05 de julho, de 2025 | 12:12

Dupla é condenada por morte e ocultação de cadáver de mulher em Antônio Dias

Criminosos gravam vídeo da vítima já assassinada e divulgaram nas mídias sociais, o que ajudou a desvendar o caso

Arquivo DA
Gabriela dos Santos Souza, a Gabi, de 26 anos, foi assassinada a facadas em São Joaquim da Bocaina, em Antônio Dias, teve o corpo levado por criminosos e queimado à margem da BR-381 Gabriela dos Santos Souza, a Gabi, de 26 anos, foi assassinada a facadas em São Joaquim da Bocaina, em Antônio Dias, teve o corpo levado por criminosos e queimado à margem da BR-381

Levados a julgamento perante o Tribunal do Júri Popular da Comarca de Coronel Fabriciano, Danilo Albano de Freitas e Moisés Araújo Cristino foram considerados culpados pela morte de Gabriela dos Santos Souza, a Gabi, de 26 anos, que foi assassinada na noite de 11 de setembro de 2024 e cujo corpo foi encontrado carbonizado no dia seguinte, fato esse noticiado pelo jornal Diário do Aço.

Há um terceiro denunciado como envolvido no crime, em que o processo foi desmembrado: Michael Farlom Pereira Rodrigues, de 20 anos, que ainda será levado a julgamento. Ele teve participação efetiva no assassinato e ocultação de cadáver, conforme consta na denúncia do Ministério Público de Minas Gerais. O trio gravou um vídeo da vítima assassinada e publicaram nas mídias sociais, o que também ajudou a desvendar a trama.

Ao fim do julgamento, Moisés, de 43 anos, foi sentenciado a 23 anos e um mês de prisão em regime fechado e sem direito a recorrer em liberdade. Já Danilo, de 21 anos, por ter confessado participação no crime e colaborado com a Justiça, foi sentenciado a 12 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, também sem direito a recorrer em liberdade. Eles foram condenados por homicídio com duas qualificadoras, além de fraude processual e ocultação de cadáver.

Na sessão do Júri Popular, dia 2 de julho, o Conselho de Sentença negou a tese da defesa de negativa de autoria em relação ao réu Moisés Araújo e reconheceu duas qualificadoras: homicídio praticado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Também acolheram as acusações de fraude processual e ocultação de cadáver.

Em relação ao réu Danilo Albano, o Conselho de Sentença negou a absolvição, mas reconheceu a colaboração com a Justiça, ao confessar o crime, como fator para diminuição da pena pelos crimes denunciados: homicídio com duas qualificadoras — motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Também reconheceram a fraude processual e ocultação de cadáver.

Pesou contra o réu Moisés também o fato de ter cometido o crime durante cumprimento de pena (ele estava em liberdade condicional) e ter extensa ficha de antecedentes criminais, que resultaram em quatro processos. Danilo tinha um antecedente criminal, com um processo.

Crueldade sem limites

O crime causou comoção em Antônio Dias, quando foi descoberto. Conforme noticiado pelo DA, menos de 24 horas depois da localização do corpo, policiais do 58º Batalhão da PM já tinha os nomes dos três possíveis envolvidos.

O indivíduo de 42 anos foi o primeiro a ser preso, conforme [link https://www.diariodoaco.com.br/noticia/0118555-suspeito-de-envolvimento-em-execucao-de-jovem-em-sao-joaquim-da-bocaina-e-localizado|noticiado à época. Danilo foi o segundo a ser preso e o terceiro envolvido estava foragido.

Consta no processo que Danilo ao ser preso em 14 de setembro, confessou em depoimento que, na noite de 11 de setembro de 2024, estava na companhia de Moisés e Farlom e foram a uma residência em São Joaquim da Bocaina, em Antônio Dias e, no local, encontraram Gabriela. Confessou que ele e Farlom a esfaquearam na barriga e pescoço e que o terceiro envolvido (Moisés) não esfaqueou a vítima, mas ajudou a segurá-la para que fosse executada e depois os ajudou (Danilo e Farlom) a se desfazerem do corpo. Também confessou que houve o ajuste prévio entre os denunciados para a prática do crime.

Vídeo da vítima morta

Após o homicídio, os envolvidos colocaram Gabriela no carro da vítima, um Ford Focus, e seguiram até a localidade de Lagoa do Pau, zona rural de Jaguaraçu, jogaram o cadáver no meio do mato à margem da BR-381 e atearam fogo. Antes, os três gravaram um vídeo da vítima já assassinada e publicaram nas mídias sociais, o que também ajudou a desvendar a trama.

O carro foi abandonado no bairro Santa Terezinha, em Coronel Fabriciano, nas proximidades de um posto de saúde, conforme já noticiado pelo jornal Diário do Aço. Na sequência, os três foram a pé até um motel. A dinâmica do crime apresentada por Danilo confirmou os detalhes obtidos pela investigação policial.

"Deve ser destacado que se trata de crime cometido mediante violência, homicídio duplamente qualificado, além de crime de ocultação de cadáver e de fraude processual, o que justifica, concretamente, a manutenção da prisão. Além disso, tratam-se de acusados reincidentes, o que justifica, concretamente, a manutenção da prisão", sentenciou o juiz André de Melo Silva, que presidiu a sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano.
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Comentários

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Leitor

05 de julho, 2025 | 18:32

“Muito pouco. Pouquíssimo tempo estarão na rua”

Chumbinho

05 de julho, 2025 | 13:31

“Criminoso assassino não tem que ter absolvido não tem que ser condenado e levado é pro corredor depois de pagar a pena essas leis do Brasil estão muito liberais com esses marginais precisamos de leis mais pesadas no brasil pra esse tipo de crime entre outros tambem.”

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