29 de março, de 2019 | 14:20

Justiça condena dos envolvidos na guerra de gangues em Coronel Fabriciano

Tribunal do Júri condenou dois réus e absolveu outros dois por execução ocorrida no bairro Caladão

Arquivo/Diário do Aço
Matheus tentou escapar da morte se refugiando em um comércio, mas sem sucessoMatheus tentou escapar da morte se refugiando em um comércio, mas sem sucesso

O Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano começou a julgar os primeiros réus envolvidos na guerra entre duas facções criminosas, disputa que resultou em uma sequencia de mortes nos anos anteriores. Na quinta-feira (28), sentaram-se no banco dos réus Amarildo Bento dos Santos, de 56 anos, o seu filho, Lucas Bento dos Santos, de 24 anos; Wellington Jhon de Freitas Ferreira, o Gaguinho, de 21 anos, e Douglas Henrique Lima Correia, o DG, de 23 anos.

Os quatro réus foram julgados pela morte de Matheus Cássio Martins Ferreira, o Mateus Ceará, que tinha 17 anos e foi executado a tiros no dia 27 de fevereiro de 2018.

A vítima foi perseguida por dois assassinos pela rua Taguara, no bairro Potyra (região do Caladão), e tentou escapar da morte se refugiando em um depósito de materiais de construção, mas sem sucesso.

Como noticiado pelo Diário do Aço, as investigações da Polícia Civil comandadas pelo delegado Washington Moreira, em conjunto com a Polícia Militar, identificaram a Fiat Strada usada no crime.

Com informações de moradores e imagens de câmeras de segurança, apurou-se que Matheus foi surpreendido pelos atiradores, que saíram do veículo, na avenida Ikê e atiraram contra a vítima que, mesmo baleada, buscou refúgio no depósito.

Os atiradores seriam Wellington Jhon e Douglas Henrique. A picape foi emprestada por Amarildo Bento e, em seu interior ao ser apreendida, localizado um carregador de pistola semiautomática de calibre 9 mm. Na casa, onde estava a picape, foram localizadas as roupas utilizadas pelos atiradores. Neste local foi encontrado o filho de Amarildo, Lucas Bento.

De com a denúncia do Ministério Público, além dos quatro réus, participou também do crime um adolescente de 17 anos, jovem que estava na direção da picape no dia do crime. A “guerra” entre os grupos rivais, do bairro Manoel Maia e Santa Cruz iniciou-se no fim de 2017, em razão de disputa de ponto de tráfico de drogas em Coronel Fabriciano.

A motivação da morte de Matheus teria sido por uma tentativa de homicídio que teve como vítima Lucas Bento, em 6 de janeiro, no bairro Santa Cruz. Ao sobreviver ao atentado, após ser atingido com pelo menos seis tiros, ele e o pai, Amarildo, teriam arquitetado a vingança contra o Matheus, integrante da gangue rival do Manoel Maia, conforme denúncia do Ministério Público.

A juíza Natália Discacciati Rezende acatou a denúncia e pronunciou os quatro acusados por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda corrupção de menores, já que participou da execução de Matheus um adolescente de 17 anos.

Os réus Douglas e Amarildo réus foram defendidos pelo advogado Thiago Xavier de Souza e o advogado Luiz Eduardo dos Santos Pereira participa da defesa dos outros réus, Lucas e Wellington. A acusação foi realizada pelo promotor Oziel Bastos, da Comarca de Caratinga e a sessão do Júri presidida pela juíza Natália Rezende.

Decisão do Júri
O julgamento foi encerrado por volta das 20h de quinta-feira e, de forma surpreendente, dois réus foram absolvidos e outros dois condenados em votações do Conselho de Sentença decididas por 4 X 3. Amarildo, que se encontrava preso, foi absolvido e ganhou a liberdade. Ao contrário do filho, Lucas Bento. Ele estava foragido e se apresentou para participar do Júri, quando acabou condenado por homicídio simples a uma pena de oito anos. O jovem saiu do fórum e foi levado para a cadeia.

Wellington Gaguinho e Douglas DG, que seriam os executores, também tiveram decisões opostas. O primeiro foi absolvido graças a uma imagem das gravações das câmeras de segurança. A polícia indicou que um dos autores seria ele, mas imagens demonstraram algo na perna, uma mancha ou tatuagem. Wellington mostrou as pernas durante o julgamento e não havia nenhum sinal. Com isso foi inocentado pelos jurados.

O outro réu, Douglas DG foi condenado por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. DG pegou uma pena de 15 anos e quatro meses de prisão. Todos os réus foram absolvidos no crime de corrupção de menores. As divergências nas decisões do Conselho de Sentença motivaram a defesa e o Ministério Público entrarem com recursos acerca o Júri.
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Comentários

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Cela 14 Bloco B

02 de novembro, 2019 | 14:59

“PJL DG , PAPINHA, EDELSO ,DANDAN !!”

Santão e o Poder

29 de julho, 2019 | 05:12

“PCS manda um salve os irmão
Lucao e DG. PJL”

Cela 14

04 de abril, 2019 | 08:08

“PJL DG”

Pé de Nada

30 de março, 2019 | 00:23

“Deixa gente. Eles se entendem... É bom que o policial nem precisa usar a excludente de ilicitude kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk”

Zé Lelé

29 de março, 2019 | 14:51

“Esses bonezinhos da Nike não chegam aos 20 anos”

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