04 de abril, de 2022 | 17:50

Chefe de facção pega mais de 28 anos de prisão por homicídio em Coronel Fabriciano

Alex Ferreira/Arquivo DA
Julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano Julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano

Elizeu Paulino de Jesus Costa, de 35 anos, foi condenado a uma pena de 28 anos e 9 meses de prisão pelo Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano. Elizeu, considerado um dos líderes de uma facção criminosa que age na região, foi julgado pela morte de Mateus da Cruz Silva, de 22 anos, crime praticado em 10 de abril de 2018.

O julgamento de Elizeu ocorreu dia 29/3, quando o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri considerou o réu culpado por homicídio qualificado, com motivação torpe, emprego de meio que gerou perigo comum e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O promotor de Justiça Paulo Elias Severgnini Mendes Júnior atuou na acusação.

A 4ª Promotoria de Justiça da comarca de Coronel Fabriciano obteve a sentença condenando Elizeu Paulino de Jesus Costa a 26 anos de reclusão pelo assassinato de Mateus. Somaram-se nesta condenação mais 2 anos e 9 meses de reclusão por formação de quadrilha, totalizando uma pena de 28 anos e 9 meses de reclusão. A defesa do condenado recorreu da decisão.

Conforme consta na denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Elizeu Paulino liderava a principal organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, roubos, homicídios e porte ilegal de arma, em Coronel Fabriciano e outras cidades do Vale do Aço. Ele já estava em prisão cautelar desde março de 2019, quando ordenou o assassinato de Mateus. Atualmente, o réu está recolhido uma unidade prisional em Francisco Sá.

Mateus foi morto em uma esquina

Arquivo DA
Elizeu Paulino, quando foi preso em um cerco da Polícia Rodoviária em Timóteo, em 2014Elizeu Paulino, quando foi preso em um cerco da Polícia Rodoviária em Timóteo, em 2014
No relatório do MPMG consta que, no início da noite de 10 de abril de 2018, a vítima estava em frente a uma lanchonete, na rua Israel, esquina com a rua Havaí, no bairro Santa Cruz, onde conversava de costas para a rua, com a namorada, quando quatro integrantes da facção criminosa, cumprindo ordens de Elizeu Paulino, acertaram 27 tiros em Mateus, por motivo torpe.

As investigações, segundo a denúncia do Ministério Público, indicaram que Mateus morreu por ter ajudado dois integrantes da facção rival a fugir, depois de terem cometido um homicídio em 27 de fevereiro do mesmo ano.
Além da namorada de Mateus, duas crianças estavam próximas da vítima e correram risco de serem atingidas. E dentro da lanchonete estavam o proprietário, a esposa dele e uma funcionária.

Ordem expedida de dentro de presídio

Conforme apurado por meio do Inquérito Policial, Elizeu Paulino de Jesus Costa planejou o assassinato da vítima em conluio com os demais integrantes da facção criminosa que ele liderava, em Coronel Fabriciano. A investigação mostra que, mesmo recolhido ao cárcere, Paulino mantém o domínio de uma facção.

Os outros acusados do crime foram julgados em 21 de novembro de 2019, conforme acompanhou o Diário do Aço. E.M.A., de 55 anos, e I.C.S.J., de 27, foram absolvidos pelo Conselho de Sentença, contudo os outros réus foram considerados culpados e condenados: Maycon Jheime de Souza Moreira, 25 anos; Wesley Bernardino da Silva, de 27; e Deividson Bruno Chaves, 35 anos.

Após 13 horas de um julgamento complexo, a juíza na época sentenciou Maycon a pena total de 20 anos e dez meses de prisão no regime inicial fechado. Wesley pegou 20 anos, nove meses e 20 dias de reclusão. Já Deividson pegou 23 anos, quatro meses e 25 dias de prisão.
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