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11 de janeiro, de 2023 | 16:20

Casas atingidas em Antônio Dias estavam em área de alta suscetibilidade a deslizamentos, aponta Serviço Geológico do Brasil

5ª BRAvE/ComAvE
Quatro pessoas morreram devido ao deslizamento de terra no município, no Natal passadoQuatro pessoas morreram devido ao deslizamento de terra no município, no Natal passado

Na madrugada do dia 25 de dezembro de 2022, o município de Antônio Dias foi acometido por deslizamentos de terra que culminaram em perdas de quatro vidas e destruição de residências. O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) esteve no local e identificou que chuvas intensas e a alta declividade do terreno foram responsáveis pela tragédia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pela SGB-CPRM.

O estudo mostra que as casas afetadas estavam instaladas em zona suscetível a deslizamentos, devido à amplitude dos cortes e à altura e declividade da encosta. "Havia cicatrizes de deslizamentos pretéritos no entorno da área de desastre, o que dava indicativo de risco para o local”, aponta trecho do relatório.

Além disso, foram identificados vários deslizamentos que mobilizaram solos, blocos de saprólito e vegetação de médio a grande porte, que atravessaram a estrada e atingiram as moradias.

A equipe do Serviço Geológico do Brasil esteve no local de 27 a 30 de dezembro, junto à Defesa Civil Municipal e à Prefeitura de Antônio Dias, com o objetivo de mapear as áreas de risco da região. O estudo tem o intuito de nortear as administrações municipais a respeito de possíveis formas de atuação para mitigar o risco geológico.

Áreas de risco
Antônio Dias está entre os 195 municípios já avaliados pelo SGB para a identificação e classificação das áreas de risco geológico. A região possui 45 áreas classificadas em risco alto e muito alto a movimentos de massa, inundações, enxurradas e processos erosivos.

Após mapeamento do estado, foram identificadas 2.697 áreas de risco, afetando mais de 500 mil pessoas. O resultado posiciona Minas Gerais como o segundo estado brasileiro com mais áreas de risco, ficando atrás, apenas, de Santa Catarina.


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