22 de maio, de 2019 | 06:40

Atendimento pelo Ipsemg ainda sem previsão de retorno em Ipatinga

A informação é da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora da unidade hospitalar

O retorno dos atendimentos aos beneficiários do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) no Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga, ainda está sem data prevista. A informação é da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora da unidade hospitalar. Desde abril que os atendimentos pelo Ipsemg estão suspensos no HMC, devido à falta de recebimento pelos serviços prestados, por parte do governo estadual.

Em nota enviada ao Diário do Aço, a FSFX informou que a dívida ainda não foi quitada e que aguarda por um planejamento de pagamentos dos valores pendentes. “Informamos que os atendimentos prestados aos beneficiários do Ipsemg no Hospital Márcio Cunha, administrado pela FSFX, estão suspensos desde o dia 1º de abril desse ano. A FSFX recebeu apenas parte da dívida e ainda não há previsão de retomada dos atendimentos. A Fundação aguarda um cronograma de quitação da dívida para retomar os atendimentos”.

R$ 2,4 milhões pagos

Procurada pelo Diário do Aço, a assessoria de Comunicação do Ipsemg respondeu, por meio de nota, que os repasses ao Hospital Márcio Cunha e às demais instituições vinculadas ao Ipsemg são feitos conforme a disponibilidade financeira, para garantir a continuidade do atendimento aos beneficiários no estado. “Foi executado o pagamento em torno de R$ 2,4 milhões ao Hospital Márcio Cunha em 2019. Neste momento o Ipsemg está fazendo os pagamentos referentes a novembro de 2018, em obediência ao cronograma estabelecido por lei. A Legislação prevê que primeiramente seja quitada toda a dívida do ano anterior, seguindo, obrigatoriamente, a ordem cronológica”.

Entenda

Em julho do ano passado, por meio de um credenciamento, beneficiários da assistência à saúde Ipsemg passaram a contar com diversos atendimentos no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. Entre os serviços disponíveis estavam pronto-socorro, Maternidade, UTI Neonatal, UTI Adulto, Oncologia, consultas em diversas especialidades, entre outros atendimentos.

Em entrevista ao Diário do Aço, em novembro do ano passado, o diretor-executivo da FSFX, Luís Márcio Araújo, informou que a unidade já enfrentava dificuldades com a falta de repasse financeiro por parte do governo estadual. O diretor também ressaltou, na época, que cerca de 20 mil servidores públicos da educação, segurança e outras áreas tinha direito ao atendimento pelo Ipsemg na unidade. Já no fim de março, a FSFX informou ao Diário do Aço que iria suspender os atendimentos aos beneficiários da rede, devido à dívida do Ipsemg com a unidade e a falta de previsão de pagamentos.


(Tiago Araújo - Repórter)

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