
28 de setembro, de 2025 | 08:55
Cerca de 1.800 pacientes são atendidos por mês no HMC devido a acidentes no trânsito
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Entre janeiro e agosto deste ano, o Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga, registrou 1.788 atendimentos por mês decorrentes de acidentes automobilísticos. A informação foi repassada à reportagem do Diário do Aço pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX).
Conforme análise de perfil neste período, os homens formaram a maioria dos pacientes, somando, ao todo, 1.183 (66%), enquanto 605 mulheres foram atendidas, representando 34% dos atendimentos. A idade média foi de 32 anos. Eles chegavam para ser atendidos com maior recorrência aos fins de semana, feriados e manhãs de segunda-feira.
Apresentaram mais frequentemente os seguintes traumas: traumatismo cranioencefálico (TCE), especialmente quando havia ausência ou uso incorreto do capacete; fraturas de membros superiores e inferiores (pernas, braços e clavículas foram os mais atingidos); e trauma de coluna vertebral que podem causar limitações motoras e, em casos graves, paraplegia ou tetraplegia.
Também foram diagnosticados com politraumatismo, lesões em abdome e tórax decorrentes de impacto direto ou esmagamento, e escoriações e lacerações extensas, conhecidas como raspagens” devido ao atrito com o asfalto.
Tratamentos
O atendimento de urgência e emergência, que conta com estabilização clínica, suturas, imobilizações, analgesia e suporte avançado de vida, está entre os principais tratamentos feitos após os sinistros. Assim como as cirurgias ortopédicas, que envolvem a correção de fraturas, colocação de placas, pinos ou próteses, e o tratamento de feridas com curativos, enxertos de pele e acompanhamento da cicatrização.
A fisioterapia e a reabilitação motora para a recuperação da mobilidade, da força e do equilíbrio também são bastante utilizadas, bem como a terapia ocupacional a fim da readaptação para atividades de vida diária e retorno ao trabalho.
Há, ainda, o suporte psicológico e psiquiátrico para manejo do estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. As mulheres podem ser as que mais necessitam devido à sensibilidade e preocupação com a família. Por fim, o tratamento medicamentoso com analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios, conforme necessidade.
Sequelas
Segundo o médico emergencista do HMC, Dionísio Alves Barreiro Júnior, em torno de 60% a 65% dos pacientes são atendidos com traumas apenas considerando os acidentes envolvendo motocicletas.
A maioria observamos que não tem uma sequela definitiva. Mas aqueles que dão entrada com diagnóstico de trauma extremamente graves, entendemos que terão sequelas significativas por quadro neurológico ou devido à amputação traumática e trauma abdominal”, afirmou.
Dependendo da sequela e da gravidade, os tratamentos variam de no mínimo três dias a até meses de tratamento. Por isso, a prevenção é o melhor caminho, seja para quem está guiando seu veículo ou para aqueles que estão em vias públicas”, concluiu Dionísio.
Leia também:
- Estatística de acidentes na região mostra quadro alarmante e campanha mira a conscientização
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]