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11 de fevereiro, de 2016 | 20:00

“Está muito pior do que pensávamos”

Paróquia quer substituir toda a madeira podre da igrejinha do Horto, mas falta dinheiro


IPATINGA – A restauração da igreja matriz Nossa Senhora da Esperança, no bairro Horto, enfrenta novos contratempos. A desmontagem do templo está em fase final e trabalhadores constataram que o comprometimento da estrutura de madeira é maior do que se imaginava. A primeira igreja católica construída em Ipatinga precisará, praticamente, ser erguida do zero. Dessa forma, o custo da obra, atualmente em cerca de R$ 555 mil, deverá ser revisto.

A desmontagem da igrejinha localizada na avenida Castelo Branco começou no mês passado. De alvenaria, a construção histórica tem somente a parede da frente e a detrás do templo. Todo o restante é madeira, inclusive as colunas. E a estrutura está podre e corroída por cupins.

“Ao desmontar, percebemos que a madeira está muito pior do que pensávamos. A parte da madeira que planejávamos aproveitar não vai ter jeito”, avaliou o pároco da igreja, o bispo emérito dom Odilon Guimarães Moreira.

Uma remessa da madeira especial para substituir a que está danificada foi adquirida e já chegou à área do templo. No entanto, com todo o madeiramento já velho, o desejo do bispo é fazer a troca integral da estrutura e descartar as peças antigas. O problema é a falta de dinheiro para custear essa substituição integral.

A igreja foi construída em 1959, em jatobá e angelim pedra. Fechada no ano passado, a capela ostentava em seu interior imagens e objetos também em madeira e de notável valor artístico. O templo foi tombado pelo patrimônio cultural do município na década de 1980 e, devido ao tombamento, a reforma deve manter as características originais da igreja.

Wesley Rodrigues


desmontagem igrejinha do Horto


A capela carece de novos esteios, telhado, estrutura elétrica, a troca do piso, entre outras intervenções. O comprometimento do templo foi observado nos últimos anos. Em meados de julho de 2015, a igreja precisou ser fechada e escorada. Os ritos são realizados no salão paroquial na rua Ficus.

A igreja conseguiu do município o total de R$ 80 mil no ano passado no edital de projetos culturais voltado à reforma de bens tombados. O restante do dinheiro é viabilizado em campanhas junto aos fiéis. Cerca de 600 carnês, com contribuições mensais de R$ 25 foram adquiridos pela comunidade.

Com os embaraços, a expectativa de reabrir o templo na próxima festa da padroeira, Nossa Senhora da Esperança, em 15 de agosto, por ora está frustrada. “Pelo que percebemos é inviável (o prazo). Vai demorar mais tempo sem dúvida nenhuma”, lamentou dom Odilon. A paróquia aguarda que o município abra novo edital de financiamento de projetos para tentar mais recursos. A liberação de dinheiro junto ao Estado também é pleiteada.

Informações para realizar doações para a obra de restauração da igreja são possíveis por meio da secretaria paroquial, no telefone (31) 3824-7566.

 


SOBRE O ASSUNTO:

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