06 de outubro, de 2025 | 08:18

Réu acusado de matar mecânico de motos com golpes de enxada em Iapu vai a julgamento nesta segunda-feira

Ministério Público de Minas Gerais leva a julgamento acusado de matar homem com golpes de enxada em Iapu. Foto - Euler Júnior/TJMGMinistério Público de Minas Gerais leva a julgamento acusado de matar homem com golpes de enxada em Iapu. Foto - Euler Júnior/TJMG

Está agendado para esta segunda-feira (6), no Fórum de Inhapim, o julgamento do réu Geraldo Sotero da Silva, de 59 anos, acusado de homicídio qualificado, lesão corporal, posse irregular de arma de fogo e manutenção irregular (em cativeiro) de animais silvestres.

Conforme narrado na denúncia da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Inhapim, no dia 4 de abril de 2021, por volta das 17h20, na Fazenda Floresta, zona rural do distrito de São Sebastião da Barra, em Iapu, o denunciado agrediu sua companheira M.L.A. e, em seguida, matou Fábio Luís Sena, de 54 anos, com vários golpes de enxada, conforme noticiado à época, pelo Diário do Aço.

Fábio era mecânico de motos em Ipatinga. Principal testemunha da tragédia, a esposa de Geraldo relatou em depoimento que Fábio Luís estava hospedado na residência do casal desde sexta-feira e faziam churrasco e ingeriam bebidas alcoólicas desde o dia em que chegou. Fábio e Geraldo eram amigos de longa data. Entretanto, dado o grau de embriaguez, o casal se desentendeu. O amigo tentou apartar a briga e Geraldo desferiu os golpes de enxada, que mataram Fábio Luís.
Reprodução
O mecânico de motos, que trabalhava em Ipatinga, Fábio Luís Sena, tinha 54 anosO mecânico de motos, que trabalhava em Ipatinga, Fábio Luís Sena, tinha 54 anos

Qualificadoras
O entendimento do Ministério Público é que o crime foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que Fábio tentou intervir para defender Maria de Lourdes das agressões.

“Geraldo foi acusado de ter cometido quatro crimes: o de homicídio qualificado, por ter matado a vítima de forma cruel e sem chance de defesa; o de agressão contra a companheira, dentro de um contexto de violência doméstica; o de posse ilegal de arma de fogo; e o de manter aves silvestres em cativeiro sem autorização”, sustentam os promotores de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Igor Heringer Chamon Rodrigues.

Se condenado por todos os delitos imputados, o réu poderá receber pena que pode chegar a 37 anos de reclusão.

“O Ministério Público confia na atuação do Tribunal do Júri e espera que a sociedade tenha uma resposta firme e justa diante da gravidade dos crimes e da violência empregada contra as vítimas”, destacam os promotores de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Igor Heringer Chamon Rodrigues.
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