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06 de janeiro, de 2023 | 18:09

Reunião da campanha salarial de trabalhadores da Usiminas não avança

Arquivo DA
Termos apresentados até o momento não oferecem valorização ao trabalhador, afirma sindicato Termos apresentados até o momento não oferecem valorização ao trabalhador, afirma sindicato

A campanha salarial 2022/2023 dos trabalhadores da Usiminas ainda está em discussão e, novamente, não houve avanço nas tratativas. Em reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira (6) entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) e representantes da empresa, nada ficou definido e os empregados de Usiminas, Usiroll e Unigal, assim como demais contratadas, terão de aguardar um pouco mais. Em nota, a assessoria da Usiminas informou que “a empresa permanece aberta ao diálogo com os representantes da categoria”.

O presidente do Sindipa, Geraldo Magela Duarte, observa que a empresa propôs o pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,46% a partir de janeiro, do aumento do Vale-Alimentação de R$ 240 para R$ 350, a partir de janeiro e de uma recarga extra no cartão, no valor de R$ 1.500. “Rejeitamos na mesa porque com essa proposta a Usiminas não respeita a data-base, não melhorou em quase nada o vale e não quer pagar ganho real, que é o que os trabalhadores precisam. Eles não marcaram outra reunião até o momento”, informa.

A reunião de sexta-feira foi uma continuação de outro encontro, iniciado na quinta-feira (5). Na ocasião, a Usiminas apresentou uma contraproposta de trazer o pagamento do INPC de novembro para janeiro e também os R$ 350 do vale. “E propôs uma carga extra de R$ 1.200 no cartão alimentação. Continuamos insistindo que os trabalhadores precisam ter ganho real. Uma carga não atende os anseios, o dinheiro acaba rapidamente. É diferente de ter valorização”, pondera Magela.

Pauta
Na pauta de negociação aprovada pelos trabalhadores no mês de outubro, o objetivo almejado era de que o salário base nominal dos empregados da categoria profissional convenente (que faz convênio) devido no dia anterior à data-base, fosse corrigido a partir da data-base (1/11/2022), pelo percentual relativo à variação acumulada do INPC apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre 1/11/2021 a 31/10/2022 ou, conforme o período anterior de um ano antes da respectiva data base. O pleito é por um aumento salarial de 10%.

No mês de dezembro 80% dos trabalhadores rejeitaram, em assembleia, a contraproposta de pagamento do INPC de 6,46% a partir de 1 de novembro e de aumento do vale-alimentação para R$ 350. De lá pra cá não houve avanço nas reuniões e somente na quinta-feira as negociações foram retomadas, após o recesso da diretoria da Usiminas. A palavra greve chegou a surgir numa das falas do presidente do Sindipa, o que poderá ser deliberado numa assembleia, caso a empresa não apresente nada satisfatório para ser apreciado pelos empregados.

Usiminas
Procurada, a assessoria da empresa informou que “a Usiminas e o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga realizaram nos últimos dias reuniões em continuidade às negociações do Acordo Coletivo 2022. Na ocasião a empresa apresentou proposta definitiva, que está nos limites de suas possibilidades, para fechar o acordo da Usina de Ipatinga, Unigal e Usiroll. A empresa fez mais um esforço para atender às demandas e a expectativa era que a nova proposta fosse levada para avaliação dos colaboradores em Assembleia. No entanto, a proposta foi recusada em mesa pelo sindicato. A empresa permanece aberta ao diálogo com os representantes da categoria”, conclui a nota.

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Comentários

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Antônio Afonso Duarte

07 de janeiro, 2023 | 18:30

“Parabéns ao sindicato que está fazendo a sua parte,a Usiminas precisa aprender a respeitar os seus colaboradores,sempre batendo recordes de lucros e nunca valoriza quem realmente produz! Força trabalhadores,hora de dá um basta... Greve já!!”

Zé Doido

07 de janeiro, 2023 | 09:18

“A Usiminas está brincando com a cara dos trabalhadores, o Sindipa está fazendo sua parte, diferentemente dos sindicatos pelegos como Sintec e Senge.
Penso que está na hora do Sindipa colocar em estadode greve e se na próxima reunião entre as partes a Usiminas continuar brincando, entrem de fato em GREVE, a Usiminas vai sentir o que é brincar com trabalhadores organizados, pois os trabalhadores de hoje não são mais aqueles medrosos e pelegos de outrora.
#SemGranaÉGrave
#SemRespeitoÉGreve”

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