25 de agosto, de 2023 | 14:10
Mercadores do Templo: 27 pessoas são denunciadas por esquema de pirâmide financeira em Minas Gerais
Divulgação MPMG
Durante a operação ''Mercadores do Templo'', a polícia bloqueou R$ 2,1 milhões da conta dos denunciados, além de apreender carros de luxo

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou esta semana 27 pessoas por envolvimento em pirâmide financeira. O grupo, que tinha sido alvo da operação Mercadores do Templo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é acusado de estelionato, crime contra a economia popular, gestão fraudulenta e organização criminosa ao captar recursos financeiros sob a promessa de lucros exorbitantes. Para convencer as vítimas, os criminosos usavam igrejas evangélicas.
Ao todo, o MPMG identificou 98 vítimas das empresas Embaixador Investimentos e Embaixador Bank. Em maio de 2022, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou a operação Mercadores do Templo. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Unaí, Belo Horizonte, Contagem, Guanhães, Belém (PA) e Brasília (DF).
Ao todo, foram apreendidos um Jeep Compass, uma BMW M3 Competition, uma BMW X7, uma Mercedes Benz, duas caminhonetes S10, um Toyota Cross XRE, um Renault Kwid Zen, um Jeep Renegade, um BMW 320i e R$ 2,6 milhões em criptomoedas. Também foi bloqueado um total de R$ 2,1 milhões das contas dos denunciados.
Divulgação MPMG
O chefe da quadrilha, inclusive, apresentava-se como ''homem de Deus'', honesto e de conduta ilibada

Na denúncia, o MP pede a prisão preventiva de quatro denunciados - inclusive do líder do grupo criminoso, conhecido como embaixador -, além da alienação antecipada de bens apreendidos e da liquidação das criptomoedas apreendidas. O quarteto é suspeito de atrapalhar as investigações por intimidar testemunhas e outras pessoas ligadas ao processo.
Em nome de Deus
A investigação do Gaeco apontou que os integrantes da organização criminosa usavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam.
O chefe da quadrilha, inclusive, apresentava-se como homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada. Com sua oratória afiada e citação de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e músicas gospel, ele conseguia ludibriar as vítimas, convencendo-as a colocar as respectivas economias na pirâmide.
Para convencer as vítimas, as empresas do grupo criminoso ofereciam serviços com promessas de alta rentabilidade, sob a promessa de juros remuneratórios de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica. O esquema é praticamente o mesmo usado pela "Rainha do Milhão", um escândalo que veio à tona no Vale do Aço, este mês, conforme noticiado pelo Diário do Aço.
A forma de atuação dos denunciados pelo MPMG se assemelha ao modo de agir de grandes organizações criminosas responsáveis por delitos altamente complexos, conhecidos como Esquemas Ponzi” ou pirâmides financeiras.
Veja também:
Inquérito na Delegacia de Polícia em Ipatinga apura golpe financeiro
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Justiceiro
27 de agosto, 2023 | 08:31Templo é dinheiro...e um bom negó$$io.”
Tinho Mortadela
26 de agosto, 2023 | 15:32Marcos 11:15
Assim que chegou a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam apenas comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que comercializavam pombas.”
Márcio Moreira
25 de agosto, 2023 | 19:43DEUS não criou clones e sim indivíduos !!!
Para cada um, seja responsável, pelo seus atos sejam eles, certos ou errados!!!”
Renata
25 de agosto, 2023 | 16:57Se até o nosso ex-presidente usava da fé pra enganar o povo, imagina os pastores de plantão...”