08 de fevereiro, de 2024 | 08:00

Em uma semana, Vale do Aço tem cerca de 2 mil casos confirmados de dengue e chikungunya

A SES-MG estima que o pico de casos de arbovirose em todo o estado mineiro deve ocorrer no próximo mês

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

A macrorregião do Vale do Aço, composta por 35 municípios, já soma 2.471 casos confirmados de dengue e outros 7.231 de chikungunya. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) ainda investiga 15 óbitos que podem ter sido causados pelas duas doenças (oito por dengue e sete por chikungunya).

Conforme o painel de dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), somente entre os dias 21 a 27 de janeiro foram registrados 1.314 casos confirmados e 1.894 casos prováveis de chikungunya, e 454 casos confirmados e 1.466 casos prováveis de dengue.

Prefeitura de Coronel Fabriciano/Divulgação
Região registrou um salto de casos confirmados comparado ao mesmo período do ano passadoRegião registrou um salto de casos confirmados comparado ao mesmo período do ano passado


Os dados foram atualizados nesta terça-feira (6). No mesmo recorte de tempo, os óbitos prováveis de dengue saltaram de quatro para oito. Outras duas possíveis mortes por chikungunya também foram registradas na semana.
Os óbitos de Cristiane Vanessa Freitas, de 39 anos, e do médico Raul da Cunha Pereira Filho, de 60 anos, supostamente causados por arboviroses, foram registrados dentro da semana citada acima.

A mulher, moradora de Timóteo, morreu no dia 22/1 com suspeita de dengue hemorrágica. Ela estava grávida e na semana anterior ao óbito foi necessário fazer o parto com sete meses de gestação. A hemorragia, porém, não parou e sua saúde piorou.

No dia anterior, em um domingo (21/1), o Vale do Aço despediu-se do médico Raul da Cunha. A esposa dele, Amelina Pimenta Cunha, informou em entrevista ao Diário do Aço ter ficado comprovado, por meio de exames laboratoriais, que ele teve chikungunya e que esse foi o motivo da morte de Raul. No entanto, a causa ainda não foi confirmada de forma oficial pela SES-MG.

Comparação com o mesmo período do ano passado
Ainda pegando como base os dados oficiais que constam no painel da SES-MG, quando se compara as primeiras seis semanas do calendário epidemiológico de 2023 e 2024, nota-se um alto crescimento de casos em relação às duas doenças.

No ano passado, nas seis primeiras semanas foram registrados 267 casos confirmados de chikungunya, contra 7.231 casos neste ano, o que representa um aumento de 2.608%. Quando comparados os casos de dengue, o aumento é menor, no entanto, ainda significativo, atingindo 95,96%. Foram 1.261 casos no início de 2023, ante 2.471 casos no mesmo período em 2024.

A SES-MG estima que o pico de casos de arbovirose em todo o estado mineiro deve ocorrer no próximo mês, de uma forma mais precoce que o comum. “Sabemos que, provavelmente, o pico vai ser mais precoce que nos outros anos. Geralmente o pico de dengue varia entre março a maio, e provavelmente, teremos até março este pico”, explicou Fábio Baccheretti, chefe da pasta, durante uma coletiva de imprensa.

Prevenção
Ana Luizi Miranda, enfermeira do Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste), ressalta a importância de tomar cuidados para que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, não prolifere.

“Um meio de prevenção bastante eficaz é evitar a água parada, pois assim você evita o foco. Em casos de lotes vazios ou abandonados, onde há esse foco, realize a denúncia. Outro método bastante eficaz que você também pode realizar é a utilização de repelentes. Assim, o cheiro vai repelir a presença desse mosquito”, indica a especialista.
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Comentários

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Oswaldo da Cruz

08 de fevereiro, 2024 | 11:05

“O aumento dos casos de Chikungunya e Dengue se devem ao aumento de locais onde o mosquito Aedes Aegypti consegue botar ovos e aumento sua quantidade, pois há lotes vagos que os donos não dão a importância da limpeza, águas paradas que simplesmente são esquecidas e lixos despantados por todo lugar. Eu particularmente acho isso um absurdo.”

Letícia

08 de fevereiro, 2024 | 11:05

“A dengue é uma preocupação séria em Ipatinga, visto que a cidade tem enfrentado surtos recorrentes da doença. É fundamental que as autoridades e a população unam esforços para combater o mosquito transmissor, adotando medidas preventivas e promovendo a conscientização sobre a importância da eliminação de criadouros. A prevenção e o controle da dengue são essenciais para proteger a saúde da comunidade e garantir um ambiente mais seguro para todos.”

Letícia

08 de fevereiro, 2024 | 11:04

“A dengue é uma preocupação séria em Ipatinga, visto que a cidade tem enfrentado surtos recorrentes da doença. É fundamental que as autoridades e a população unam esforços para combater o mosquito transmissor, adotando medidas preventivas e promovendo a conscientização sobre a importância da eliminação de criadouros. A prevenção e o controle da dengue são essenciais para proteger a saúde da comunidade e garantir um ambiente mais seguro para todos.”

Samuel

08 de fevereiro, 2024 | 10:54

“Os altos índices de contaminação de dengue e chikungunya, estão ligados tanto a falta de cuidados da população, como acúmulo de lixos em lotes vagos, vasos de planta com água, pneus cheios de água e etc. Porém a prefeitura deveria ter tido ações preventivas, visto que o início do ano é muito chuvoso”

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