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25 de maio, de 2022 | 15:16

''Podemos assumir o transporte urbano antes mesmo do fim da concessão'', adianta prefeito de Fabriciano

Bruna Lage
Uma das alternativas do município de Coronel Fabriciano é assumir o transporteUma das alternativas do município de Coronel Fabriciano é assumir o transporte

A greve dos trabalhadores do transporte urbano no Vale do Aço provocou a reação de gestores municipais nesta quarta-feira (25). Após os moradores de Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano acordarem sem o serviço (prestado pelas empresas Acaiaca e Saritur), que até o momento está 100% paralisado, o prefeito fabricianense, Marcos Vinicius Bizarro (PSDB), declarou ao Diário do Aço, na manhã de hoje, que poderá assumir a responsabilidade pelo transporte, antes mesmo do fim da concessão, que originalmente seria encerrada no mês de outubro.

A paralisação do serviço ocorreu nas primeiras horas do dia, o que foi decidido ainda na terça-feira (24). Reunidos em assembleia, os rodoviários decidiram entrar em greve por causa da falta de uma contraproposta salarial por parte das empresas concessionárias do transporte coletivo nas três principais cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço. A decisão foi anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas do Transporte Rodoviário em Coronel Fabriciano (Sinttrocel) no fim da noite.

Anderson Figueiredo
Prefeito Marcos Vinicius concedeu entrevista ao Diário do Aço na manhã desta quarta-feiraPrefeito Marcos Vinicius concedeu entrevista ao Diário do Aço na manhã desta quarta-feira
Ao Diário do Aço, Marcos Vinicius destacou que os municípios foram pegos de surpresa, em razão de haver uma negociação em andamento. “Nós já tínhamos feito uma mediação com o Ministério Público do Trabalho, na qual foi definido entre sindicato, prefeituras e empresas que não poderia haver nenhum tipo de paralisação até o dia 30 de junho. Inclusive, com pena de quase R$ 50 mil ao dia para o sindicato. Mas o Sinttrocel se aproveitou do fato de o presidente da República (Jair Bolsonaro) estar vindo ao Vale do Aço para fazer esse factoide e vai responder civil e criminalmente por isso. Sem contar a questão financeira”, destacou.

Solução

Conforme explicou o prefeito, uma das alternativas de Fabriciano é assumir o transporte. Segundo ele, as empresas afirmam que não têm condições e querem aumentar a tarifa, e lembrou que a responsabilidade de fazer o transporte público é do município. “Assim como proporcionar saúde e educação, e temos feito isso muito bem aqui. Claro que será um desafio, mas estamos preparados”, afirma.

O gestor salientou que, caso ocorram melhorias no transporte público, “não tem porque continuar com essa empresa. É uma obrigação do município fazer nova concessão ou assumir o transporte. Estamos no caminho de assumir, mas não descarto uma nova concessão, desde que atinja aquilo que estamos buscando”.

O prefeito revelou preocupação com a situação do trabalhador, que, segundo ele, está servindo de massa de manobra do sindicato. “Estão reivindicando uma coisa que não está em pauta agora, sendo que estamos fazendo a mediação. O sindicato está usando eles (trabalhadores), arriscando todos de ficarem desempregados, porque é o que vai acontecer com os funcionários do transporte de Fabriciano. No momento em que o município assumir o transporte, necessariamente não temos que assumir eles. E outra, eles já passam a não pertencer ao sindicato dos trabalhadores e sim ao sindicato do município e terão de se enquadrar o sistema municipal. Fico com pena e lamento por eles, que estão sendo usados”, aponta.

Veja também:
Greve paralisa 100% do transporte coletivo municipal em Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano
Com greve no transporte, passageiros precisam se virar e gastar mais para chegar ao trabalho

Politiqueiro

Marcos Vinicius recorda que a negociação envolvendo sindicato, empresa e prefeituras perdura vários dias e que exatamente quando o município anuncia a vinda do presidente Bolsonaro, marcada para a tarde desta quinta-feira (26), no bairro São Vicente, a greve é deflagrada. “Fizeram isso sem nos avisar 48 horas antes, como deve ser feito. Não fui oficializado até o momento pelo sindicato de que a greve seria a partir da meia-noite e isso mostra a gravidade e o ato politiqueiro do Sinttrocel”, reforça.

Sinttrocel

Na manhã de quarta-feira, o presidente do Sinttrocel, Marlúcio Negro, explicou o porquê de não haver ônibus circulando. “O transporte urbano está 100% paralisado e assim deve permanecer. Existe sim na lei que deve haver no mínimo 30% de pessoal trabalhando, mas para isso acontecer, a empresa tem que procurar o sindicato, tem que reunir e fazer a proposta, para então repassarmos aos trabalhadores, que determinam o que fazer. Como até o momento a empresa não procurou o sindicato, entendemos que a empresa não está nem aí. Está lavando as mãos e vamos continuar 100% parados”, afirmou.

Além de Fabriciano, quem também demonstrou descontentamento com a greve foi a administração de Timóteo. A Procuradoria-Geral do município protocolou, no início da manhã de quarta-feira, uma Ação Civil Pública (ACP) com pedido liminar de tutela antecipada de urgência, em desfavor de Saritur, empresa de transporte público rodoviário coletivo de passageiros que atua no município.

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Comentários

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Ronal

26 de maio, 2022 | 07:09

“Por uma dessas que na última eleição esse prefeito teve 90% dos votos. Enquanto o ex prefeito nem quis candidatar para não passar vergonha! A resposta para esse povo vai estar nas ruas hj na recepção do nosso presidente. Acorda Brasil!!!!”

Felis

25 de maio, 2022 | 21:58

“E hora de valorizar os motoristas e a populaçao nao e hora de faser igual na greve dos caminhoneiros que faziam filas para abastecer. Se a empresa nao buscar vamos ficar en casa”

De Olho

25 de maio, 2022 | 15:44

“IPATINGA não moveu uma palha ainda em relação a greve dos motoristas. Lado outro, sindicato não passa de cabide de emprego.”

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