18 de outubro, de 2021 | 11:47

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 8,69%

Previsão para crescimento da economia caiu para 5,01% em 2021

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Arquivo DA
Altas nos preços de alimentos, como a carne vermelha, e dos combustíveis levam para o bolso do brasileiro, na prática, os estragos da inflação Altas nos preços de alimentos, como a carne vermelha, e dos combustíveis levam para o bolso do brasileiro, na prática, os estragos da inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 8,59% para 8,69% neste ano. Trata-se da 28ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (18), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação ficou em 4,18%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

Em setembro, puxada pela energia elétrica e combustíveis, a inflação subiu 1,16%, a maior para o mês desde 1994, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 6,9% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023 as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

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Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 6,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a reunião no final deste mês, o Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais um ponto percentual.

As projeções do BC para a inflação também estão ligeiramente acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023. Isso reforça a decisão da autarquia de manter a política contracionista de elevação dos juros.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 8,75% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,04% para 5,01%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,1% e 2,5%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.
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Carlos Roberto Martins de Souza

18 de outubro, 2021 | 12:57

“? TEMPO DA FARTURA
Carlos Roberto Martins de Souza

A inflação segue nos massacrando
Trazendo fartura para mesa do povo
Farta arroz farta feijão vão enrolando
Farta carne farta o leite farta até ovo

Farta salário decente ao trabalhador
Também farta emprego a população
Só não farta na porta o tal cobrador
Com o boleto aumentando a aflição

Um cabra de pouca inteligência disse
Não comprem o feijão comprem fuzis
Mostrou ao povo toda a sua canalhice
Para não morrer e proteger seus Brasis

Farta verdade mas sobram as mentiras
Farta mais respeito pelo pobre cidadão
Farta homens com amor e sobram iras
Falta gente de bom e meigo coração

A gasolina e seus preços pornográficos
Vai fazendo história mudando costumes
Vai registrando nos arquivos fotográficos
As imagens de um presidente estrume

Farta vergonha na cara dos políticos
Farta até sabedoria na hora de votar
Farta muita honestidade aos críticos
Farta moral farta até vontade de lutar

Se a coisa não melhorar com urgência
Vai ser uma tremenda duma confusão
Não resolver fazer nem a tal penitência
Vai morrer muita gente e farta até caixão”

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