26 de maio, de 2022 | 17:02

Interdição nas BRs 381 e 262 prejudica setores econômicos do Vale do Aço

Enviada por leitor
Com rodovias interditadas, desvios improvisados e sem segurança são feitos para tentar amenizar a situação nas estradas  Com rodovias interditadas, desvios improvisados e sem segurança são feitos para tentar amenizar a situação nas estradas

O cenário caótico das rodovias mineiras na região, principalmente das BRs 381 e 262, permanece sem solução à vista. Além dos buracos e ondulações surgidas no período chuvoso, o mato cobre a sinalização em muitos lugares marcados por graves acidentes. Também desde janeiro as rodovias que dão acesso à região apresentam pontos com interdição, total, parcial ou desvios precários.

Com isso, o transporte rodoviário que atende ao Vale do Aço e Leste de Minas é forçado a buscar rotas alternativas, onerando o custo do frete. Nos desvios improvisados há histórico de longos congestionamentos, com atrasos consideráveis no tempo das viagens.

Conforme divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em atualização feita nesta quarta-feira (25), estão interditados parcialmente, na BR-381, os trechos do Km 299, em Antônio Dias, do Km 321, em Nova Era, Km 342 em Bela Vista de Minas, Km 404 em Bom Jesus do Amparo e Km 451 em Sabará (km13).

Alternativa de rota para o Vale do Aço, Leste de Minas e Zona da Mata, também a BR-262, está com interdição total por causa de deslizamento de taludes, no Km 96 em Abre Campo, desde o dia 24 de janeiro, e no Km 149, em Rio Casca desde o dia 6 de maio. Em ambos os casos não há previsão para liberação.
A situação precária da BR-381 contribui bastante para a ocorrência de acidentes na rodovia A situação precária da BR-381 contribui bastante para a ocorrência de acidentes na rodovia

Até o fechamento desta edição, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não havia se pronunciado sobre a situação das rodovias com interdições.

Impactos financeiros

Diante desse cenário das principais rodovias federais na região, os setores econômicos são gravemente impactados financeiramente. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, informou ao Diário do Aço que o prejuízo é considerável para as empresas, principalmente, aquelas que fazem transporte de peças especiais produzidas na região.

“Como exemplo, temos uma empresa como associada, que é a Emalto, que antes fazia um trajeto de 330 quilômetros e agora estão tendo que fazer 1.500 quilômetros, porque a BR-262 está interditada em Abre Campo e Rio Casca, e pela BR-381 não tem como passar com suas peças especiais”, explicou.

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Aumento do frete

Conforme o presidente da Fiemg, essas interdições nas rodovias, além de prejudicar o transporte de mercadorias, encarece o frete. “A situação é tão complicada, que o frete das empresas com destino à capital mineira, que ficavam em R$ 2,5 mil, passou para mais de R$ 4,7 mil. Quatro ou cinco horas de viagem dura agora 10 ou 12 horas. Além disso, os empresários da região não conseguem ir e voltar no mesmo dia de Belo Horizonte. Fora a manutenção dos caminhões que precisa ser feita por causa da situação da rodovia cheia de buracos”, ressaltou.

Dificuldade com investimentos

Flaviano Gaggiato ainda ressalta que as interdições nas rodovias e, principalmente, a situação precária da BR-381 causam prejuízos não só para o Vale do Aço, mas também para outras regiões do Estado. “Todo o trajeto que envolve a BR-381, passando de Belo Horizonte até o Vale do Aço, está totalmente prejudicado, e nós pagamos o preço por isso. Inclusive, fica até difícil de ter investimentos na nossa região, por questão de logística”, pontuou.

Logística prejudicada

A dificuldade com a logística devido ao cenário das rodovias mineiras também é destacada ao Diário do Aço por Amanda Gusmão, sócia-administrativa da Potenzzo, localizada no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso, e que produz sacos para lixo, atendendo supermercados dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “Essa situação das BR’s 381 e 262 impacta nossa empresa, pois nossos veículos passam por elas e acaba ocasionando atraso nas entregas, por ter que fazer, muitas vezes, desvios ou ficarem presos em engarrafamentos. Quando compramos algo dos nossos fornecedores, também geralmente ocorre atraso no recebimento dessas mercadorias pelos mesmos fatores. Nós adquirimos matéria-prima para produzir nossos produtos, e algumas vêm de outras regiões. Portanto, tem atrasado bastante, batendo novamente na questão da logística”, ressaltou.

Concessão incerta

Conforme já noticiado pelo Diário do Aço, o leilão de concessão das BR’s 262 e 381, que estava marcado anteriormente para o início deste ano, foi suspenso e não há uma nova data prevista para sua realização, já que outro edital terá que ser publicado.

Após o quarto adiamento do leilão de concessão de trechos da BR-381 e da BR-262, por falta de interessados, o projeto do sistema rodoviário BR-381/262/MG/ES está sendo reestruturado para que se chegue a uma nova modelagem mais atrativa para os investidores, segundo o Ministério da Infraestrutura. A pasta também já informou que o objetivo é publicar novo edital ainda no primeiro semestre de 2022 e realizar o leilão até o fim deste ano.


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Comentários

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Malvadeza

28 de maio, 2022 | 09:08

“Deputados estaduais e federais de Minas gerais São fraquíssimos, vamos aguardar as próximas eleições”

Bom

27 de maio, 2022 | 18:27

“E um governador que apoia esse vagabundo e ainda ontem um rebanho de animais andando e gritando esse preguiçoso que não trabalha em C. Fabriciano, povo ordinário na merda e ainda clamando esse verme.
Gostaria muito de entender o que esse cara fez de bom pra esse rebanho. Eu só vi ele fazer intrigas e deixar o brasil desgovernado”

Adir Ventura de Souza

27 de maio, 2022 | 15:06

“Verdade ,ele vem de avião,gastando dinheiro ,fazendo política,as estradas todas quebradas ainda um bando de otários atrás dele”

Sérgio Simão

27 de maio, 2022 | 06:55

“Eu passo semanalmente na rota BH-Vitoria e não compreendo porque esta mesma rodovia está 100% recapeada e sinalizada, em ÓTIMO estado para uma rodovia de pista simples, mas apenas no lado ES, após a ponte. Se é uma via federal, porque o tratamento diferente? Será a corrupção no lado MG maior? Será a falta de capacidade e interesse da gestão no lado MG menor? Lá no ES também houveram inúmeros deslizamentos de barreiras e buracos no período da chuva.”

Amadeu

26 de maio, 2022 | 11:06

“Bom dia,
O Presidente Genocida deveria vir de carro para olhar o estado que está a nossa rodovia, vir de avião é muito bom e gastando nosso dindim., Que PRESIDENTE NOS MERECEMOS.
FORA BOLSO”

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