12 de agosto, de 2025 | 14:30

Homem acusado de homicídio no bairro Vila Ipanema em Ipatinga é preso e nega envolvimento com o crime

Reprodução
 Eni Olga tinha 48 anos e foi encontrada morta na noite de segunda-feira, no Vila Ipanema Eni Olga tinha 48 anos e foi encontrada morta na noite de segunda-feira, no Vila Ipanema

Acusado de matar Eni Olga de Souza, de 48 anos, crime ocorrido na Rua Botafogo, na noite de segunda-feira (11), o catador de materiais recicláveis, Oberdan Souza de Jesus, de 43 anos, foi preso em uma mata perto do bairro Vila Ipanema, na manhã desta terça-feira (12). Segundo informou o tenente PM Plaster ao Diário do Aço, o homem foi encontrado escondido na vegetação próxima ao ribeirão Ipanema. Ele nega ser o autor das facadas que mataram a mulher.

O homem alega que esteve na residência da vítima, onde tomou água, enquanto a Eni estava no banheiro, quando começou a gritar e a xingá-lo. Afirma que apenas tomou água e saiu. “Agora pela manhã, acordei com os policiais ao meu lado alegando que ela morreu ou mataram ela e que eu sou o suspeito. Não tenho nada a ver com isso. Não tenho essa coragem de matar”, disse.

Oberdan relatou que dormiu escondido no mato porque, na rua, usuários de drogas estavam furtando os remédios que ele toma e que carrega dentro de uma mochila.

Os levantamentos indicam que o homem também tem uma passagem por homicídio em Salvador, na Bahia. O crime foi praticado há mais de 10 anos. Segundo contou, um homem assediou sua mulher. Depois, esse suposto assediador foi morto, e o assassino teria afirmado que fora contratado para matar o assediador, jogando a culpa sobre ele.

Oberdan nega qualquer participação no homicídio na capital baiana. Após fugir de Salvador, passou por Belo Horizonte, onde ficou por sete anos, depois seguiu para o Sul de Minas, onde atuou na colheita de café, e chegou a Ipatinga há três anos. “Eu apenas uso álcool, não uso droga ilícita. Cheguei a Ipatinga há aproximadamente três anos. Gostei da cidade e atuo catando materiais recicláveis”, detalhou.

Oberdan disse que, há cerca de um ano, conheceu a vítima no bairro Vila Ipanema e, de alguns meses para cá, começou a se relacionar com ela. “Dormia na casa dela, quando ela me convidava”, afirmou.

Por fim, o homem contou que, há alguns dias, a mulher teve uma crise de ciúmes, discutiu com ele e o ameaçou com uma faca, por desconfiar que ele estava se relacionando com outra mulher. O acusado nega o suposto relacionamento e afirma que era apenas cisma de Eni.

Novamente indagado sobre a morte de Eni Olga, ele voltou a negar: “Não tenho nada a ver com isso. Deus que me livre e guarde. Quando eu saí, ela estava nervosa no banheiro. Decidi ir embora porque ela estava nervosa”, concluiu.

O caso foi repassado à Delegacia de Homicídios de Ipatinga para a sequência da investigação.

Entenda o crime

Conforme já noticiado pelo Diário do Aço, Eni Olga foi encontrada esfaqueada, por volta de 20h de segunda-feira (11), em sua residência na rua Botafogo, no bairro Vila Ipanema.

A mulher foi encontrada pelo genro, ferida e caída. Ele relatou que havia escutado uma discussão, e que momentos depois, foi retirar o lixo da residência, quando encontrou a vítima com ferimentos de diversas facadas pelo corpo. Aparentemente, há sinais de que ela também tentou se defender.

A Polícia Militar foi acionada e a perícia chamada para o registro do caso. Eni morreu com um corte no pescoço, tórax e outras partes pelo corpo.

Conhecidos informaram que Eni Olga trabalhava com a coleta de material reciclável, era usuária de entorpecentes, e tinha um relacionamento conturbado com o seu atual companheiro.



Estatística

Eni Olga é a 15ª pessoa assassinada este ano em Ipatinga. No mesmo período do ano passado foram anotados 35 assassinatos. Este ano, desde o dia 6 de junho não eram registrados homicídios na cidade.
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