descrita nos estudos de livros comentados de doutrina penal;
4) Sendo o acusado em questão, constituído por advogado, por que não entrou com o pedido de habeas corpus? Enquanto isso, o rapaz permanece preso. Sendo injusta, cada segundo parecerá uma eternidade!”
B@2
30 de setembro, 2024 | 06:52O titulo da matéria deveria ser: "filho empresta moto a pai bandido e cai nas garras da lei. Mãe tenta provar a sua inocência!" Muito triste a história desta família. Perfeito quem disse que a justiça é cega! É o reflexo de nossas famílias. Imaginem coko ficara a relação entre eles após este episódio.”
Célio Cunha
30 de setembro, 2024 | 06:45Caro redator, gostaria de colocar algumas reflexões:
O abuso de poder pode ser caracterizado como: Ilegitimidade, Vício na atuação pública, Lesão aos interesses e deveres.
O abuso de poder pode gerar consequências como sanções administrativas, cíveis, políticas e criminais. Quando:
submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei; 13.869 (...)
Então vejamos : 1- há lesão no interesse de agir das autoridades públicas ( caso se configure que o paciente seja de fato inocente) ,
2- suposta vítima está suportando situação de constrangimento e vexatória diante da situação de inocência provado.
Isso é, não ter havido por parte da autoridade policial o indiciamento do paciente.”
Mel Santana
30 de setembro, 2024 | 00:25Somente o pai dele para poder falar verdade quem estava com ele”
Mel Santana
30 de setembro, 2024 | 00:23Justiça para família de yuri”
Sócrates
29 de setembro, 2024 | 18:23NAO ESPERE DO ESTADO UMA RESPOSTA ADEQUADA, A UMA SOCIEDADE DOENTE, B@2, Perfeito, clarissimo e cristalino, o Genitor que deveria ser o primeiro a esclarecer a situação do filho, com sua atitude e o primeiro a condena-lo, o estado é uma mão cega, que precisa de elementos para agir, se o pai não colaborar não adianta chorar.”
B@2
28 de setembro, 2024 | 23:04Ser humanoé um bicho esquisito. Neste caso o seu pai que que deveria zelar por seu filho não o faz, clamamos por justica. Pois é, ninguém vê que o seu genitor prefere os seus comparsas de crime a seu filho. Portanto, há uma má vontade na sociedade em atacar o cerne do problema. Dai a César o que é de César. O filho emprestou a motocicleta a uma pessoa que pensou confiar. Deu Ruim! Não espere do Estado uma reposta afequada a uma sociedade doente. Os valores estão invertidos!”
Rodrigo
28 de setembro, 2024 | 21:03Em primeiro lugar, quem começa a ler a reportagem, logo se assusta com o título: FAMÍLIA DE BARBEIRO AINDA AGUARDA A LIBERDADE PARA JOVEM PRESO POR ROUBO QUE NÃO TERIA COMETIDO. NÃO poderia simplificar? Família aguarda liberdade de barbeiro preso por engano. Simples não? Em segundo lugar,vcs viram quem era ou é a vítima? A vítima de 26 anos filho de um POLICIAL CIVIL APOSENTADO. Vcs acham que se fosse na casa de um de nós que não fosse policial situação seria a mesma? Lógico que não.”
Leitor
28 de setembro, 2024 | 21:01Se rico fosse ou político fosse, nem preso seria !”
Dóris
28 de setembro, 2024 | 19:42A polícia já tem a informação de quem é o verdadeiro autor só não houve interesse ainda em diligenciar para tomar as providências cabíveis.”
Luiz Jr
28 de setembro, 2024 | 19:10No Brasil, a Injustiça começa na Justiça!”
Yuri
28 de setembro, 2024 | 18:42Tem que perguntar e o pai, quem era companheiro dele, e por que ele não alivia pro filho.
E um pulha, este genitor.”