13 de setembro, de 2025 | 08:46

Veterinário comportamentalista explica ataques de Pitbull e alerta tutores sobre cuidados

Imagem ilustrativa/Arquivo DA
Médico veterinário afirma que tutores desta raça precisam ter ?pulso firme?Médico veterinário afirma que tutores desta raça precisam ter ?pulso firme?

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
O médico veterinário Thales Reis, pós-graduado em Comportamento, que atua na área de clínica comportamental e adestramento em todo o Vale do Aço, faz um alerta a quem tem cães da raça Pitbull. Nesta semana, um cão dessa raça atacou um outro cão, um caramelo, na rua Gaturamo, aglomerado do Vale do Sol, no alto do bairro Vila Celeste, em Ipatinga. O vídeo do ataque gerou comoção.

O Pitbull saiu da residência de seu tutor, após uma mulher abrir o portão da rua e soltá-lo de uma corrente, alegando que ele "precisava passear". Ao encontrar o outro cachorro pela rua, o atacou fatalmente. O animal ignorou golpes que foram desferidos contra ele por outras pessoas na tentativa de apartá-los. Nem balde de água jogado sobre o Pitbull, golpes de capacete em sua cabeça e vassouradas foram capazes de fazer o cão soltar o caramelo, que urrava de dor.

Em entrevista ao Diário do Aço, Thales pontuou que não existe um motivo único para que esses ataques ocorram, eles podem ser por falta de sociabilização, estado de luta ou fuga. Segundo o veterinário, a criação influencia, visto que a socialização depende diretamente dos tutores, mas que existem comportamentos ligados à genética do animal, independentemente da raça.

“Por ser uma raça muito forte, com uma mordida muito potente, quando há um ataque, o dano é muito maior, e a repercussão também. São dóceis, mas com impulsos de caça muito altos. Se não direcionado corretamente, pode se tornar um problema”, afirmou.

Forma correta de criá-lo
Ele ainda explicou que assim como qualquer outro cão, o Pitbull pode ser domesticado, porém, é necessário que o tutor tenha experiência com cães potentes e que saiba direcionar os impulsos. E que o melhor método para fazer um cão soltar a mordida é a asfixiada mecânica.

“A forma correta de criá-lo é a mesma de criar um Cane Corso, um Doberman, um Fila Brasileiro ou um Rottweiler. Ou seja, precisam de tutores de pulso firme, que treinem seu cão. Não podem ter tutores que os tratam como bebês”.

Acrescentou, também, que os ataques de um modo geral são evitados quando os donos têm responsabilidade.

“Quando não deixam os animais soltos na rua, conhecem de suas expressões comportamentais, priorizam o adestramento. E levam esses animais nas ruas para passeios e momentos de interação, usando equipamentos de segurança, tais como focinheira, guias e colares”, finalizou.

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