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08 de março, de 2024 | 12:24

''Espero pelo menos 80 anos de prisão'', diz delegado sobre os indiciados nas mortes de Camila e Elisângela

Três acusados dos assassinatos das irmãs poderão ser condenados na Justiça da Comarca de Ipatinga por cárcere privado, sequestro, estupro e latrocínio

Os três acusados das mortes das irmãs Elisângela Ribeiro da Cruz, de 50 anos, e Camila Keila Ribeiro da Cruz, de 34 anos, já são réus na Justiça. Eles vão responder por crimes de cárcere privado, sequestro, estupro e latrocínio (roubo seguido de morte), cujas penas somadas, caso sejam condenados, podem chegar a 80 anos de prisão, conforme avaliou nesta sexta-feira (8) o delegado da Homicídios, Marcelo Franco Marino, sobre o encerramento das investigações.
Wellington Fred
Marcelo Franco deu mais detalhes do crime praticado em janeiro passado em um loteamento nas Chácaras MadalenaMarcelo Franco deu mais detalhes do crime praticado em janeiro passado em um loteamento nas Chácaras Madalena

Como vem acompanhando o Diário do Aço, Elisângela e Camila foram brutalmente assassinadas em um loteamento nas Chácaras Madalena, em Ipatinga, na madrugada do dia 6 de janeiro. Elas foram agredidas e uma delas, Elisângela, ainda pode ter sido estuprada, além das vítimas terem os bens roubados e mortas a tiros.

O delegado Marcelo, em coletiva à imprensa na sede do 12º Departamento de Polícia Civil, ressaltou que o crime das irmãs não tem qualquer ligação com a chacina do bairro Bethânia, quando três homens foram mortos e um quarto baleado. Chegou-se a cogitar que as mulheres foram vistas no local da chacina, situação descartada durante as investigações policiais.

“Uma das mulheres que esteve no Bethânia tinha uma tatuagem na perna, nenhuma das irmãs tem esta tatuagem. Além disso, o carro que foi usado pelos assassinos na chacina era de modelo e marca diferentes do veículo que foi levado das irmãs, após serem mortas”, ressaltou o delegado Marcelo.

Para colher mais provas e prenderem os suspeitos, no dia 5 de fevereiro foi desencadeada a Operação Xeque-Mate, envolvendo a Polícia Civil e a Polícia Militar. Foram presos no bairro Esperança, mediante prisão temporária de 30 dias, os três suspeitos, M.A.R., de 18, L.V.C.C., 22 anos, e o M.A.N., de 18 anos. Ao final das investigações, foi pedida a conversão de temporária para prisão preventiva, o que foi acatada pela Justiça. Eles estão recolhidos no Ceresp de Ipatinga,

O quarto alvo da operação, Miguel Leonardo Fernandes de Almeida, de 18 anos, o conhecido “Gnono”, que não foi encontrado no dia da ação policial, foi assassinado em Governador Valadares em 28 de fevereiro, como divulgou o Diário do Aço em primeira mão. Ele teria sido o contato de Camila junto aos outros criminosos contratados pela vítima para dar um “susto” no ex-amante, um motorista de aplicativo.

Como os contratados não concluíram o serviço, Camila teria procurado o grupo, na noite de 5 de janeiro, para tentar reaver o dinheiro pago, quando ela e a irmã foram atacadas pelos acusados. Elas foram mantidas em cárcere, amarradas, agredidas, uma delas ainda havia sinais de ter sido estuprada, e depois, ambas colocadas no porta-malas de um HB 20, que estava com Camila. As duas foram executadas no loteamento já durante a madrugada do outro dia.

Quarto elemento foi morto por colegas em GV

O assassinato de Gnomo, acredita o delegado, pode ter sido perpetrado pelos amigos dele em Governador Valadares, onde ele era envolvido também com o tráfico de drogas. Ele foi identificado pela polícia no Hospital Regional, onde morreu após dar entrada sem identificação depois de ser baleado na boca. “Possivelmente, depois da Xeque-Mate (Operação), com medo de alguma nova operação policial ser realizada para prender Gnomo, os parceiros resolveram se livrar dele”, avaliou.

As investigações da Polícia Civil indicaram que os três presos no assassinato das irmãs também eram envolvidos no tráfico de drogas no bairro Esperança, em Ipatinga. Nos celulares deles, foram encontradas fotografias deles exibindo armas de fogo, drogas e dinheiro da venda de entorpecente. Este material, que consta nas 500 páginas do inquérito policial concluído, foi mostrado à imprensa durante a coletiva.

Os dois celulares roubados das irmãs foram localizados durante o curso das investigações. Um dos aparelhos chegou a ser vendido no Marketplace do Facebook. Além destes objetos, foram roubados cerca de R$ 1 mil e ainda joias e brincos de ouro. O carro, que era alugado por um médico, amigo de Camila, foi levado, mas abandonado no Esperança.

A conclusão que as irmãs foram mortas para que seus bens fossem roubados, ou seja, latrocínio. “Foi a subtração patrimonial. Então, isso é um roubo seguido de morte. A pena vai de 20 a 30 anos de. É um crime gravíssimo, é o crime mais grave do código penal”, finaliza Marcelo, acreditando que todos os três autores, se foram condenados pela Justiça pelos crimes do indiciamento, poderão pegar até 80 anos de prisão.






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Comentários

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Coronel Telhada

08 de março, 2024 | 14:41

“A polícia civil juntamente com a Militar de Minas Gerais estão de parabéns, a justiça será feita, o código processo penal diz 30 anos de encarceramento, 80 anos e para nal elemento recorrer, mas é desanimador, CABRAL pegou 475 anos, já está quase solto, anularam 40 anos já, daqui a pouco não tem condenação.

Estas leis”

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