12 de outubro, de 2021 | 10:00

Aumento do preço da carne bovina altera preferências dos consumidores

Tiago Araújo
 A carne de boi cara tem causado impacto no bolso dos clientes, que acabam optando por outras mais baratas A carne de boi cara tem causado impacto no bolso dos clientes, que acabam optando por outras mais baratas

Com o preço da carne vermelha em alta, em especial a bovina, alimento considerado essencial no prato de comida dos brasileiros, houve uma mudança nas preferências dos consumidores dentro dos açougues. Se antes a carne bovina era bastante procurada, agora já não é mais tanto assim. A informação é do proprietário de um açougue localizado no bairro Canaã, em Ipatinga, Wilson Maurício, que está no ramo há mais de 30 anos.

Conforme Wilson Maurício, o preço da carne bovina subiu tanto que ficou fora da realidade orçamentária de muitas pessoas. “Posso dizer que no ano passado já tinha subido muito o preço da carne de boi, já neste ano, até que a carne está permanecendo com o mesmo preço, porém está cara. Com isso, aumentou a procura por carne de porco e de frango”, disse.

Wilson informou que, em média, houve uma elevação do preço das carnes suína e de frango em 30%, desde 2020, já a carne de boi teve um aumento de 50% em comparação com esse mesmo período. “Dessa forma, o poder aquisitivo das pessoas está limitado. Elas estão vindo comprar muito pouco. Geralmente, no fim de mês, vêm para gastar R$ 10 ou R$ 20, mas com esse valor, só possível adquirir pouca carne bovina. Portanto, percebo que as pessoas estão tendo dificuldade de comprar, no entanto, vamos superar essa crise. Já passei por muitas ao longo dos meus 31 anos de açougue, e nós vamos superar mais essa”, destacou.

Pesquisa

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP) mostra que 98,5% dos lares consomem algum tipo de proteína animal. O ovo é o principal destaque, com 96% de presença, seguido pela carne de frango, com 94%, carne suína, com 80%, carne bovina, com 79% e peixe, com 65%. A pesquisa foi realizada entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, com 2.500 entrevistas em 113 cidades pelo país. Foram mais de 3 mil horas de entrevistas realizadas por 120 profissionais, focando membros das residências com poder de decisão de compra no domicílio, de ambos os sexos, das classes A, B, C, D e E, com idades entre 18 e 65 anos.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados informaram consumir ovos todos os dias. No caso da carne de frango, 54% consomem até três vezes por semana. Com a mesma frequência, 34% informaram consumir carne suína.

Questionados sobre a proteína animal mais consumida na residência, o ovo foi o principal mencionado por 35% dos entrevistados, seguido pela carne de frango, com 34% e a carne suína, por 4%. Realizada durante o período de pandemia, a pesquisa apontou que o consumo das carnes ocorre especialmente em casa.
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Comentários

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Observador

13 de outubro, 2021 | 13:36

“O carbono que eles querem diminuir é você !”

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