24 de maio, de 2025 | 20:50
Morre o médico Emílio Gomes Fernandes
Faleceu aos 95 anos, neste sábado (24), o médico Emílio Gomes Fernandes, o doutor Emílio, em Ipatinga. O velório será realizado a partir das 10h deste domingo (25), no Funeral Hall, av. Zita de Oliveira, no Novo Centro. O sepultamento está marcado para as 15h do mesmo dia, no Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II.
Conforme relatado por Emílio Celso, filho de doutor Emílio, à reportagem do Diário do Aço, o pai havia sido internado na última terça-feira (20), no Hospital Márcio Cunha, com uma úlcera. Por ser de idade mais avançada, não resistiu aos procedimentos de tratamento e sofreu uma parada cardíaca, vindo a falecer na tarde deste sábado.
Dr. Emílio deixa a esposa, Therezinha Ferrer Fernandes, de 91 anos; quatro filhos, oito netos e quatro bisnetos.
O ginecologista e obstetra foi o responsável por trazer ao mundo centenas de moradores da região do Vale do Aço, conforme relata o filho sobre o legado deixado pelo pai em Ipatinga.
"Cada casa é um filho que pode ter nascido das mãos dele. Serviu sempre ao povo e sempre teve carinho pra ajudar a todos", relatou Emílio Celso.
Médico dos partos
Natural de São Domingos do Prata, Dr. Emílio contou à reportagem do Diário do Aço, em 2020, que veio para o Vale do Aço em 1959, a convite do diretor de Relações Públicas da Usiminas, Mário Rola, para ser médico da empresa. Me formei em 1958 estudei na federal do Rio de Janeiro - e aqui eu fui ficando. A Usiminas fez algumas casas, destinadas a engenheiros e outras para médicos, fiquei em uma delas e não voltei mais para o Rio. A Therezinha fechou o consultório dela e veio comigo. Ela é dentista. À época tínhamos só um filho e, para segurar ela aqui, fiz mais três, deu certo”, recordou.
Inaugurado em 1º de maio de 1965, o HMC foi local de atendimento do doutor Emílio”, como é tratado por muitos, durante anos. Mas sua história com os pacientes começou antes disso. Não tinha hospital quando cheguei, o atendimento era realizado na residência das pessoas. Fundei uma Casa de Saúde, a Santa Therezinha, que fechei quando inaugurou o Márcio Cunha. Antes, eu fazia parto em casa e, quando havia necessidade cirúrgica, encaminhava para Coronel Fabriciano. Fiz milhares de partos, mais de 20 mil. Naquela ocasião as mulheres de Ipatinga tinham vergonha na cara, apostavam uma com a outra quem tinha mais filhos, hoje é o contrário. Querem ter um ou dois, isso é muito triste”, zombou na época.
Ele concluiu a entrevista ao Diário do Aço assim: Sou grato a Ipatinga, aqui criei meus filhos e pude cuidar de minha família, assim como ajudei a trazer tantos ao mundo. Só tenho a agradecer”.
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Rock
24 de maio, 2025 | 23:02Que Deus conforte toda a família e amigos, perdemos um grade amigo e o melhor médico obstetra do vale do aço. Vá em paz meu amigo.!!”
Deyzi
24 de maio, 2025 | 22:54Uma notícia muito triste ? um médico excelente e um ser humano ímpar, que Deus conforte TDS os familiares e amigos ??”
Atenta
24 de maio, 2025 | 21:58Os bons se vão. Meus pêsames à família.”